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Mostrando postagens de março, 2016

A improvável Revolução de Pessimildo

por Renan Santos, coordenador do MBL. O fenômeno responsável pela queda de Dilma Rousseff encontra alguma similaridade com outras ocorrências mundo afora, mas também é único. A crise de representatividade política, a ojeriza ao establishment, os movimentos descentralizados e o uso da política em rede são fatores comuns, mas não explicam de maneira acurada o momento atual. Antes de tudo, nosso movimento representa uma rearticulação de setores médios da nossa sociedade, que se encontravam dispersos em meio a um mar de informações e anseios conflitantes, a que esses setores se mostravam incapazes de dar expressão. O aparelhamento de instâncias representativas da sociedade civil, tais como a OAB, sindicatos, entidades estudantis e igrejas, determinou o isolamento político do cidadão médio, que, ensimesmado, resmungava consigo mesmo e para os próximos seu desconforto com a corrupção, a taxação, os impostos escorchantes, os serviços públicos pífios — em suma, o “estado das coisas”. Surgia al

Reflexões de um suposto coxinha

Gente que dividia comigo a mesma ideologia hoje se comporta como inimiga. Um muro foi erguido para me separar desses amigos por Arthur Xexeo Ando sensível. Acho que já contei isso aqui. Choro à toa. Antes era com comercial de margarina, cenas de novela, trechos do filme. Agora, é lendo jornal. Cada notícia da Lava-Jato, de início, me enche de indignação. Em seguida, fico triste. É aí que choro. Ando tendo vontade de chorar também em discussões com amigos. Gente que tempos atrás dividia comigo a mesma ideologia hoje se comporta como inimiga. Ou sou eu o inimigo? De qualquer maneira, num mundo que derrubava muros, de repente, um muro foi erguido para me separar desses amigos. Tento explicar como vejo o trabalho de Sergio Moro e nunca consigo terminar o raciocínio. No meio da discussão, me emociono, fico com vontade de chorar e prefiro interromper o pensamento. “Coxinha”, me xingam nas redes sociais. Bem, se o mundo está obrigatoriamente dividido entre coxinhas e petralhas, não tenho c

Mulheres que amamos

Julia Gilas, ucraniana, modelo, moradora da Califórnia. Feliz Páscoa!

Um nero mambembe, editorial do Estadão

Em uma das conversas gravadas recentemente pela Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gaba-se de ser “a única pessoa que poderia incendiar o País”. Eis aí a ameaça nada velada do chefão petista de provocar distúrbios caso o cerco judicial e político se feche de vez contra ele e contra seus apaniguados. É claro que se deve levar a sério qualquer movimentação da tigrada para causar abalos à ordem pública, a título de defender o ex-presidente do que considera uma injustiça. Mas que não se exagere o poder de Lula – pois, neste momento, pode-se dizer que as únicas coisas que o autoproclamado Nero consegue reduzir a cinzas são sua própria biografia, o pouco que restou da Presidência de Dilma Rousseff e o PT. Lula é um líder político que se diz “popular”, mas hoje não pode sair às ruas sem correr o risco de levar estrepitosa vaia. Também não viaja em aviões de carreira – prefere o conforto e a privacidade de jatinhos emprestados ou alugados, diz-se que pelo Instituto Lula

Por quem choro

Não sei se aconteceu com vocês, comigo foram muitas as vezes que fui às lágrimas, emocionado com o relato de acontecimentos recentes, dando conta do esfarelamento do governo, a iminente queda dos que vivem de artimanhas, os resultados da operação Lava Jato e as manifestações por todo o país, de solidariedade com o trabalho do juiz Sergio Moro e contra a corrupção.  Lágrimas de esperança em um Brasil melhor, livre de impostores, que abusaram da confiança de quem os elegeu, que só queriam o poder em benefício próprio, que subtraíram do país não apenas recursos financeiros, mas, a crença em seus líderes; um Brasil honesto, livre da corrupção e dos corruptos, onde prevaleça o sábio lema da nossa bandeira - Ordem e Progresso; um Brasil de todos os brasileiros, onde exista mais solidariedade e oportunidade, menos desigualdade, e sempre, muita liberdade. Lágrimas de regozijo, vendo tantos envolvidos em fazer valer a letra da Lei, indistintamente, trabalhando incansavelmente, aplicando t

