O Rio não pôde iniciar o rescaldo da tragédia que se abateu sobre a cidade pois ainda não parou de chover e a ameaça de novos deslizamentos e transtornos ainda paira sobre nossas cabeças.
O governador e o prefeito, ajudados por Lula, já fizeram o diagnóstico da situação: a culpa das mais de 90 mortes, basicamente, é dos moradores que vivem, porque querem, em áreas de alto risco nas encostas, impossível de serem contidos e/ou removidos. Outra razão foi o alto volume de chuvas, acima da capacidade de absorção da cidade, capacidade esta estabelecida pelas gestões anteriores - a herança maldita de sempre.
É a repetição do discurso usado quando acontecimentos semelhantes atingiram o sul do Estado, no começo do ano, onde morreram mais de 50 pessoas, só em Angra dos Reis. Na ocasião, Cabral e o prefeito de Angra disseram que as chuvas tinham sido as maiores da história na região e que a nenhuma cidade teria estrutura para aguentar tanta água. Agora foi a vez de Eduardo Paes justificar: “Foi o maior volume de chuvas da história registrado no Rio de Janeiro”.
A imprensa carioca, parece ter gostado da atuação de Paes e Cabral e decretou que foi uma excelente medida o pedido do prefeito para que as pessoas ficassem em casa, no que foi, por óbvio, atendido. Bem diferente do linchamento público sofrido por Kassab e Serra nos quase 50 dias de chuva que castigaram São Paulo.
Por que razão estaria a imprensa carioca sendo benevolente com as autoridades fluminenses? Seria para fazer um contraponto à perseguição que o jornalismo a soldo fez em São Paulo, mostrando que o carioca não bota a política no meio quando se trata de um desastre dessas proporções?
Não sei. O fato é que vimos uma cobertura dos acontecimentos que focalizou os variados aspectos da notícia, evitando falar mal dos governantes de ocasião. Porém, não dá pra não classificar de deslize não ressaltarem que Cabral tentou, o tempo todo, falar do PAC, dos 100 milhões gastos com os bombeiros, etc, evidenciando o descaso e oportunismo com que tratou o terrível incidente. No geral, a verdade é que a chamada mídia não fez qualquer crítica nem a Cabral nem a Eduardo Paes. Tampouco falou do uso político que Lula procurou fazer, absolvendo a ambos da responsabilidade em prevenir as consequencias da tormenta.
Vou esperar o editorial d'O Globo e d'O Estado de amanhã. Só depois disso formarei um juizo a respeito. Até lá, é rezar pra chuva diminuir.
O governador e o prefeito, ajudados por Lula, já fizeram o diagnóstico da situação: a culpa das mais de 90 mortes, basicamente, é dos moradores que vivem, porque querem, em áreas de alto risco nas encostas, impossível de serem contidos e/ou removidos. Outra razão foi o alto volume de chuvas, acima da capacidade de absorção da cidade, capacidade esta estabelecida pelas gestões anteriores - a herança maldita de sempre.
É a repetição do discurso usado quando acontecimentos semelhantes atingiram o sul do Estado, no começo do ano, onde morreram mais de 50 pessoas, só em Angra dos Reis. Na ocasião, Cabral e o prefeito de Angra disseram que as chuvas tinham sido as maiores da história na região e que a nenhuma cidade teria estrutura para aguentar tanta água. Agora foi a vez de Eduardo Paes justificar: “Foi o maior volume de chuvas da história registrado no Rio de Janeiro”.
A imprensa carioca, parece ter gostado da atuação de Paes e Cabral e decretou que foi uma excelente medida o pedido do prefeito para que as pessoas ficassem em casa, no que foi, por óbvio, atendido. Bem diferente do linchamento público sofrido por Kassab e Serra nos quase 50 dias de chuva que castigaram São Paulo.
Por que razão estaria a imprensa carioca sendo benevolente com as autoridades fluminenses? Seria para fazer um contraponto à perseguição que o jornalismo a soldo fez em São Paulo, mostrando que o carioca não bota a política no meio quando se trata de um desastre dessas proporções?
Não sei. O fato é que vimos uma cobertura dos acontecimentos que focalizou os variados aspectos da notícia, evitando falar mal dos governantes de ocasião. Porém, não dá pra não classificar de deslize não ressaltarem que Cabral tentou, o tempo todo, falar do PAC, dos 100 milhões gastos com os bombeiros, etc, evidenciando o descaso e oportunismo com que tratou o terrível incidente. No geral, a verdade é que a chamada mídia não fez qualquer crítica nem a Cabral nem a Eduardo Paes. Tampouco falou do uso político que Lula procurou fazer, absolvendo a ambos da responsabilidade em prevenir as consequencias da tormenta.
Vou esperar o editorial d'O Globo e d'O Estado de amanhã. Só depois disso formarei um juizo a respeito. Até lá, é rezar pra chuva diminuir.
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