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Mostrando postagens de março, 2015

O grande culpado, editorial do Estadão

Não precisa ser muito inteligente para saber que esta lambança é culpa do Lula. Na verdade, a culpa maior é, em primeiro lugar, dos que o elegeram. Não fosse muitos dos que me lêem terem "vencido o medo", e sido "audaciosos" e "aventureiros", para não dizer outras coisas, e não teríamos gente tão despreparada, gananciosa e vigarista a decidir os destinos do Brasil. Houve os que pecaram por omissão e os que, deliberadamente, os colocaram fora do lixo, de onde não deviam ter saído. Meu dedo estará, eternamente, apontado para vocês, seus MERDAS! A grave crise política e econômica na qual o País está mergulhado coloca Dilma Rousseff na berlinda. E não poderia ser diferente. Afinal, ela é a presidente da República e tem demonstrado uma inacreditável inépcia no exercício das funções de primeira mandatária. Mas uma análise conjuntural que amplie o foco de observação da cena política para além dos episódios do dia a dia e se projete sobre os 12 últimos anos expõe

A crise é o PT

Rui Falcão, presidente do PT, pede punição às redes de TV, que, segundo ele, deram publicidade às manifestações do dia 15. Confunde notícia com publicidade por Ruy Fabiano Diz-se que uma foto vale mais que mil palavras – e um símbolo mais que mil fotos. Uma das primeiras providências que Lula tomou, ao chegar à Presidência da República, foi mandar recortar na grama do jardim do Palácio da Alvorada uma imensa estrela do PT e pintá-la de vermelho. Estavam ali simbolizados os valores que pautariam os sucessivos governos petistas. Governo e partido – pior: Estado e partido – passaram a ser uma coisa só, numa linha de raciocínio segundo a qual o que é bom para o PT é bom para o Brasil. Portanto, apenas o PT – e ninguém mais – sabe o que é bom para o Brasil. Dentro dessa lógica, cabem todo o Mensalão, o Petrolão e outras caixas pretas ainda não vasculhadas (BNDES, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica etc.). O PT inventou a corrupção do bem – e a defende com ódio sincero. Ainda que a

Por que insistir em pedir o impeachment?

Por Paulo Rio de Janeiro O recado que os dois patetas trouxeram à nação a ninguém interessa ou merece atenção.  Pacote anti-corrupção? Reforma política?  Tão de sacanagem, só pode. Como é que o mesmo partido que HOJE foi denunciado pelo PGR como tendo recebido mais de 130 (CENTO E TRINTA) MILHÕES DE DÓLARES de propina pode se declarar apto a baixar um pacote que combate a eles mesmos?  A reforma política desejada pelo PT é uma que eles já praticam: financiar suas campanhas com dinheiro público. Aliás, fazem isto há bastante tempo!  Estão zombando da nossa cara, com certeza. Cada mandato de deputado custa ao país, por deputado, por exemplo, quase 10 milhões. A Câmara, sozinha, 5 bilhões.  Afinal, quem acha bom dar dinheiro pra esses caras?   É uma piada, de mau gosto, sem dúvida.   A verdade é que os dois meninos de recado vieram a público para dizer que a presidAnta IGNORA completamente o que as ruas estão dizendo, e que vai seguir, arrogantemente, com o projeto de poder do seu

Rumo à alternância de poder

por Merval Pereira O PT está indelevelmente ligado à corrupção, depois do mensalão e do petrolão. As manifestações de ontem foram, sobretudo, contra a continuidade do PT no governo, e a ampliação do alcance dos gritos de “Fora Dilma” indica muito mais a inconformidade de um eleitorado que foi enganado na campanha eleitoral do que uma tentativa golpista. Se fossemos um país parlamentarista, o governo já teria sido derrubado. A maioria no Congresso existe apenas no papel, pois em todas as votações recentes o governo tem sido minoritário, mesmo quando consegue evitar que os vetos da presidente Dilma sejam derrubados. Se a eleição presidencial fosse realizada hoje, Dilma não seria reeleita, apontam as pesquisas de opinião, que lhe dão também um apoio de apenas 7% da população. Se a percepção generalizada valesse, o Congresso teria condições de aprovar o impeachment, por que a maioria da população está convencida de que a presidente Dilma sabia o que estava acontecendo na Petrobras, mes