Agonia de uma lenda

por Rosiska Darcy de Oliveira Acontece no Brasil algo tão transformador quanto a luta contra a corrupção. É o desmascaramento da mentira como instrumento de governo, da ficção como prática política. A investigação conduzida pela operação Lava-Jato nos trouxe de volta ao mundo real. Revelou mais do que um gigantesco crime organizado por um partido político, acumpliciado com empresários inescrupulosos. Desvelou o caráter impostor de lideranças que abusaram durante anos da confiança de seus eleitores. Com a mão direita, ofereciam Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, políticas necessárias e louváveis. Com a mão esquerda, assaltavam a Petrobras, destruíam a golpes de desonestidade e incompetência a economia do país, gerando desemprego, o que realimenta a pobreza. Enquanto enriqueciam suas contas bancárias. No botim do PT brilha, roubada, a esperança dos pobres. E isso é o mais imperdoável. Investigado por crime de ocultação de patrimônio, o ex-presidente Lula foi para as ruas reaviv

Pele de cordeiro

por Mary Zaidan Luiz Inácio Lula da Silva tem caras, modos e personas variáveis. Traveste-se de acordo com a conveniência. Transita entre a divindade e o desvalido, entre a vítima e o general da tropa. Semeia guerra e ódio e encarna a versão paz e amor quando as circunstâncias o deixam sem saída. Ruge como leão e rasteja como jararaca. Mas, por mais que tente, sempre que se veste de cordeiro o lobo escapa. Depois de ser flagrado sem fantasia em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, Lula, por aconselhamento da numerosa banca de advogados que o assessora ou por tino político – ou os dois --, decidiu que é hora de falar de flores. Uma carta sentimental na quinta-feira e um discurso contra o ódio na manifestação pró-Dilma na sexta-feira, em São Paulo, não deixam dúvidas quanto às intenções do ex. Já que não era possível negar as gravações em que dispara toda sorte de xingamentos aos presidentes da Câmara e do Senado, ao Procurador-Geral da República e ao recém-empossado

Não vamos deixar chocar o ovo da jararaca

por José Aníbal As plateias de Dilma estão menores dia após dia (de sofrimento). Um pouco mais e ela estará falando para as paredes envidraçadas dos seus palácios. Mais isolada, mais “grandiloquente” na autorreferência e na busca de algum paralelo histórico, que logo se choca com sua desoladora realidade. Felizmente, ela não terá a chance de oferecer “meu reino por um cavalo”. Nem mesmo um quase réu que ela tentou salvar nomeando-o ministro. Enquanto ocupar a cadeira que maculou, Dilma fez e faz muito mal ao Brasil e aos brasileiros. Mas ela é apenas o ovo da serpente. A autodenominada jararaca começou a operar antes dela. Jararacas, irmãs, sócias e similares “quebraram e pilharam o País”, nas palavras de Armínio Fraga. Desnorteada, Dilma ainda clama pela falta de crime de responsabilidade para justificar o impeachment. Vá lá. Vamos dizer de outro modo: são irresponsabilidades criminosas que levam dois terços dos brasileiros a pedirem o seu impeachment. Estamos órfãos de governo e expo

Pequenas corrupções, graves problemas.

Uma das formas encontradas para questionar aqueles que, de maneira legítima e democrática, se insurgem contra os desmandos, as fraudes, a falta de vergonha, a canalhice, a roubalheira, a desonestidade, a ambição do PT e suas vias auxiliares é invocando as pequenas corrupções. É isso, e variantes sobre este tema. Hoje, por exemplo, uma amiga perguntou: "Qual a SUA responsabilidade na desordem que se queixa?". É fato que, grande ou pequena, corrupção é corrupção; é uma forma de burlar a lei. Não tem como negar. As coisas não são binárias, no entanto. Os efeitos são muito diferentes e os prejudicados, também. A pequena corrupção se dá mais no âmbito pessoal e afeta o círculo mais próximo de quem a comete, ou apenas o próprio autor. Furar uma fila, dar "propina" pra um guarda, sonegar o imposto de renda são ações condenáveis, porém, de cunho particular. Já a grande corrupção, como as inúmeras ocorridas neste governo tem consequências sistêmicas, afetam o corpo social co

Adversário ou inimigo?

A divulgação dos grampos em que o Lula foi apanhado, com o linguajar chulo que todo mundo conhece, cobrando apoio, gratidão e atitudes indulgentes de integrantes das mais altas instâncias da República, nomeados por ele, por sua apadrinhada, ou simplesmente por fazerem parte do seu grupo político, mostrou ao Brasil, com a eloquência da voz gravada, quem é que se esconde atrás do populismo, da capa do retirante inocente e pobre, da vítima dos poderosos e dos militares. Não chegou a ser uma revelação, já que qualquer um com um pouco de inteligência suspeitava que Lula sempre soube de tudo que se passava à sua volta e é o mentor e capo maior da organização criminosa que se instalou no Planalto. Como diz a Época, com a liberação dos áudios, o juiz Moro, herói das manifestações do último domingo, jogou gasolina na fogueira dos protestos. A gritaria petista foi geral, à frente a própria Dilma, e deve ter diminuído as despesas com os eventos de ontem, de vez que alguns "militantes" p

Vergonha! Vergonha!

