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Mostrando postagens de novembro, 2016

Por que a America elegeu Trump?

por Marcelo Ribeiro Meus amigos do Brasil: Se vocês acham que Trump é um monstro nazista, racista, sexista, homofóbico e todos os xingamentos que só fazem sentido no imaginário da elite esquerdista global que pensa dominar o mundo, eu tenho uma notícia pra te dar: É duro, mas exatamente porque me importo com você, não vou esconder: Você foi enganado. Caio Blinder, Arnaldo Jabor, Guga Chacra, Reinaldo Azevedo e o painel de análise política da Globo News inteiro, juntos, não entendem de política americana mais que uma freira aposentada entende de Kama Sutra. Donald Trump foi eleito pelo trabalhador rural que perdeu seu emprego pro imigrante ilegal. Ele foi eleito pelos cristãos que foram achincalhados, escrachados, ridicularizados pela equipe de campanha de Hillary Clinton como se viu nos e-mails que o Wikileaks tornou públicos. Trump foi eleito pelo americano comum que perdeu seu médico por causa do Obamacare, depois do presidente mentir seguidas vezes que isso não aconteceria. Ele foi

A beleza da matemática

Um desafio global: formar professores capazes de passar a paixão pelos números aos alunos por José Eduardo Agualusa “O binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo. / O que há é pouca gente para dar por isso.” — Escreveu Álvaro de Campos, através de Fernando Pessoa, num pequeno poema que sei de cor desde a adolescência e que sempre me sobressaltou. Quando tentam explicar a paixão que os move, quase todos os grandes matemáticos acabam insistindo em duas palavras: verdade e beleza. Elegância é outro adjetivo muito comum, e um tanto surpreendente no idioma despojado e preciso dos matemáticos. “O verdadeiro espírito de alegria e exaltação — no sentido de ser mais do que o Homem — que é a pedra de toque da mais alta excelência encontra-se na matemática, tanto quanto na poesia.” A afirmação é do filósofo britânico Bertrand Russel. Estudos recentes de neurociência vieram confirmar a afirmação de Russel: a resolução de um qualquer problema matemático, através de uma fórmula elegante, a

A INTOLERÂNCIA QUE NÃO SE VÊ, por Jorge Ferraz

(Publicado originalmente em Deus lo Vult) A redação do ENEM no último final de semana versou sobre intolerância religiosa e, diante do tema, eu tenho impressões contraditórias. Por um lado parece claro que a escolha gravita em torno de um enorme lugar-comum: as perseguições sofridas pelas religiões de matiz africana, e fazer tal opção argumentativa favorece — quase exige — a crítica à dita intolerância evangélica. Seguir por esse caminho é fazer a coisa mais fácil (e mais contraditória) do mundo: jogar pedra no Cristianismo para defender a tolerância. Por outro lado, no entanto, o tema torna possível falar — e com bastante propriedade — sobre a intolerância que vitima os religiosos no debate público brasileiro, intolerância esta que (até por uma questão demográfica) tem claramente os cristãos por alvo principal. O problema aqui é um só: esta linha argumentativa destoa bastante do senso comum e, por ser assim tão destoante, eu tenho sérias dúvidas sobre a capacidade de a compreenderem o

Lá como cá, a intolerância mostra a sua cara

Primeiro foi o mi-mi-mi, depois os protestos e agora, alunos se juntam a alguns professores para cancelar aulas e provas nos EUA, alegando estar traumatizados com a eleição de Donald Trump para a presidência. No país onde se iniciou e se desenvolveu a praga conhecida pela alcunha de "politicamente correto", não é de estranhar que um absurdo desses aconteça. Não culpo os alunos por estarem realmente, muito chateados com a vitória do Trump. Conheço pessoas mentalmente estáveis, não de todo mimadas, que estão igualmente chateadas. Mas todos eles saíram para trabalhar na quarta-feira. A vida continuou. É possível que a notícia tenha atingido os alunos de jeito ainda mais forte do que atingiu os membros da mídia esquerdista (nos EUA, chamada liberal) - afinal, estudantes universitários, em quase todo lugar, têm ainda menos contato com a realidade, e coisas como o movimento Trump, do que a mídia. Os campus universitários são um espaço seguro para afastar os alunos até das form