Em meio a tudo isso, a saudade também está presente

Há 7 anos atrás, por volta das 6 da manhã deste mesmo dia 15 de março, morria a minha muito querida avó materna. "Voviginha", era assim que eu a chamava quando pequeno. Ela também era conhecida como "mamãe gande", termo cunhado pelo meu irmão André. Os demais netos a chamavam de "vó", ou "voroca", cada um procurando a forma mais carinhosa de tratar a velha senhora. Séria, austera, solidária, amiga, companheira, um tanto irascível e turrona, dona de uma voz firme e poderosa, também sabia ser engraçada e bem humorada, e distribuir carinho, do seu modo. Leitora diária de jornais e lúcida até o último dia, viveu bem informada e consciente de tudo à sua volta. Era capaz de sustentar qualquer conversa, sobre qualquer tema, e sempre tinha uma palavra de sabedoria para dar o seu interlocutor. Adorava conversar. Até hoje, de vez em quando me vem ao ouvido aquele jeito especial de falar, a maneira única com que pronunciava o meu nome. D. Maria de Lourdes,

O deboche é perigoso

Classe política não vê a raiva que está nas ruas por Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) Nas últimas semanas, as autoridades brasileiras debocharam além dos limites. Cada dia a população tem nova surpresa. O presidente da Câmara oferece aos deputados o direito de custearem viagens de suas esposas com recursos públicos e apresenta o projeto para um novo edifício ao custo de R$ 1 bilhão; um juiz é fotografado dirigindo o carro de luxo de um réu; uma escola de samba ganha o título graças a financiamento de um ditador estrangeiro; a presidente da República coloca a culpa da degradação da Petrobras no antecessor que deixou o governo há 12 anos; outro ex-presidente ameaça colocar um exército na rua; o ministro da Justiça recebe advogados de réus do maior caso de corrupção da história; o ministro da Fazenda adota medidas totalmente opostas às promessas de campanha da candidata; o governo adota o slogan “Pátria educadora” mas corta parte importante do orçamento para a educação; as tarifas

Carta aberta a Juca Kfouri

Por João Luiz Mauad, publicado no  Instituto Liberal Prezado senhor, O que me traz é um artigo de sua lavra , a mim enviado por um amigo petista que, coitado, tem-se agarrado a tudo que possa amenizar um pouco o imenso constrangimento por que tem passado depois de ajudar a eleger a sua “presidenta” para mais um mandato de 4 anos. Não tenho qualquer pretensão de convencer este meu amigo do seu (dele) mau julgamento político, pois o infeliz se encontra absolutamente contaminado pelo que os americanos chamam de “partidarismo”. Ele torce e defende o PT como quem torce e defende um clube de futebol, completamente cego a argumentos ou fatos que possam “contaminar” a sua (dele) paixão. Tampouco pretendo convencê-lo de nada, Sr. Kfouri. Minha intenção é tentar demonstrar aos demais que nos lêem o quanto seus argumentos e diatribes estão equivocados, bem como defender-me de algumas acusações que o senhor faz aos brasileiros em geral, e às elites, em particular. Para tanto, separei alguns tre

Abrindo a caixa preta do BNDES

Por Armínio Fraga, João Manoel P. de Mello e Vinicius Carrasco Nos últimos anos, o governo abriu como nunca as torneiras do Tesouro, aportando vultosos recursos ao BNDES, através do qual concedeu empréstimos subsidiados. Qual o resultado dessa política? A resposta curta é: não sabemos, pois não estão disponíveis dados necessários para uma análise rigorosa dos vários programas e empréstimos individuais do banco. Políticas públicas são financiadas por impostos e é obrigação do governo prestar contas de seu uso aos cidadãos que os pagam. Não menos importante, os recursos são escassos e as necessidades da população virtualmente ilimitadas; os recursos escassos deveriam, então, ser aplicados às políticas que gerem maior benefício à sociedade. Por essas razões, toda e qualquer política pública deveria ser criteriosamente avaliada, com cômputos e apresentação à sociedade de seus custos e benefícios. Do lado dos custos, a discussão se dá de maneira um tanto quanto confusa. A atividade princip

