O funcionário suspeito de ter vazado o dossiê com despesas do ex-presidente FHC, José Aparecido Pires, ganhou do STF o direito de ficar calado no depoimento que fará amanhã à CPI dos cartões corporativos.
É como dizem, decisão da justiça é para ser cumprida. Contudo, não há como deixar de observar que, embora embasada, tal decisão concorre para que mais uma CPI acabe em pizza. Como chegar ao(a) mandante se o principal personagem vai se calar? Ao se apegar à letra da lei, o ministro Carlos Ayres Brito se rendeu ao truque que a Polícia Federal armou, indiciando-o. Ou seja, deixando a condição de testemunha, ele passa a ter o direito de não se incriminar em depoimento, podendo responder somente aquilo que lhe convier. A PF sabia disso e se apressou em abrir o caminho para que ele não diga nada à Comissão.
Mais uma vez o país vai assistir estarrecido aos senadores fazerem perguntas e mais perguntas (a maioria inócua, como costuma ser) e o depoente repetir que se reserva o direito de não responder. É irritante, para dizer o mínimo.
Assim como o juiz que prendeu o casal Nardoni arguiu a ordem pública, justificando a prisão dos dois, devia também o ministro Brito negar-lhe esse direito em resposta ao clamor popular pela prevalência da verdade. O povo quer saber: os dedos da ministra Dilma estão melados, ou não, na feitura do malfadado dossiê? Eu penso que sim, que ela estava envolvida até a alma. Mas, isso é só uma opinião. O caminho para obtenção da prova foi obstruido, queria diria?, pela própria Justiça.
É como dizem, decisão da justiça é para ser cumprida. Contudo, não há como deixar de observar que, embora embasada, tal decisão concorre para que mais uma CPI acabe em pizza. Como chegar ao(a) mandante se o principal personagem vai se calar? Ao se apegar à letra da lei, o ministro Carlos Ayres Brito se rendeu ao truque que a Polícia Federal armou, indiciando-o. Ou seja, deixando a condição de testemunha, ele passa a ter o direito de não se incriminar em depoimento, podendo responder somente aquilo que lhe convier. A PF sabia disso e se apressou em abrir o caminho para que ele não diga nada à Comissão.
Mais uma vez o país vai assistir estarrecido aos senadores fazerem perguntas e mais perguntas (a maioria inócua, como costuma ser) e o depoente repetir que se reserva o direito de não responder. É irritante, para dizer o mínimo.
Assim como o juiz que prendeu o casal Nardoni arguiu a ordem pública, justificando a prisão dos dois, devia também o ministro Brito negar-lhe esse direito em resposta ao clamor popular pela prevalência da verdade. O povo quer saber: os dedos da ministra Dilma estão melados, ou não, na feitura do malfadado dossiê? Eu penso que sim, que ela estava envolvida até a alma. Mas, isso é só uma opinião. O caminho para obtenção da prova foi obstruido, queria diria?, pela própria Justiça.
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