O Estado da Bahia tem 417 municípios, 115 deles administrados pelo PMDB, 27% do total. 137 municípios baianos ficaram com metade de toda a verba distribuida ano passado pelo Ministério da Integração, na época comandado por Geddel Vieira Lima, do PMDB, e candidato à sucessão de Jaques Wagner (PT) ao governo. Em termos regionais, as prefeituras comandadas pelo partido foram agraciadas com nada menos que 88% de tudo que foi repassado para lá, totalizando R$ 223,8 milhões. É o que consta de relatório feito pelo site Contas Abertas e publicado n'O Globo de hoje.
Seguindo o exemplo do ex-chefe, Geddel diz que desconhece os dados e apresentou as explicações de praxe que, obviamente, não convencem a ninguém.
O grande problema que temos, nessa hora, é que os repasses, assim como outras despesas, sempre possuem uma fachada de legalidade, uma justificativa. Dessa forma, é difícil provar qualquer tipo de vício e vai tudo ficando como está. Em geral, só uma denuncia bem feita e bem documentada conseguem levantar o véu que existe sobre essas possíveis safadezas. Nesse caso, como não há nada que obrigue efetuar uma distribuição mais eqüânime, os gestores públicos acabam fazendo o que querem, privatizando o resultado de ações do Estado.
A verdade é que, no Brasil, a bandalheira corre solta. Em todo lugar, em todos os setores, em tudo que os governos estão presentes - o recente escândalo envolvendo médicos do Salgado Filho e empresários com contratos milionários com a prefeitura é só mais um, na paisagem brasileira, repleta de conchavos, mamatas, maracutaias e o eterno desvio dos recursos públicos.
A sociedade avançou bastante, e já não aceita certos comportamentos. Dispomos de mecanismos e facilidades que permitem fiscalizar e identificar as ações danosas ao erário. Em contra-partida, a corrupção aumentou e se sofisticou, fazendo com que seja necessário investir sempre mais na vigilância. E ter, o mais possível, homens de bem, comprometidos com a lisura no trato da coisa pública, em todas as esferas de poder. As eleições deste ano serão mais uma oportunidade para darmos uma resposta a estes que insistem em explorar e depredar o patrimônio que é de todos em benefício próprio e de seus associados. Tomara, as escolhas, dessa vez, sejam mais bem feitas.
Seguindo o exemplo do ex-chefe, Geddel diz que desconhece os dados e apresentou as explicações de praxe que, obviamente, não convencem a ninguém.
O grande problema que temos, nessa hora, é que os repasses, assim como outras despesas, sempre possuem uma fachada de legalidade, uma justificativa. Dessa forma, é difícil provar qualquer tipo de vício e vai tudo ficando como está. Em geral, só uma denuncia bem feita e bem documentada conseguem levantar o véu que existe sobre essas possíveis safadezas. Nesse caso, como não há nada que obrigue efetuar uma distribuição mais eqüânime, os gestores públicos acabam fazendo o que querem, privatizando o resultado de ações do Estado.
A verdade é que, no Brasil, a bandalheira corre solta. Em todo lugar, em todos os setores, em tudo que os governos estão presentes - o recente escândalo envolvendo médicos do Salgado Filho e empresários com contratos milionários com a prefeitura é só mais um, na paisagem brasileira, repleta de conchavos, mamatas, maracutaias e o eterno desvio dos recursos públicos.
A sociedade avançou bastante, e já não aceita certos comportamentos. Dispomos de mecanismos e facilidades que permitem fiscalizar e identificar as ações danosas ao erário. Em contra-partida, a corrupção aumentou e se sofisticou, fazendo com que seja necessário investir sempre mais na vigilância. E ter, o mais possível, homens de bem, comprometidos com a lisura no trato da coisa pública, em todas as esferas de poder. As eleições deste ano serão mais uma oportunidade para darmos uma resposta a estes que insistem em explorar e depredar o patrimônio que é de todos em benefício próprio e de seus associados. Tomara, as escolhas, dessa vez, sejam mais bem feitas.
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