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Pesquisas liberadas

A liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias, pelo apertado placar de 6x5, está sendo comemorada por alguns como vitória da Ciência sobre a Religião. Fala-se em "avanço científico", "redução da dependência de tecnologia importada", e que a Igreja não pode interferir nas decisões de um estado laico.

De fato, todos esses argumentos são válidos, porém, não creio que o que estava em questão era isso. A Igreja não se opõe aos avanços tecnológicos; ao contrário, louva as conquistas do gênero humano, agradecendo a Deus a inspiração que os cérebros que os engendraram receberam. Quando se trata, porém, do bem mais precioso e sagrado da humanidade - a vida - a Igreja tem a obrigação moral de se manifestar. E o fez muito bem, lembrando que não há, no mundo, nenhum "protocolo médico" que autorize esse tipo de pesquisa, "por causa do alto risco de rejeitão e de geração de teratomas".

"Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. A circunstância de estar in vitro ou no útero materno não diminui e nem aumenta esse direito. É lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas. ", afirma a nota da CNBB, onde lamenta a decisão do STF.

Os cientistas acreditam que as células-tronco podem ser transformar em qualquer tecido humano e ajudar no tratamento de doenças degenerativas. Tudo isso é muito bacana, muito moderno, inquestionável, como diria a ministra do STF, Ellen Gracie. Acontece que, ao abrir as portas para a manipulação genética de embriões humanos estamos interferindo, em primeiro lugar, em um dos conceitos mais caros à ética, à moral, e aos bons costumes: o da inviolabilidade e da integridade do homem.

Espero que os legisladores, juristas e todos os que estão favoráveis estejam certos, e mesmo que demore, as pesquisas tenham êxito e efetivamente contribuam para aliviar o sofrimento das pessoas.

Só não aceito essa festa toda. O STF, efetivamente se dividiu com relação ao tema. Afinal, qualquer um percebe que 6x5 não é nenhum "chocolate".

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