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Mostrando postagens de 2014

Ja vi esse filme. No fim, o bandido ganha

Ricardo Noblat                                 A campanha da presidente Dilma, ela mesma, Lula e boa parte do PT debocharam do que disse a candidata Marina Silva (PSB) sobre como montaria seu governo caso se elegesse. Marina afirmou que simplesmente governaria com os melhores elementos de cada partido sem discriminar nenhum partido. É uma boba, garantiram alguns. Uma sonhadora, acusaram outros. Governar com os melhores é impossível, apenas isso. Ou Marina dominava uma receita que só ela conhecia ou então se pautaria pelo bom senso. E o bom senso lhe aconselhava a procurar gente decente, comprometida com a ética e talentosa para ocupar cargos do primeiro e do segundo escalão da República. E se essa gente fosse incapaz de lhe garantir a maioria dos votos no Congresso? E se por causa disso o governo capengasse? Marina confiava que não passaria sufoco porque, em primeiro lugar, governaria apenas por quatro anos. Descartara a reeleição. O que a seu ver seria o bastante para ap

Só tribufu

Mulheres que amamos

Nada sei sobre ela. E precisa?

Começa a surgir o custo do aparelhamento - Editorial d'O Globo

Há pelo menos nove anos, desde a denúncia do mensalão, em 2005, ouve-se o mantra lulopetista: “Todos fazem" e “Isso já foi assim no passado". Mas o assalto à Petrobras, cometido numa associação criminosa entre altos dirigentes indicados pelo PT, PMDB e PP, e empreiteiros pulverizou a desculpa, porque nunca antes na história do país surgiram evidências e provas de tamanho esquema de corrupção concentrado num único setor. Estatal de grandes proporções, a Petrobras volta e meia era motivo de rumores sobre desvios. Já se ouviram histórias de conluio de diretores com potentados árabes fornecedores de petróleo, no tempo que a empresa era a maior importadora individual de óleo do mundo. Também já circularam, há muito tempo, casos de conluio com fornecedores de plataformas, semelhantes ao comprovado agora na relação incestuosa entre a holandesa SBM, o diretor apadrinhado pelo PT Renato Duque e seu braço-direito Pedro Barusco — que se compromete a repatriar US$ 100 milhões embolsado

O plano

Quanto tempo temos para viver? Esta é uma pergunta recorrente na cabeça das pessoas. Um ano? Dez anos? Vinte anos? Dez dias? Dez horas? O que garante que logo mais ainda estaremos por aqui, vivos, tomando caminhos, comendo, bebendo, falando, olhando o mar, apreciando as montanhas, fazendo amor ou simplesmente em contemplação? Uma das coisas mais bem feitas pelo Criador, sem dúvida, é esta incerteza quanto ao dia da partida, do momento de ruptura definitiva com o mundo, do mergulho no desconhecido, do abandono a tudo que representa respirar, da constatação final. Felizmente, a data da morte não está marcada - eis aí uma das coisas mais belas da vida! Renan resolveu inverter esta lógica, ou quis invertê-la. Jovem, 36 anos, ainda com o corpo do atleta que fora na juventude, bem-sucedido, um casamento desfeito e inúmeras relações passageiras, decidiu que não importasse o que sucedesse, morreria no dia 01 de janeiro de 2015, não por coincidência, o dia em que completaria 40 anos. Tomou es

A desgraça de ficar sem Graça

por Mary Zaidan Diz a lenda que jabuticaba só existe no Brasil. Ainda que a tese seja controversa, já que há espécies nativas catalogadas no México, tudo aquilo, especialmente absurdos só vistos por aqui, é comparado com a frutinha negra. Seria mais exato se isso fosse feito em relação à Petrobras, possivelmente a única empresa estatal do mundo que carrega em si o orgulho de uma nação. E, agora, a vergonha. Vergonha expressa no e-mail que a ex-gerente Venina da Fonseca escreveu em 2011 para a então diretora de Gás e Energia Graça Foster, hoje presidente da estatal, reiterando alertas sobre esquemas de corrupção: “Do imenso orgulho que eu tinha pela minha empresa passei a sentir vergonha.” Venina foi fundo. Se verdade ou não, as investigações dirão. Mas os sentimentos dela, revelados pelo jornal Valor Econômico, parecem ser compartilhados não só pelos funcionários da estatal, mas por boa parte do país. Criada sob a égide de “o petróleo é nosso”, que uniu utopias de comunistas e n

Fantasmas do passado - o que fazer com eles?