Editorial do Estadão Após ter praticado um autêntico golpe de Estado em favor de seu mentor, Lula, Dilma Rousseff deu mais um tapa na cara dos brasileiros ao decretar que devem calar a boca aqueles que se insurgem nas ruas contra seu governo, acusando-os de agir sob o efeito de emoções artificialmente criadas e assim se tornarem instrumentos de uma conspiração armada contra os interesses do povo. Essa investida, que sinaliza a estratégia a ser seguida doravante pelo lulopetismo na tentativa de manter-se no poder, foi o ponto alto do comício, com direito a ruidosa claque, armado dentro no Palácio do Planalto a pretexto de dar posse a Lula no cargo de ministro que lhe garantiria foro especial na Justiça. O ato serviu a uma tentativa canhestra da presidente da República de desmentir as palavras que deixou na gravação de um telefonema feito na quarta-feira, comunicando a Lula que estava lhe encaminhando o documento de nomeação, para ser usado “em caso de necessidade”. Nessa encenação acint

Chega! Não aguento mais! Se Lula assumir vamos pra rua!

A nomeação de Lula para o ministério, além de um verdadeiro escárnio com o povo brasileiro, é uma tentativa sórdida de burlar a justiça, uma confissão de culpa e de que muito mais há para se descobrir das relações espúrias do ex-presidente com as empreiteiras que bancaram a famiglia dele e o assalto aos cofres públicos. Da mesma forma, Aluísio Mercadante não tem mais condições morais para se manter como ministro. Não resta dúvida quanto à sua participação nas tentativas de abafar as investigações da Lava-Jato. A cada dia revela-se mais sobre os esquemas podres montados pelo PT para se apoderar do poder e enriquecer os seus integrantes e apaniguados. E que os chefes da facção criminosa, Lula e Dilma, sabiam de tudo e de tudo fizeram para obstruir a justiça, e prejudicar a continuidade do trabalho de Moro. As instituições não podem permitir a continuidade desta lambança, o povo não pode aceitar mais todos esses desmandos. A democracia está em cheque. Chegou a hora de colocar n

Os presentes estavam em um cofre. Que nome isso tem?

Esclarecido o mistério do crucifixo que desapareceu do palácio presidencial. Estava em um cofre do BB, em nome da famiglia Lulla da Silva. A PF encontrou 23 caixas lacradas, transferidas do Palácio para o cofre logo após o término do mandato de Lula. Nas caixas estavam, também, moedas e jóias raras, objetos de arte e presentes pertencentes à Presidência da República. Pergunta: que nome se dá a quem usa um bem que não é seu como se fosse seu verdadeiro proprietário ? E quando esse "alheio" é o Estado? Ouvi dizer que a isso se chama peculato!!!! Alguém acha que o Lula e famiglia não cometeram peculato e apropriação indevida? Com a palavra (e a ação), o Ministério Público e a Polícia Federal.

Lula: a desconstrução do mito, por Jorge Maranhão

Ele cometeu o maior erro de um político, o de acreditar no próprio mito como se fosse infalível e perder o senso de limite Em sua seminal obra "Mito e realidade", o filósofo romeno Mircea Eliade, longe de opor mito e realidade, como comumente fazemos, postula sua integração: “O mito é considerado uma história sagrada e, portanto, uma ‘história verdadeira’, porque sempre se refere a realidades. (…) o mito se torna o modelo exemplar de todas as atividades humanas significativas”. O pensador se referia principalmente às sociedades primitivas, mas essa compreensão é fundamental para o entendimento do mito no mundo moderno. Ser ou servir de exemplo é a chave utilitária do mito, tanto numa história fantástica, como personificado em alguém com projeção numa determinada sociedade. Este último caso é o que nos interessa no momento. Todos os países têm os seus mitos. Personagens que servem de exemplo de conduta e de esperança no futuro. Sobretudo mitos políticos como condutores do

Mulheres que amamos

"Sou mulher, sou bicho, sou leoa. Sou mil em uma, sou minha essência, sou luz, sou tantas que posso ser uma. Sou aquela desajeitada, que quebra, risca e rabisca. Gosto do que me encanta e do que me faz ser por inteira. Me permito. Me descabelo... Eu gosto do que me enlouquece... Não tente me compreender, apenas decifre o que me coração diz... Enfim, não tenho que passar boa impressão pra ninguém, não sou impressora... (risos)" Fernanda Lacerda, paulista, 27 anos, modelo, assistente de palco do "Pânico na band"

Todo mundo na rua no dia 13. Tem que ser gigante.