Discurso de Obama após a vitória de Trump (original)

Ontem, na Casa Branca, Obama falou a respeito do resultado das eleições americanas. O Brasil e os brasileiros têm muito que aprender com o gesto do democrata.  Como ainda não tive tempo, vou traduzir mais tarde. Quem fala inglês pode ler o original abaixo: O presidente: Good afternoon, everybody. Yesterday, before votes were tallied, I shot a video that some of you may have seen in which I said to the American people: Regardless of which side you were on in the election, regardless of whether your candidate won or lost, the sun would come up in the morning. And that is one bit of prognosticating that actually came true. The sun is up. And I know everybody had a long night. I did, as well. I had a chance to talk to President-elect Trump last night -- about 3:30 in the morning, I think it was -- to congratulate him on winning the election. And I had a chance to invite him to come to the White House tomorrow to talk about making sure that there is a successful transition bet

Ainda indefinido

Parcial das 2h30 da manhã. Democratas pirando.

Metade do país odeia você e a capital federal está em um impasse: boa sorte, Sr. ou Senhora Presidente

por Todd J. Gillman e Tom Benning, no Dallas News TAMPA, Flórida - Os democratas acham alarmante que um neófito político grosseiro possa em breve controlar os códigos nucleares. Eles vêem em Donald Trump um errático aspirante a homem forte, um machista sexista e um político peso leve com laços inquietantes com a Rússia. "Vai ser um longo caminho", disse Darrell Patton, de 61 anos, em um comício de Hillary Clinton, perto de Tampa. "Como ele vai governar este país? Ele é louco." Trump e seus apoiadores dizem que Clinton deveria estar atrás das grades. Eles vêem nela uma mentirosa, corrupta e manipuladora que se empenha em desarmá-los. Se ela for eleita, alguns gostariam que ela fosse impichada por manipular emails secretos. "Sabe de uma coisa, eu tenho medo do que vai acontecer depois das eleições, se ela ganhar", disse Mel Last, 66, em um evento de Trump perto de Detroit na semana passada. Embora, ele tenha acrescentado: "Tenho medo do que acontecerá s

Fantastico 06/11/16 MST cobrava taxas por água e luz em acampamento

O MST é um grupo criminoso, isso todo mundo sabe. O que ninguém entende é que nada é feito contra eles. O país vive à mercê do que eles decidirem fazer. Ameaças de João Pedro Stédile e outros chefetes de romper com o estado de direito não faltaram. Até quando isso vai durar?

Os desserviços do STF e do Judiciário

Estavam certos os legisladores ao limitar o mandato dos ministros do Supremo aos 70 anos de idade. Pelo que se vê, o tempo de casa e a idade não estão sendo benéficos para algumas de "Suas Excrecências". Ao contrário, estão fazendo construir teses esdrúxulas, a se render a conceitos que confrontam o senso comum, e infringir as mínimas regras de decoro que integrantes da mais alta corte do país deveriam ter. Não tem sido prova de certa senilidade, decisão tendenciosa, comportamento incomum ou combinação dos três, que alguns ministros vêm apresentando ao distinto público, sessão após sessão, levando ao descrédito do Supremo a ponto de, depois de uma melhora de prestígio sob o comando de Joaquim Barbosa, pairar uma enorme suspeita sobre alguns deles de acobertarem crimes, safarem amigos, agirem antirepublicanamente, serem veniais e parciais, e estarem a serviço de seus patronos? Quem não acha isso no Brasil? Só os muitos ingênuos acreditam no Supremo - não chega a 30% da pop

A farra das isenções fiscais

Um dos Estados mais prejudicados pela crise provocada pelo PT, e por seus próprios erros administrativos, o Rio agora busca uma solução pela linha dos aumentos de impostos e cortes de despesas, com ênfase na redução dos ganhos de servidores e na questão previdenciária. Outras medidas, de menor impacto, mas, importantes do ponto de vista da organização administrativa, extinguindo e/ou juntando secretarias (muitas criadas apenas para abrigar apaniguados), o corte de gratificações, além de acabar com programas de governo inoperantes, tentam formar uma base para diminuir a sangria que está levando o Estado à falência. Segundo o vice-governador Francisco Dornelles o pacote de austeridade é inevitável: "Esse remédio amargo é o único caminho de conseguirmos a cura e restabelecer os compromissos do estado". Há, no entanto, uma linha alternativa, não menos relevante para o equilíbrio das contas que consiste em rever a verdadeira farra que tem sido a concessão de benefícios fiscais