Ter queixas do passado é normal. Quem não lamenta uma decisão errada, uma palavra dita em hora imprópria, uma atitude equivocada, um acontecimento fortuito negativo? Não creio que exista alguém que não se arrependa do que fez, ignore o caminho que trilhou, ou simplesmente se ache permanentemente certo. O fracasso, o erro, é apenas um evento. Há, portanto, que reconhecê-lo, e trabalhar com afinco para corrigi-lo.  Faz parte desta tarefa pedir desculpas, voltar atrás, promover mudanças, e também, olhar adiante, sem ansiar demais. O bardo William Shakespeare escreveu: "lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente." Concordo, mas, o  segredo parece estar em fazer os consertos necessários, não vivenciar problemas que ainda não apareceram e viver com seriedade e sabedoria o momento presente. E quando somos afetados pelo que os outros nos fizeram? Não há como viver sem adquirir cicatrizes. Podemos aceitar ou rejeitar a maneira como fomos/so

O PT complacente

A complacência do PT com seus membros envolvidos em escândalos de corrupção corresponde à própria formação física do partido, que se vendeu à opinião pública - com êxito, admita-se - como a imagem da pureza política quando já nos governos municipais estava envolvido em transações ilegais com empresas de coleta de lixo e licitações fraudulentas. Os assassinatos de prefeitos como Celso Daniel, de Santo André, e Toninho do PT, de Campinas, são os rastros deixados no plano municipal antes de o PT alçar-se enfim ao plano federal. Já não era mais a virgem pura que se autoproclamava, mas a complacência com as transgressões permitia que sempre voltassem a público como se virgens ainda fossem. O caso recente, do último fim de semana, é repetição como farsa do que acontecera anteriormente, quando da condenação dos líderes partidários no caso do mensalão. O diretório nacional do PT aprovou uma nova velha regra que prevê a expulsão de qualquer filiado comprovadamente envolvido em escândalos de cor

E a grana da Petrobras? As formigas comeram

por Ricardo Noblat Há muitas perguntas sobre o escândalo da Petrobras que suplicam por respostas. A mais óbvia: é possível que Dilma ignorasse o mar de lama capaz de afogar a empresa que ela sempre controlou desde o primeiro governo do presidente Lula? Pois antes de suceder José Dirceu na chefia da Casa Civil, Dilma foi ministra das Minas e Energia. Presidiu o Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2010. Nada de relevante se faz na Petrobras sem autorização prévia do Conselho. Ao deixar o Conselho em março de 2010 para concorrer à presidência da República, Dilma comentou que se sentia feliz pelo que fizera. “É um orgulho passar pelo Conselho de Administração da Petrobras, e maior ainda presidi-lo”, disse. “Você tem uma nova visão do Brasil. Vê a riqueza do Brasil”. De fato, ela viu. O que não viu, como diria mais tarde, foi por culpa dos outros. Elas é inocente. Completamente. Não viu com a antecedência desejável um dos piores negócios feitos pela Petrobras – a compra

Pedido de Natal

Estou pedindo com antecedência pra ver se o Papai Noel manda um presente desses, este ano, pra mim. Agradeço, desde já.

Nove coisas que pessoas ricas fazem de diferente todo dia; uma delas é não assistir televisão

1. Ricos sempre têm objetivos à vista. Pessoas endinheiradas não apenas têm objetivos claros, mas costumam escrevê-los. Ter um objetivo pode parecer algo etéreo, mas para essas pessoas não: ele precisa ser realizável, além de necessitar de trabalho físico para isso. 2. Eles sabem o que é preciso ser feito hoje. A maioria tem uma lista de afazeres do dia, assim como conseguem completar essa lista. 3. Eles não assistem TV. Pessoas com dinheiro não deixam de assistir TV porque mantém um autocontrole invejável, mas simplesmente porque gastam seu tempo com outras atividades, em especial a leitura. 4. Eles leem, mas não por prazer. A leitura não é necessariamente guiada pelo desejo de mais conhecimento e capacitação, mas 88% deles leem pelo menos meia hora diária com esse objetivo, comparado a 2% dos mais pobres que participaram da pesquisa. 5. Eles gostam bastante de audiobooks. Não só usam bastante, mas principalmente no trajeto de casa ao trabalho e vice-versa. 6. Eles trabalham mais do q

