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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Beleza sueca

Anna Nÿstrom, contribuição sueca para a humanidade. E que contribuição!

É muita cara de pau

Trem-bala, seis mil creches, 500 UPAs, Brasil rico, sem miséria. Fome Zero, transposição do Rio São Francisco, presídios federais de segurança máxima. Promessas de um futuro espetacular que nunca chega. Especialidade da geração de marqueteiros que alcançou o ápice no período Lula, a venda do paraíso - que tem sido repetida com sucesso - pode não ter tanta valia em 2014. Os sinais são muitos. Nas ruas e fora delas. No bolso do cidadão que paga cada vez mais impostos sem a recíproca de serviços mínimos, no cotidiano de quem depende da esfera pública para ter educação, saúde e transporte. Daí ser quase incompreensível a insistência dos arquitetos eleitorais da presidente Dilma Rousseff em apostar nos fogos de artifício do PAC 3, previsto para abril. Apresentado por Lula em 2007, o primeiro PAC era arrebatador, com obras que pretendiam revolucionar o País. Ganhou forte apoio do empresariado, chegou a causar inveja até em gente da oposição. Mas empacou. Para turbinar a campanha de 2010, o P

Tá tudo dominado

Se Dilma Roussef for reeleita (que Deus nos livre!), teremos chegado bem próximo daquilo que a esquerda em geral, e o PT, em particular, sempre buscaram: o domínio total e absoluto dos três poderes da República. À incompetente e inapetente se juntará o indefectível Ricardo Lewandowsky, amigo e defensor de mensaleiros, e figura nada confiável, plantada no STF, sabe-se lá com que objetivos inconfessáveis.  Este irresponsável, que já disseram ter feito sumir pareceres técnicos que comprometiam contas do PT, e advogou claramente em favor dos réus na AP 470, para gáudio da canalha, vai presidir a Corte Suprema, sem nenhuma isenção e sem qualquer pudor, fornecendo o suporte jurídico e as decisões que o executivo e a petralhada precisarem, assim como fez, semana passada, beneficiando o condenado, José Dirceu. O mesmo destino deve ter a presidência do Congresso, esta casa de gente covarde, cujo único objetivo é enriquecer e se manter no poder, que muda de opinião de acordo com o vento e com qu

O preço da irresponsabilidade

'Hostilização sistemática ao trabalho da imprensa já denunciava o caráter autoritário dos que lideravam as manifestações' Podia ter matado na hora. Podia ter só ferido de raspão. Podia não ter acertado em ninguém. O rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, disparado por um manifestante mascarado no fim da tarde de quinta-feira durante protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio, é talvez a mais perfeita metáfora desse movimento que começou forte em junho do ano passado e perdeu completamente o rumo, reduzido a um embate entre policiais e militantes com o roteiro previsível da pirotecnia coreografada. Desde o início, a hostilização sistemática ao trabalho da imprensa já denunciava o caráter autoritário dos que lideravam as manifestações e tentavam criar zonas de exceção no espaço público, intimidando e agredindo quem ousasse desobedecer. Tal como milícias. Eram esses os arautos dos novos tempos? Entretanto, não foram poucos os intelectuais que aplaudiram

Luta de classes no Brasil

A luta de classes, no Brasil, não é entre operários e patrões. É entre o lumpenproletariat que Marx abominava e a maioria da população, especialmente a classe média, aí incluída uma boa parcela do operariado, se não ele todo. Cada uma dessas facções tem seus aliados permanentes. A primeira tem, acima de tudo, o governo e os partidos de esquerda que o dominam. Aí mesclados, vêm logo os intelectuais acadêmicos e os estudantes universitários. Destes últimos, cinquenta por cento, segundo um cálculo otimista (v. http://blog.portalexamedeordem.com.br/blog /2012/11/pesquisador-conclui-que-mais-de-50-dos-universitarios-sao-analfabetos-funcionais/ ), são considerados analfabetos funcionais. Excluídos irremediavelmente da alta cultura, e não tendo a menor idéia de que são vítimas de si mesmos, encontram no ódio projetivo à sociedade o alívio de uma culpa recalcada no mais fundo do seu inconsciente. Sentem por isso uma afinidade instintiva com os bandidos, drogados, narcotraficantes, prostituta

A rota alternativa existe.

As pesquisas eleitorais estão a indicar que os eleitores começam a mostrar cansaço. Fadiga de material. Há 12 anos o lulopetismo impõe um estilo de governar e de se comunicar que, se teve êxito como propaganda, demonstra agora fragilidade. Toda a comunicação política foi centralizada, criou-se uma rede eficaz de difusão de versões e difamações oficiais pelo País afora, os assessores de comunicação e blogueiros distribuem comunicados e conteúdos a granel (pagos pelos cofres públicos e empresas estatais) e se difundiu o "Brasil maravilha", que teria começado em 2002. Ocorre que a realidade existe e às vezes se produz o que os psicólogos chamam de "incongruências cognitivas". Enquanto os efeitos das políticas de distribuição de renda (criadas pelos tucanos) eram novidade e a situação fiscal permitia aumentos salariais sem acarretar consequências negativas na economia, tudo bem. O cântico de louvor da propaganda encontrava eco na percepção da população. Desde as manifes