Por que os intelectuais odeiam o capitalismo?

por Jesús Huerta de Soto Por que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo? Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel (1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o capitalismo. Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da história. Desde a Grécia antiga, os intelectuais mais distintos — começando por Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles — viam com receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais, artesanais ou comerciais. E, atualmente, não tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial, que colocam seu labor criativo em obras literárias — todos são completamente contrários à economia de mercado e ao capitalismo. Eles são contra o processo espontâneo e de interações voluntárias que ocorre de mercado. Eles querem controlar o resultado destas interações. Eles são socialistas

Erros e umbigos, por Cora Rónai

O problema da esquerda é a superioridade moral com que olha para os demais As zonas eleitorais nem tinham fechado ainda as suas portas no domingo, e a militância do PSOL já estava percorrendo as redes sociais atrás de culpados pela derrota do seu candidato. Eleitores que declararam abertamente que iam anular o voto, e que já vinham sendo patrulhados desde o início do segundo turno, foram hostilizados e ofendidos. Os justiceiros ainda se saíram com uma pérola inédita: — Quem anula voto não tem o direito de reclamar depois! Como se, numa democracia, todo cidadão, independentemente do seu voto, não tivesse o direito (eu diria até o dever, a obrigação mesmo) de reclamar dos seus governantes. Não sei se essa teoria bizarra vale para Porto Alegre, onde o PSOL criou até jingle para promover o voto nulo, mas ela deu panos para as mangas no Rio. Defendi na minha TL do Facebook a universalidade do direito à reclamação, e uma leitora me advertiu, naturalmente com todo o carinho: — Você podia ter

Quiche de frango temperado

Ontem comprei uma nova fôrma para torta e hoje resolvi estrear com um quiche de frango, que há muito não preparava. Alguns dos melhores quiches que já tive o prazer de comer são feitos no Baalbeck, na galeria Menescal, em Copacabana. Sempre achei que o dia que um dos meus quiches ficasse, pelo menos com a "cara" dos quiches do melhor e mais antigo árabe do bairro, já me daria por satisfeito. E foi com esta lembrança que levei a cabo a tarefa. Para a massa usei: - 2 xícaras de farinha de trigo; - 1 ovo - 3 colheres de sopa de leite - 4 colheres de margarina Eu deveria ter colocado uma colher de chá de fermento em pó, mas, não tinha na despensa. Depois de misturar tudo em uma tigela redonda funda (não gosto de chamar de bowl. Afinal, o português é bem rico e tigela todo mundo entende), até obter uma "farofa", acrescentei um pouco de sal, fiz uma "bola" e coloquei a massa resultante para descansar. O recheio fiz assim: Cortei o frango em cub

A era do não, por Carlos Andreazza

O carioca tapou o nariz e digitou o número por meio do qual daria um não a Freixo, à esquerda, sobretudo um não aos que chamam de golpistas aqueles a favor do impeachment Ainda por muito tempo o carioca digerirá o fracasso de haver chegado ao fim do ano em que sediou uma Olimpíada tendo, no entanto, de escolher um prefeito entre os retrocessos Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, homens de séculos passados, um duro golpe na ideia de cidade cosmopolita conforme a ilusão de quem não faz ideia do que seja uma cidade cosmopolita. Mais do que a crise em que a fantasia criminosa decorrente da associação entre Lula e Sérgio Cabral Filho — entre PT e PMDB — afundou o estado, mais do que o esfacelamento da mentira chamada de UPP, mais do que o anel de R$ 800 mil no dedo da primeira-dama do fanfarrão cujo desejo de ascensão irresponsável ora resulta em servidores sem salário, mais do que a acefalia de ter dois governadores e ter nenhum, mais do que o fato dolorido de serem daqui patriotas do naipe