Problemas na Petrobras levantam questões mais amplas para investidores, por Landon Thomas Junior, New York Times

Quando a empresa mais endividada do mundo adia a divulgação de resultados devido a um escândalo de corrupção crescente, uma oscilação nos mercados é de se esperar. Tal foi o caso na sexta-feira para a gigante petrolífera brasileira Petrobras, que viu a queda de suas ações de 8 por cento (antes de recuperar ligeiramente) e os rendimentos de seus títulos subirem acentuadamente com a notícia de que executivos da empresa no Brasil tinham sido presos como parte de uma ampla investigação de corrupção. A presidente Dilma Rousseff, que era a chefe do conselho da Petrobras antes de se tornar presidente em 2010, não é a única pessoa, no entanto, que está sentindo a dor com os problemas da empresa. Poucas empresas de mercados emergentes são tão amplamente mantidas por investidores de ações e obrigações como a Petrobras, há muito vista como uma peça de referência para investidores que procurem exposição a mercados em desenvolvimento de rápido crescimento. Desde o fundo de mercado emergente Oppenhe

A terra treme

A terra não para de tremer. Desde que Dilma "ganhou" as eleições (possivelmente fraudadas), o que estava represado, de um lado, pela necessidade do governo de esconder do público brasileiro a verdade sobre inflação, contas públicas, desmatamento, pobreza, Ideb, dívida pública, entre outros muitos temas; e de outro, pela ação pouco republicana de tribunais e da própria PF, que esperaram o fim do pleito para intensificar as investigações das gravíssimas denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Cesar Costa e o doleiro Alberto Youssef,  não tem dia que não surja uma novidade asquerosa ligada ao PT, a petistas ou apaniguados, ou aos dois. A prisão de dirigentes de empreiteiras é uma péssima notícia para a Dilma. O instituto da delação premiada pode fazer com que alguns deles falem o que sabem. E aí pode-se chegar a Lulla, ou à própria Dilma. Daí o desespero de José Eduardo Cardozo e outros petistas de alto coturno, tentando minimizar e/ou abafar os eventos desastrosos dos últi

Desça do palanque, Dilma!, por Ricardo Noblat

Na Austrália, do outro lado do mundo, sob o efeito do fuso horário, talvez, como se ainda estivesse em cima de um palanque, certamente, a presidente Dilma Rousseff concedeu sua primeira entrevista coletiva sobre o arrastão de donos e executivos de empreiteiras que marcou na semana passada mais uma etapa das investigações sobre a roubalheira na Petrobras. Perdeu uma rara oportunidade de ficar calada. Dilma foi vítima da síndrome do terceiro turno que não acomete apenas a oposição. Disse um monte de bobagens, invenções e falsas verdades para uma plateia de jornalistas que se deu por feliz em anotar o que ouviu. E assim procedeu como se ignorasse que o distinto público conhece cada vez melhor os vícios e espertezas dos seus representantes. Vai ver que ela ignora mesmo. Vamos ao que disse. Teve o atrevimento de afirmar de cara lavada que “pela primeira vez na História do Brasil” um governo investiga a corrupção. E não satisfeita, culpou governos passados pela corrupção que acontece

Corrupção sistêmica, por Merval Pereira

O escândalo da Petrobras está produzindo reações curiosas no governo, alguns até mesmo engraçados, se o momento não fosse trágico. Anuncia-se que o PT pretende questionar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a escolha, por sorteio, do ministro Gilmar Mendes para relator das contas da campanha presidencial do partido em 2014. Por sorteio, ressalte-se, e a mando do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, o mais próximo ao PT de todos os integrantes do Supremo Tribunal Federal. Nunca vi tamanha confissão de culpa.  Também o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo deitou falação sobre a politização das investigações, insinuando que a oposição está querendo ter um terceiro turno da eleição que perdeu. Logo quem, o mesmo que acabara de dizer que a presidente Dilma havia determinado que as investigações prosseguissem, doam a quem doer. Como se a presidente tivesse o poder de mandar parar as investigações se quisesse.Além do mais, Cardozo abriu uma investigação para punir delegados envo

