O Rio de Janeiro está localizado em uma região onde predomina o clima tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, e no outono, temperatura média de 25ºC, e precipitação pluviométrica anual em torno de 1300 milímetros anuais. Isso todo mundo sabe - está nos livros, guias turísticos e até na wikipedia. É do conhecimento geral, também, que o final de março e começo de abril é uma época de muita chuva, às vezes, muito fortes, e que a cidade não está preparada para elas.
Estimativas preliminares dão conta que choveu hoje na região metropolitana, incluindo Niterói e São Gonçalo, cerca de 350 milímetros, algo que daria para encher 300.000 piscinas olímpicas, onde cabem cerca de 2,5 milhões de litros d'água, cada. Os números são inimagináveis. A meteorologia previu chuva forte para o período entre segunda e quinta-feira desta semana e o temor que uma nova catástrofe como a desta noite se repita, é grande. Tudo, portanto, mais ou menos, dentro do que se espera para este período.
À primeira vista, acompanhando o raciocínio de Lula, que aqui esteve pela manhã, não haveria o que fazer. Não é bem assim. Desde que me entendo por gente, o Rio sofre com as chuvas e enchentes. Os moradores da Praça da Bandeira, por exemplo, enfrentam este problema mesmo quando a chuva é fraca. Os locais frequentemente alagados são conhecidos. As soluções existem, o problema é a incúria, a inapetência, a imprevidência das administrações, em todas as esferas, que nada fazem para implementá-las.
É verdade que a população descarta lixo em demasia pelas ruas - 2/5 do lixo carioca vem das ruas -, fruto da falta de educação e fiscalização, contudo, é igualmente real que a coleta é deficiente, os bueiros estão sempre entupidos, a manutenção das galerias pluviais e esgotos é insuficiente, o planejamento urbano se não é inexistente, não se materializa em obras capazes de conter as inevitáveis intempéries com as quais a cidade precisa conviver.
Somente a indiferença, incúria e irresponsabilidade dos governantes justifica a falta de prioridade no estabelecimento e execução de ações que visem resolver as questões de infraestrutura, minimização de áreas de risco, prevenção e redução das conseqüencias de explosões das forças da natureza, que de vez em quando se exarcerbam, causando desastres como o de hoje.
A realidade perversa é que dinheiro existe. O problema é que ele vai para onde o governante de ocasião determina, em geral, na direção que dá mais visibilidade ao próprio. O orçamento é, normalmente, uma peça de ficção, que além de não ter os valores respeitados, não é obedecido. E nada acontece com os que comandam esses desvios e desmandos.
O prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral demonstram incapacidade total para lidar com essas dificuldades, e já receberam de Lula a dispensa de suas obrigações: "contra intempéries como essa, não há o que fazer", o que é uma vergonha!
O número de mortos se aproxima de 100, no estado. A chuva está voltando, e o caos em que estamos, literalmente, mergulhados, continua. Já que teremos que aturar o alcaide por mais dois anos, espero que o dia de hoje seja lembrado em outubro, ao preencher a cédula para governador.
Estimativas preliminares dão conta que choveu hoje na região metropolitana, incluindo Niterói e São Gonçalo, cerca de 350 milímetros, algo que daria para encher 300.000 piscinas olímpicas, onde cabem cerca de 2,5 milhões de litros d'água, cada. Os números são inimagináveis. A meteorologia previu chuva forte para o período entre segunda e quinta-feira desta semana e o temor que uma nova catástrofe como a desta noite se repita, é grande. Tudo, portanto, mais ou menos, dentro do que se espera para este período.
À primeira vista, acompanhando o raciocínio de Lula, que aqui esteve pela manhã, não haveria o que fazer. Não é bem assim. Desde que me entendo por gente, o Rio sofre com as chuvas e enchentes. Os moradores da Praça da Bandeira, por exemplo, enfrentam este problema mesmo quando a chuva é fraca. Os locais frequentemente alagados são conhecidos. As soluções existem, o problema é a incúria, a inapetência, a imprevidência das administrações, em todas as esferas, que nada fazem para implementá-las.
É verdade que a população descarta lixo em demasia pelas ruas - 2/5 do lixo carioca vem das ruas -, fruto da falta de educação e fiscalização, contudo, é igualmente real que a coleta é deficiente, os bueiros estão sempre entupidos, a manutenção das galerias pluviais e esgotos é insuficiente, o planejamento urbano se não é inexistente, não se materializa em obras capazes de conter as inevitáveis intempéries com as quais a cidade precisa conviver.
Somente a indiferença, incúria e irresponsabilidade dos governantes justifica a falta de prioridade no estabelecimento e execução de ações que visem resolver as questões de infraestrutura, minimização de áreas de risco, prevenção e redução das conseqüencias de explosões das forças da natureza, que de vez em quando se exarcerbam, causando desastres como o de hoje.
A realidade perversa é que dinheiro existe. O problema é que ele vai para onde o governante de ocasião determina, em geral, na direção que dá mais visibilidade ao próprio. O orçamento é, normalmente, uma peça de ficção, que além de não ter os valores respeitados, não é obedecido. E nada acontece com os que comandam esses desvios e desmandos.
O prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral demonstram incapacidade total para lidar com essas dificuldades, e já receberam de Lula a dispensa de suas obrigações: "contra intempéries como essa, não há o que fazer", o que é uma vergonha!
O número de mortos se aproxima de 100, no estado. A chuva está voltando, e o caos em que estamos, literalmente, mergulhados, continua. Já que teremos que aturar o alcaide por mais dois anos, espero que o dia de hoje seja lembrado em outubro, ao preencher a cédula para governador.
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