Perdi meu precioso tempo lendo artigo do ex-ministro e ex-governador do RS, Tarso Genro, no qual pretende ampliar a discussão de saídas para a crise política, econômica, financeira e institucional, que o partido dele - o PT - nos meteu, quadro para o qual os atuais detentores do poder não têm saída. Genro - eu não devia ter esperado algo diferente - oferece apenas mais do mesmo. E impõe como condições, entre outros absurdos, o cumprimento do mandato da Dilma, o fim da Lava Jato e a aceitação de uma constituinte para tratar de reforma política, destinada, desde logo, a beneficiar o partido e seus satélites. Nem se dá o trabalho de disfarçar, afirmando que a alternativa a isso é o confronto com "milhões" de eleitores de Dilma que estão solidários com ela e vão reagir a qualquer coisa que, na visão distorcida dele, represente "ruptura" da ordem social e política, em clara ameaça ao país e às instituições. Estamos diante da maior crise que o país jamais enfrentou

Siga o pedalinho, por Demétrio Magnoli

Lula deixou a Presidência, mas não o poder, o que pode ser verificado pelas quedas sucessivas de Aloizio Mercadante, Joaquim Levy e José Eduardo Cardozo ‘Esta pergunta não está à altura da Polícia Federal”, reagiu um arrogante Lula ao ser indagado, na fatídica sexta-feira, sobre os pedalinhos mantidos no sítio de Atibaia. Mas a lógica da pergunta decorre da regra “siga o dinheiro”. No rastro dos pedalinhos, há muito mais que a propriedade do próprio sítio. Eles indicam o caminho da Internacional lulista — uma articulação que, ao contrário das internacionais operária, socialista, comunista e trotskista, rege-se por um misto de política e negócios. Do Casco Antiguo da Cidade do Panamá, não se avista mais a península. “O horizonte do Golfo se perdeu”, lamenta a presidente de uma organização consagrada à proteção do patrimônio histórico do país ístmico. De fato, em 20 de maio de 2011, foi inaugurado o viaduto de seis pistas e 2,8 quilômetros que rasga o mar à frente do centro histórico

Lula, Freud e o futuro da esquerda, por José Padilha

José Padilha, cineasta, diretor dos dois "Tropa de Elite" escreveu, a meu ver, o artigo definitivo sobre o momento que vive a esquerda no Brasil. Não é só uma visão, é um raio-x e um conselho. Não percam. ----------------------------------------------------------- Se um paciente inteligente rejeita uma sugestão de forma irracional, então a sua lógica imperfeita é evidência da existência de um forte motivo para a sua rejeição.” Sigmund Freud. Não resta a menor dúvida, para qualquer pessoa minimamente razoável, de que o Partido dos Trabalhadores e seus principais dirigentes — entre eles José Dirceu, Antônio Palocci, João Vaccari e Luiz Inácio Lula da Silva — estruturaram uma organização criminosa com o apoio de outras facções da política brasileira (facção se aplica melhor à nossa realidade do que partido) com o objetivo precípuo de se perpetuar no poder. Para tal, desviaram recursos de empresas estatais, de bancos públicos e de fundos de pensão, se associaram a grupos de empr

O perfil do "cara"

A Veja que hoje chega às bancas escancara um perfil do molusco que, em outras plagas, faria corar o pior bandido, o mais rematado vigarista e o maior cara de pau. Das páginas da revista emerge um farsante, manipulador, um criminoso contumaz, chefe de quadrilha, sobre o qual paira até a suspeita de ser mandante da eliminação física do ex-prefeito e correligionário, Celso Daniel. Essas "águas de março", com um tsunami de escândalos atropelando o governo, seu entorno e a cúpula petista, em tudo e por tudo, são mais do que bem-vindas. Chegou a hora de passarmos a limpo este país, e engendrarmos um novo futuro pra ele. Um que privilegie a liberdade, a honestidade, a cidadania, a solidariedade e a redução da distância entre os mais ricos e os mais pobres. Nada disso acontecerá, se continuarmos tendo no cenário político "jararacas", como se auto-denominou o ex-presidente, ratos como os que circulam no Congresso e infames "senhores da lei", instalados em postos

Hoje é dia de festa. É o começo do fim.

Pixuleco, em breve esteremos nos despedindo de você. Queremos que se junte aos seus comparsas e vá desfrutar de uma cela bem úmida e fedida ao lado deles.