Merval: Não aprenderam nada

O que é mais chocante nesse episódio do descumprimento da meta de superávit primário, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é a postura dos principais dirigentes do governo, a começar pela própria presidente Dilma, a prenunciar que nada será alterado no segundo mandato. O secretário do Tesouro Arno Agostin, que deve se transformar no segundo mandato em um conselheiro especial com amplos poderes no Palácio do Planalto, disse recentemente, para justificar o déficit, que o governo fez “o que era melhor para o país”, como se isso dependesse da vontade de alguns poucos iluminados e tivesse que ser aceito por toda a sociedade como uma verdade irreversível. O comportamento da ministra do Planejamento Miriam Belchior, ao encaminhar o pedido formal ao Congresso para mudar a meta combinada anteriormente, também foi espantoso. Além de não apresentar um documento com uma justificativa técnica razoável, ela ainda se deu ao luxo de não informar qual o superávit que o governo estaria dis

Mulheres que amamos

Didi Wagner, paulista, 39 anos, ex-modelo da Ford, apresentadora do programa Lugar (In)comum, do Multishow. Linda!

Cântico Negro, por José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velh

Demolição de valores, por Dora Kramer

Mantido o rumo pelo qual enveredou a campanha à Presidência da República o que se pode esperar dos próximos 18 dias até o primeiro turno e depois mais 20 antes da etapa final não é um clima emocionante típico das eleições bem disputadas, como pareceu quando Marina Silva entrou na competição. Disputas pressupõem confrontações de argumentos, embates travados mediante a observância de determinadas regras. Pois o que temos no cenário desde que o governo decidiu mandar às favas os escrúpulos e fazer o diabo para tentar vencer as eleições não guarda a menor relação com troca de argumentos e muito menos com obediência a qualquer tipo de regra. Por ora há uma perplexidade. Um pouco pela falta de cerimônia no uso de mentiras tão deslavadamente mentirosas, um pouco pelo fato de ainda haver um contingente disposto a acreditar nelas. Daqui a pouco poderá haver um cansaço com a atuação de uma gente que mente e reiteradamente se desmente sem a preocupação de preservar a própria biografia ou respe

A reportagem censurada por Cid Gomes

No rastro do dinheiro da Propinobrás Entenda como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de aliados do governo e conheça os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo Há duas semanas, uma equipe composta por integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público trabalha arduamente para detalhar como funcionaria o propinoduto instalado na Petrobras para abastecer políticos aliados do governo Dilma Rousseff. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012. Já se sabia que dessa lista faziam parte figuras graúdas da Re

Não se afobem

O fim do Brasil, o vídeo censurado pelo PT

Olá. Meu nome é Felipe Miranda. Há quase cinco anos, eu fundei, junto ao Caio Mesquita e ao Rodolfo Amstalden, a Empiricus Research, a primeira casa de pesquisa independente voltada a investimentos do Brasil. Hoje, a Empiricus é referência em recomendações de investimento, contando com 200 mil leitores diariamente. Chegamos a um tamanho que nem nós mesmos aventávamos quando da criação da Companhia. Agradeço todos os dias por isso. Aos leitores e a nossos profissionais – seria impossível chegar aqui sem tamanhas competência e paixão. É a nossa vocação, de fato. Talvez a esta altura você já conheça a Empiricus por conta de nossos serviços prestados nos últimos anos. Temos ajudado milhares de investidores a ganhar dinheiro com o cenário de queda da Bolsa brasileira desde nossa fundação, alta dos imóveis e comportamento volátil da taxa de câmbio. Nós alertamos nossos leitores, por exemplo, a evitar as ações da Petrobras, pouco antes do início de seu derretimento. Também recomendam