Em nota, a Associação dos Juizes Federais do Brasil (AJUFE) rebateu a declaração de Lula, para quem "não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos, ou não, fazer".
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), entidade nacional de representação dos Juízes Federais, vem a público, manifestar-se sobre as afirmações do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro realizado ontem (8):
1. A AJUFE lamenta as declarações do Presidente da República no sentido de que “não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não”. Não é a primeira vez que comentários dessa natureza sobre decisões da Justiça Eleitoral são feitos pelo Presidente.
2. Toda decisão judicial agrada uma das partes do processo e desagrada a outra. Isso faz parte da democracia. Tantas vezes, o então candidato, e agora Chefe do Poder Executivo recorreu e teve seus pedidos acolhidos pelo Poder Judiciário. Os juízes não esperaram elogios por isso, porque estavam cumprindo seu papel, decidindo com independência, de acordo com a Constituição, as leis e as provas apresentadas.
3. Ao ser multado pela Justiça Eleitoral, o Presidente da República, como Chefe de Governo e Chefe do Estado Brasileiro, deveria ser o primeiro cidadão a defender o cumprimento da Constituição Federal e das decisões judiciais, fazendo valer os princípios da harmonia e da independência dos Poderes.
4. No regime democrático - que tantos lutaram para restabelecer no País, inclusive o Presidente da República -, o Poder Judiciário representa a última fronteira do cidadão contra o arbítrio praticado por seu semelhante e contra a violência do Estado, na medida em que seu papel é assegurar o cumprimento da Constituição. Fortalecer o Poder Judiciário e suas decisões é fortalecer a democracia.
5. A AJUFE endossa inteiramente com as afirmações do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, no sentido de que “não se deve fazer brincadeiras com a Justiça”. Lamenta a AJUFE que o Presidente da República se esqueça que os magistrados de todas as instâncias também são membros de Poder e não merecem o tratamento contido em comentários dessa natureza.
A AJUFE reafirma que os magistrados federais com atuação na Justiça Eleitoral estarão atentos para que as Eleições de 2010 transcorram com observância da Constituição e da legislação eleitoral. Se a lei não é ideal, as propostas de alteração devem ser submetidas ao Congresso Nacional para que este examine o seu aperfeiçoamento.
Brasília, 9 de abril de 2010.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
A platéia, composta de petistas de alto coturno e gente do PCdoB, se divertiu com a fala de Lula. Reunidos em apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Roskoff, deram boas gargalhadas e aplaudiram as macaquices do presidente. Sim, porque um sujeito que faz com o cargo o que ele faz, só pode ser um macaco, um palhaço, um desclassificado.
A semana havia começado mal para Lula. O plenário do TSE negou recurso de seus advogados e manteve a multa por propaganda eleitoral antecipada. Na ocasião o ministro Carlos Ayres Brito classificou o comportamento do presidente de "antirrepublicano" e disse que os governantes costumam confundir projeto de governo com projeto de poder. "Ninguém é eleito para fazer o sucessor. Quem se empenha em fazer seu sucessor, de ordinário, pensa em se tornar ele mesmo o sucessor de seu sucessor".
Não bastasse isso, hoje, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, deu mais uma lição em Lula: "no Estado de Direito não há soberanos. Estamos todos subordinados à Constituição."
O comportamento errático e errante do presidente mostra que ele é pequeno não apenas no tamanho, mas na estatura moral e intelectual. Não vejo a hora de me ver livre dele.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), entidade nacional de representação dos Juízes Federais, vem a público, manifestar-se sobre as afirmações do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro realizado ontem (8):
1. A AJUFE lamenta as declarações do Presidente da República no sentido de que “não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não”. Não é a primeira vez que comentários dessa natureza sobre decisões da Justiça Eleitoral são feitos pelo Presidente.
2. Toda decisão judicial agrada uma das partes do processo e desagrada a outra. Isso faz parte da democracia. Tantas vezes, o então candidato, e agora Chefe do Poder Executivo recorreu e teve seus pedidos acolhidos pelo Poder Judiciário. Os juízes não esperaram elogios por isso, porque estavam cumprindo seu papel, decidindo com independência, de acordo com a Constituição, as leis e as provas apresentadas.
3. Ao ser multado pela Justiça Eleitoral, o Presidente da República, como Chefe de Governo e Chefe do Estado Brasileiro, deveria ser o primeiro cidadão a defender o cumprimento da Constituição Federal e das decisões judiciais, fazendo valer os princípios da harmonia e da independência dos Poderes.
4. No regime democrático - que tantos lutaram para restabelecer no País, inclusive o Presidente da República -, o Poder Judiciário representa a última fronteira do cidadão contra o arbítrio praticado por seu semelhante e contra a violência do Estado, na medida em que seu papel é assegurar o cumprimento da Constituição. Fortalecer o Poder Judiciário e suas decisões é fortalecer a democracia.
5. A AJUFE endossa inteiramente com as afirmações do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, no sentido de que “não se deve fazer brincadeiras com a Justiça”. Lamenta a AJUFE que o Presidente da República se esqueça que os magistrados de todas as instâncias também são membros de Poder e não merecem o tratamento contido em comentários dessa natureza.
A AJUFE reafirma que os magistrados federais com atuação na Justiça Eleitoral estarão atentos para que as Eleições de 2010 transcorram com observância da Constituição e da legislação eleitoral. Se a lei não é ideal, as propostas de alteração devem ser submetidas ao Congresso Nacional para que este examine o seu aperfeiçoamento.
Brasília, 9 de abril de 2010.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
A platéia, composta de petistas de alto coturno e gente do PCdoB, se divertiu com a fala de Lula. Reunidos em apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Roskoff, deram boas gargalhadas e aplaudiram as macaquices do presidente. Sim, porque um sujeito que faz com o cargo o que ele faz, só pode ser um macaco, um palhaço, um desclassificado.
A semana havia começado mal para Lula. O plenário do TSE negou recurso de seus advogados e manteve a multa por propaganda eleitoral antecipada. Na ocasião o ministro Carlos Ayres Brito classificou o comportamento do presidente de "antirrepublicano" e disse que os governantes costumam confundir projeto de governo com projeto de poder. "Ninguém é eleito para fazer o sucessor. Quem se empenha em fazer seu sucessor, de ordinário, pensa em se tornar ele mesmo o sucessor de seu sucessor".
Não bastasse isso, hoje, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, deu mais uma lição em Lula: "no Estado de Direito não há soberanos. Estamos todos subordinados à Constituição."
O comportamento errático e errante do presidente mostra que ele é pequeno não apenas no tamanho, mas na estatura moral e intelectual. Não vejo a hora de me ver livre dele.
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