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O tempo do sexo

Matéria d'OGlobo indica que o tempo ideal de uma relação sexual, na visão dos especialistas, seria entre 3 e 13 minutos. Já os internautas que responderam à enquete ali publicada acham que, no mínimo, o ato sexual deveria durar 15 minutos, sendo o ideal 30 minutos.

Bom, pra começar eu diria que essa matéria deveria ser mais específica. Se contabilizadas as preliminares, 15 a 30 minutos é um número viável. Desculpem, mas ficar "bombando" todo esse tempo, mesmo os mais bem aquinhoados pela natureza, e até os tântricos, ninguém aguenta. Depois da segunda, talvez, pois sustentar uma longa ereção depende de inúmeros fatores, entre eles, ter diminuido a sensibilidade, que todo homem tem, e que só reduz após algumas repetições. A impossibilidade de continuar também acontece com algumas mulheres, que por diferentes razões sentem algum desconforto, ou falta de interesse depois da primeira, inviabilizando as tentativas de continuidade. Então, logo de cara, eu diria que o número ideal não é tão dificil de ser alcançado, mas depende de muitos fatores pra chegar lá. Não é apenas o marido cansado, ou a mulher que fazem o casal ficar insatisfeito. É a falta de diálogo, estúpido!

É possível, se contados os intervalos, ficar transando 4, 5, até 6 horas seguidas. Há quem testemunhe, sem sombra de dúvida. É claro que durante este tempo, não dá pra ficar em ação, no vai-e-vem, que o pulmão e o coração reclamariam. Na verdade, é importante a manutenção do clima, algumas repetições, é claro, e um envolvente encontro. No meu modo de ver, isso só é possível, mediante uma intensa sintonia e grande atração, infelizmente mais comuns no começo do relacionamento. Somos muito suscetíveis, tanto o homem quanto a mulher, às mudanças, e elas, talvez, ainda mais. Então, depois de um certo tempo, quando sobrevem a rotina, o tempo vai diminuindo, diminuindo, até ficar nos insatisfatórios 3 a 13 minutos, às vezes, até menos. Ela finge que gostou, você se conforma com aquele negócio meio sem graça, e vida que segue. É um saco!

Vamos falar sério. Quem, com sinceridade poderia afirmar que passou uma noite inteira, literalmente, transando com alguém que conhece há 15 anos? Muito difícil, muito poucos. Penso que é justamente essa ausencia de sexo prolongado a causadora da célebre insatisfação das mulheres - o pouco tempo que seus parceiros dedicam ao sexo, especialmente, durante a semana - e a razão do desinterêsse dos homens. O dia a dia é cruel. Enquanto no começo ela ficava acordada, transando até não mais aguentar, passando a manhã seguinte no trabalho, com os olhos vermelhos e o corpo cansado, com as marcas do amor ainda vivas em suas entranhas, lembrando dos momentos mágicos que viveu, depois, por uma razão que desconheço, além de fazer uma monte de exigências, só libera algo mediante muita conversa, muita negociação, e uma boa dose de paciência. A recíproca também é verdadeira, porém, em menor escala.

Quando isso acontece, ao iniciar o processo, uma das primeiras diferenças no sexo que elas notam, é que abandonamos o sexo oral. Elas também fazem isso, mas o homem é o primeiro a não querer. Essa reação é o sinal definitivo que algo não vai bem. Mesmo que o resto ainda funcione razoavelmente, a falta do sexo oral é notada e fundamental para definir um divisor de águas no relacionamento. Parece que fazer isso dá uma conotação maior, uma certeza que a química existe e a garantia que só queremos aquela pessoa. Ele, ou ela, pensam: "não é possivel que isso exista com outra pessoa". Quando desaparece, é como se perdessemos a confiança em nós mesmos, e caimos na incerteza de ter aquela pessoa só pra nós.

Ilações noturnas e sem fundamento à parte, concordo que quanto mais tempo melhor. Contudo, pra conseguir isso não basta o esforço de um só. Aliás, é sempre assim. É preciso que ambos estejam motivados, dispostos, preparados, receptivos. Os casais deveriam conversar mais a este respeito. Procurar descobrir um ao outro, conhecer as preferências e hábitos, explorar as caracaterísticas e particularidades. Pode ser que isso os faça entender melhor e aceitar as vontades, os pensamentos e os desejos do outro. Com mais conhecimento mútuo, mais interação, o sexo será mais prolongado e prazeroso e não serão 10, 15 nem 20 anos que transará com o mesmo parceiro(a), mas uma vida inteira.

Comentários

Sexo? Melhor fazer do que falar, mas já que estamos falando nisso...

15 minutos, meia-hora??? Parece anúncio de acompanhante (aham)em classificado de jornal... rsrsrsrs
Nesse terreno, tecer regras é tão útil quanto um guarda-chuva no deserto do Saara.

Interessante não é o tempo da sacanagem em si (já vulgarizada o suficiente, inclusive) e sim o quão gostoso foi para os dois.

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