Pular para o conteúdo principal

Notas dos Clubes põem ordem na casa

Ante a ameaça de punição do general Heleno Pereira por suas declarações sobre a caótica política indigenista do indigente governo Lula, o Clube da Aeronáutica, o Clube Militar e o Clube Naval emitiram notas com as primeiras manifestações públicas das três forças indicando que a anarquia, a audácia e a incompetência do governo Lula não devem ultrapassar certos limites. É como sempre digo: "não mexam com quem tá quieto"!

Leiam a íntegra das notas do Clube da Aeronáutica e do Clube Militar:

"Ao povo brasileiro

Não recue, general Heleno!

Sua palavra representa a síntese do pensamento castrense atual, bem como do segmento responsável de todo o povo brasileiro.

Estamos prontos a apoiá-lo até as últimas conseqüências, em defesa de sua liberdade de expressão.

Que o presidente não se atreva a negar-lhe o sagrado dever de defender a soberania e a integridade do Estado brasileiro, cristalizado no juramento solene que, um dia, foi comprometido diante da Bandeira Nacional.

Caso se realize tal coação, o país conhecerá o maior movimento de solidariedade militar, partindo de todos os recantos deste imenso país, jamais ocorrido nos tempos modernos de nossa história.

Ten-Brig-Ar Ivan Frota

Presidente do Clube da Aeronáutica"


"Em Seminário realizado no Clube Militar, o Gen Ex Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazônia, um dos palestrantes, teceu considerações sobre a atual política brasileira em relação à população indígena. Sua enfática explanação em nenhum momento feriu a disciplina e a hierarquia. O que vimos foi a palavra de um Chefe Militar sobre assunto de sua inteira competência e responsabilidade. Sua afirmação de que o Exército não serve a governos e sim ao Estado está respaldada no que prevê o Art 142 da Constituição Federal ao definir as Forças Armadas como instituições nacionais permanentes.

A política indigenista, todos sabem, está longe de ser consensual, inclusive dentro do governo Lula. Há décadas que se discute se nossos índios devem ser integrados à sociedade brasileira ou se devem ser segregados.

A escolha oficial, hoje, é pela segregação. Tal política não pode ser considerada sequer como deste governo, uma vez que vem sendo adotada já há algum tempo.

A observação do Gen Heleno foi fruto da angústia de alguém que observa no próprio local a situação aflitiva de algumas comunidades, com sérios problemas de saúde e sem atendimento a outras necessidades básicas; da angústia de alguém que vê, lá na ponta da linha onde poucos gostam de ir, brasileiros passando privações sem nenhum apoio do Estado.

É estranho o Presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que está funcionando coerentemente nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importantes do que a ética e a moralidade na condução das ações políticas.

Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube Militar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Voltando devagar

Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, c...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...