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Minc, o animador da platéia

A mídia tem feito uma festa para o substituto da ministra Marina Silva. Nem a própria esteve tanto sob os holofotes. Ele já opinou sobre uma variedade tão grande de coisas, só falta esclarecer a influência das correntes marinhas na masturbação das baratas.

Estamos bem parados. Em menos de uma semana, antes de mesmo de nomeado, o novo ministro já levou um chega pra lá do Exército, fez declarações equivocadas e mal embasadas sobre o aumento do desmatamento, e já disse que vai se entender com o ministro Mangabeira Unger (aquele que o pessoal do Cassete diz que quando fala precisa de legenda) sobre o PAS (Plano Amazônia Sustentável).

Pelo visto, o cara é língua sôlta. Talvez por isso, Lula tenha escolhido Minc. Ele precisa de alguém fraco, que possa ser manobrado, seja expedito na desobstrução das vontades do governo, mas capaz de dizer frases de efeito que acobertem a realidade, como é hábito de petistas e seus asseclas.

O Brasil, que abriga cerca de 20% da biodiversidade do planeta não é capaz de deter o desmatamento, utiliza mal os recursos naturais, desperdiça água, polui rios e mananciais, consome mais combustível sólido, falha na expansão do saneamento básico e na destinação do lixo. Infelizmente, Carlos Minc não está à altura do desafio - está mais para animador do que que para um defensor intransigente do meio ambiente e com conhecimentos e idéias que revertam o quadro aterrador que vivemos. Teremos mais um fingidor, mais um falastrão, ao estilo do chefe, decidindo politicamente o que deveria ser técnico. Pobre Brasil, sustentabilidade sócio-ambiental não é coisa para amadores. Lula errou mais uma vez.

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