Relutei muito, conversei com amigos, consultei livros e pesquisei na internet, li e reli os relatos nos jornais e revistas, acompanhei o noticiário, mas nada encontrei. Não encontrei ao menos um caso sequer, parecido com o crime contra a vida da pequena Isabella Nardoni. Nada que chocasse tanto, que impressionasse tanto, pelos requintes de maldade na sua execução, pela identidade dos supostos autores, pelo conluio no seu acobertamento, pelo ódio, fúria e frieza da ação.
Diante dos laudos, do relato da polícia, da peça acusatória do promotor, tenho que me curvar às evidências -- o casal parece ser, mesmo, responsável pela morte da menina. A Justiça aceitou a denúncia contra o pai e a madrasta, e, em nome da ordem pública, os colocou sob custódia do Estado. A pronta reação do juiz que cuida do caso é sinal de que eles, ainda que remotamente sejam inocentes, estão bem enrolados.
Confesso que sinto uma ponta de dor por não ter ficado provado, ou ao menos não existir uma dúvida razoável quanto à autoria do crime hediondo, covarde, monstruoso. Não que tenha uma simpatia qualquer pelos dois, mas porque não encontro, no campo da razão, explicação para a selvageria. Especialmente quando perpetrada por quem, no meu entender, jamais poderia fazer uma coisa dessas.
Honestamente, não consigo entender o que pode ter levado essas pessoas a cometerem ato tão bárbaro, violento, cruel, contrário aos sentimentos mais remotos do ser humano, como a proteção dos rebentos. Em alguns momentos, fico a imaginar qual deles terá decidido lançar a menina pela janela? Quanto tempo levaram para tomar esta decisão? Como havia um obstáculo, onde deixaram a menina aguardando seu destino final? Em algum momento ela percebeu que estava vivendo seus últimos instantes, pelas mãos que a deviam afagar e proteger? Que movimentos fez aquele que não estava providenciando o sinistro corte da rede? Aguardou ao lado? Apressou o que fazia o serviço? Onde estavam as outras crianças? Segundo a polícia, os fatos se desenrolaram em um curtíssimo espaço de tempo. Houve um instante de hesitação, de dúvida? O que disse, ou fez, essa pobre criança para merecer reação tão desmedida, intensa, colérica?
É muita barbaridade! Principalmente se considerarmos que os réus não consumiram álcool, drogas, medicamentos ou qualquer substância que mexa com o consciente. A história toda é inadimissível, incompreensível, inimaginável. Parece saída de um conto de horror, daqueles que assombram para o resto da existência.
Se são culpados, que a Justiça aplique a eles todo o castigo que merecerem. Que apodreçam nos piores cárceres, que sejam malditos, e que a sociedade os segregue e rejeite enquanto respirarem. O fogo eterno do inferno é pouco para quem comete infanticídio. Espero que comecem a experimentá-lo por aqui.
Diante dos laudos, do relato da polícia, da peça acusatória do promotor, tenho que me curvar às evidências -- o casal parece ser, mesmo, responsável pela morte da menina. A Justiça aceitou a denúncia contra o pai e a madrasta, e, em nome da ordem pública, os colocou sob custódia do Estado. A pronta reação do juiz que cuida do caso é sinal de que eles, ainda que remotamente sejam inocentes, estão bem enrolados.
Confesso que sinto uma ponta de dor por não ter ficado provado, ou ao menos não existir uma dúvida razoável quanto à autoria do crime hediondo, covarde, monstruoso. Não que tenha uma simpatia qualquer pelos dois, mas porque não encontro, no campo da razão, explicação para a selvageria. Especialmente quando perpetrada por quem, no meu entender, jamais poderia fazer uma coisa dessas.
Honestamente, não consigo entender o que pode ter levado essas pessoas a cometerem ato tão bárbaro, violento, cruel, contrário aos sentimentos mais remotos do ser humano, como a proteção dos rebentos. Em alguns momentos, fico a imaginar qual deles terá decidido lançar a menina pela janela? Quanto tempo levaram para tomar esta decisão? Como havia um obstáculo, onde deixaram a menina aguardando seu destino final? Em algum momento ela percebeu que estava vivendo seus últimos instantes, pelas mãos que a deviam afagar e proteger? Que movimentos fez aquele que não estava providenciando o sinistro corte da rede? Aguardou ao lado? Apressou o que fazia o serviço? Onde estavam as outras crianças? Segundo a polícia, os fatos se desenrolaram em um curtíssimo espaço de tempo. Houve um instante de hesitação, de dúvida? O que disse, ou fez, essa pobre criança para merecer reação tão desmedida, intensa, colérica?
É muita barbaridade! Principalmente se considerarmos que os réus não consumiram álcool, drogas, medicamentos ou qualquer substância que mexa com o consciente. A história toda é inadimissível, incompreensível, inimaginável. Parece saída de um conto de horror, daqueles que assombram para o resto da existência.
Se são culpados, que a Justiça aplique a eles todo o castigo que merecerem. Que apodreçam nos piores cárceres, que sejam malditos, e que a sociedade os segregue e rejeite enquanto respirarem. O fogo eterno do inferno é pouco para quem comete infanticídio. Espero que comecem a experimentá-lo por aqui.
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