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Mostrando postagens de abril, 2015

A derrocada, por Gustavo Franco

A publicação do balanço auditado da Petrobrás é fato histórico, sem ser novidade, pois foi uma confissão formal e irretratável A publicação do balanço da Petrobras para 2014 abre um capítulo particularmente revelador de um desmoronamento amplo, espetacular e de dimensões históricas, mesmo que ainda incompleto. Diante dessa catástrofe, espera-se que nunca mais o país ouça sem um arrepio os conceitos que orientaram esse experimento de petropopulismo, heterodoxia fiscal e “capitalismo de quadrilhas” (na falta de melhor tradução para crony capitalism, um fenômeno já bem identificado em outros países). É de se esperar que este terremoto vá bem além da candidata eleita, ou da economia, que já vinha mal, pois atacará de frente um conjunto de ideias, ou uma ordem que seria simplório designar apenas como petista, pois vai muito além dos patéticos personagens associados à tesouraria do PT, seus líderes encarcerados e amigos da empreitada. O país quer um novo paradigma em matéria de política, e d

Lambança leva Dilma a jogar última cartada

por Ricardo Kotscho Agora vai ou racha, é tudo ou nada. De lambança em lambança, já no desespero, sem ter mais para onde correr, após ser rejeitada até por um Eliseu Padilha da vida, Dilma Rousseff entregou o comando político do governo ao seu vice, Michel Temer, presidente do PMDB. Duas semanas atrás, foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, quem anunciou a demissão de Cid Gomes, então ministro da Educação. Terça-feira, a substituição de ministros desceu na hierarquia. Sabem quem anunciou que Padilha não aceitaria o convite de Dilma para deixar a aviação civil e assumir a articulação política? Foi um tal de Leonardo Picciani, jovem líder do PMDB na Câmara, um dos bate-paus da bancada particular e suprapartidária que Cunha elegeu em outubro. Quer dizer, virou zona, é fim de feira de um governo que está desmilinguindo antes mesmo de completar os primeiros 100 dias. Acabou a liturgia do poder que José Sarney tanto prezava para pelo menos disfarçar sua falta de poder. Dilma, mais uma ve