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Até Norma Bengell ganha bolsa ditadura

Quando o general Leônidas Pires Gonçalves falou do açodamento com que se corre atrás da bolsa ditadura não era sem razão. O colunista de Veja, Lauro Jardim, informa hoje que a Comissão de Anistia reconheceu ontem a atriz e diretora de cinema Norma Bengell como anistiada política. Soa como piada de mau gosto, mas não é. É tudo verdade.

Segundo ela, ao protaganizar a primeira cena de nu frontal do cinema brasileiro, em 1962, passou a sofrer perseguição, agora reconhecida pelo Ministério da Justiça, e isso a fez ganhar a bagatela de 100.000 reais, a título de indenização, a serem pagos em parcela única.

Norma Bengell participou de mais de 50 filmes, algumas novelas, e mais recentemente trabalhou no seriado Toma lá, dá cá - mais uma porcaria de Miguel Falabella - onde fazia o papel de Deise Coturno. Bengell também se aventurou na carreira de diretora, e assim como Guilherme Fontes fez com o Chatô, captou recursos públicos para produzir O Guarani. O TCU a denunciou por desvio de dinheiro da produção e ela está sendo obrigada a devolvê-lo.

Esses 100zinhos nada representam diante dos 4 milhões que o MEC cobra dela desde 1999. Garanto que a "bolsa" chega às mãos dela. Já o nosso pobre dinheirinho....

Fica uma pergunta: - como e por que teria sido ela perseguida? Não foi por causa da perereca dela, que mesmo quando novinha era fraquinha, fraquinha.

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