Os petistas devem um pedido de desculpas à Veja, por Rodrigo Constantino

Se um jornalista obtém, após a devida apuração, uma informação relevante, deve ele simplesmente ignorá-la por estar o país em época eleitoral? Claro que não! Se assim o fizesse não seria bom jornalista. E a decisão de não revelar a informação para não prejudicar determinado candidato, por óbvio, implica na escolha de prejudicar outro candidato, no caso seu oponente. Logo, guardar para si a importante descoberta também seria uma escolha política e contra os princípios do bom jornalismo. Qualquer pessoa minimamente inteligente entende isso. Mas o calor eleitoral impede que a inteligência seja preservada muitas vezes. Especialmente por parte de esquerdistas, cuja inteligência, quando presente, não costuma combinar com a honestidade intelectual. Vale tudo para vencer, inclusive sacrificar a verdade. Assim tem sido o histórico da esquerda. Fiz essa introdução para chegar no caso da polêmica capa da revista Veja nas vésperas das últimas eleições. Nela estava estampada uma foto de Lula e Dilm

A miséria da política

por Fernando Henrique Cardoso Será que a lógica do marquetismo eleitoral continuará a guiar os passos da presidente e do seu partido? Otimista por temperamento com os necessários freios que o realismo impõe raramente me deixo abater pelo desalento. Confesso que hoje, no entanto, quase desanimei: que dizer, que recado dar diante (valham-me os clássicos) de tanto horror perante os céus? Na procura de alento, pensei em escrever sobre situações de outros países. Passei o carnaval em Cuba, país que visitava pela terceira vez: a primeira, na década de 1980, quando era senador. Fui jurado em um prêmio Casa de las Américas. Voltei à Ilha como presidente da República. Vi menos do povo e dos costumes do que na vez anterior: o circuito oficial é bom para conhecer outras realidades, não as da sociedade. Agora visitei Cuba como cidadão comum, sem seguranças, nem salamaleques oficiais. Fui para descansar e para admirar Havana, antes que o novo momento econômico de relações com os Estado Unidos a mo

Crise do fim do mundo

Enquanto a política econômica dá um cavalo de pau, as versões do governo para sua ação na Lava Jato parecem sem pé nem cabeça e a sociedade se move, as investigações do esquemão na Petrobrás avançam. Só não se sabe para onde. por Eliane Catanhêde O 15 de março vem aí, com péssimas condições de tempo e temperatura, o governo fazendo barbeiragens e a oposição instigando as manifestações, mas desautorizando o "Fora, Dilma". E ironizando o "Foi o FHC". Na economia, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acerta ao entregar um superávit de R$ 21 bilhões em janeiro, mas erra feio ao criticar e chamar de "brincadeira" as desonerações feitas pela chefe Dilma Rousseff no primeiro mandato. Não se cutuca a onça com vara curta. E... o aumento de até 150% nos impostos da indústria vem numa hora de pânico do setor produtivo e não é nada promissor para crescimento, inflação e empregos, que já começam a tremelicar. Na política, as ameaças ao procurador-geral da Rep

Tenho lido cada uma!

por Percival Puggina, para o Jornal Zero Hora Numa ponta da meada do Petrolão, lideranças de um governo que afunda de nariz empinado falam como se a Petrobras fosse tesouro de quem o encontrou ao pé de promissor arco-íris. E o dia, durante 12 anos, nasceu feliz. Na outra ponta, até quem manteve as mãos distantes do óleo grosso quer transferir culpas. O sujeito cumprimentou cordialmente um jornalista da praça - "Como vai, fulano?", e este revidou: "E o efeagacê? E o efeagacê?". Calma, rapaz, um simples bom-dia basta. Não lembro de período com tanta sandice no noticiário. Li que o Ministro da Justiça aferrolhou a porta e conversou com o advogado de uma empreiteira que entrou nervoso e saiu tranquilo. Li exaustiva lista relacionando, com ufania, quatro (!) petistas que teriam desentranhado sua contrariedade com a corrupção em curso. A virtude é assim, tão contagiante? Quatro gotinhas tornam potável a água mais impura? Li que na versão marota do "regime de partilh