O Brasil é o país do improviso. Enquanto em outros lugares a prevenção de desastres e eventos catastróficos é uma das principais preocupações do estado, aqui só sabemos "apagar incêndio", e mal.
Esta manhã, tivemos uma demonstração cabal desta tese. Depois de perceber que a área onde ocorreu o deslizamento em Nitéroi fora um lixão, o secretário de Saúde, Sergio Cortes, mandou recuar as equipes e, prudentemente, suspender o trabalho manual. Pela manhã, somente retroescavadeiras e equipamentos pesados retiravam os escombros. Até aí, tudo bem. O que vem a seguir é que é assustador: - em entrevista à Rede Globo, bem cedo - pasmem - em vez de anunciar que o plano de emergência que endereça tais situações estaria em marcha, o secretário declarou que aguardava a secretária do meio ambiente, para que fosse feita uma reunião e, do alto de seus vastos conhecimentos e experiência ela dissesse como deveriam as equipes dar sequencia ao trabalho. Até sair de casa, às 8:30, permanecia a espera pela secretária. Pelo amor de Deus! Que absurdo é este? Fiquei nauseado, enojado. A Defesa Civil, os bombeiros, as equipes de resgate, todo um aparato aguardava a palavra de uma única pessoa, para poder iniciar o trabalho? Não existe nada previsto para estes casos, nada foi pensado, nenhum procedimento está estabelecido.
A sessão de horrores não tinha acabado, ainda veria o secretário de Obras de Niterói, falando sobre o que estaria sendo feito para a retirada das 320 famílias, que segundo o prefeito da cidade, ainda estariam em área de risco. O sujeito tergiversou, enrolou, gaguejou e não disse que ações estariam em curso para atender a essas pessoas, muito menos, o que pensa fazer para identificar outros locais como o Jardim Viçoso, local da tragédia desta noite. Pra completar, fez propaganda para Lula e Cabral, mencionando que a solução é o programa "Minha casa, minha vida", ou seja lá o nome que mais essa safadeza tenha.
A situação chega a ser surreal. A constatação é simples - o estado, o município, as forças que pagamos para nos proteger e ajudar em situações emergenciais são totalmente incapazes e inoperantes. O despreparado é geral, permeia toda a cadeia de comando, do governador ao soldado.
A cobertura televisa das Organizações Globo é informativa - e não opinativa, o que é lamentável. É aquela história - somos apenas os mensageiros. Acontece que isso prejudica o espectador, que fica apenas com o que é dito pelas "autoridades", sem um contraponto crítico de suas ações e palavras. Nenhum comentário, nada. O cidadão fica apenas assistindo ao que é reportado, e ouve as asneiras que os representantes oficiais vomitam. Os únicos que falam alguma coisa são o Alexandre Garcia, e às vezes, o Bonner, assim mesmo, com pouca contundência. Os demais canais de TV aberta (que atinge a massa) são um pouco mais incisivos, principalmente a Band, mas falta muito para que se tenha um jornalismo verdadeiramente crítico e questionador. Nossos governantes são uma vergonha, e é preciso que esta mensagem alcance a todos.
Esta manhã, tivemos uma demonstração cabal desta tese. Depois de perceber que a área onde ocorreu o deslizamento em Nitéroi fora um lixão, o secretário de Saúde, Sergio Cortes, mandou recuar as equipes e, prudentemente, suspender o trabalho manual. Pela manhã, somente retroescavadeiras e equipamentos pesados retiravam os escombros. Até aí, tudo bem. O que vem a seguir é que é assustador: - em entrevista à Rede Globo, bem cedo - pasmem - em vez de anunciar que o plano de emergência que endereça tais situações estaria em marcha, o secretário declarou que aguardava a secretária do meio ambiente, para que fosse feita uma reunião e, do alto de seus vastos conhecimentos e experiência ela dissesse como deveriam as equipes dar sequencia ao trabalho. Até sair de casa, às 8:30, permanecia a espera pela secretária. Pelo amor de Deus! Que absurdo é este? Fiquei nauseado, enojado. A Defesa Civil, os bombeiros, as equipes de resgate, todo um aparato aguardava a palavra de uma única pessoa, para poder iniciar o trabalho? Não existe nada previsto para estes casos, nada foi pensado, nenhum procedimento está estabelecido.
A sessão de horrores não tinha acabado, ainda veria o secretário de Obras de Niterói, falando sobre o que estaria sendo feito para a retirada das 320 famílias, que segundo o prefeito da cidade, ainda estariam em área de risco. O sujeito tergiversou, enrolou, gaguejou e não disse que ações estariam em curso para atender a essas pessoas, muito menos, o que pensa fazer para identificar outros locais como o Jardim Viçoso, local da tragédia desta noite. Pra completar, fez propaganda para Lula e Cabral, mencionando que a solução é o programa "Minha casa, minha vida", ou seja lá o nome que mais essa safadeza tenha.
A situação chega a ser surreal. A constatação é simples - o estado, o município, as forças que pagamos para nos proteger e ajudar em situações emergenciais são totalmente incapazes e inoperantes. O despreparado é geral, permeia toda a cadeia de comando, do governador ao soldado.
A cobertura televisa das Organizações Globo é informativa - e não opinativa, o que é lamentável. É aquela história - somos apenas os mensageiros. Acontece que isso prejudica o espectador, que fica apenas com o que é dito pelas "autoridades", sem um contraponto crítico de suas ações e palavras. Nenhum comentário, nada. O cidadão fica apenas assistindo ao que é reportado, e ouve as asneiras que os representantes oficiais vomitam. Os únicos que falam alguma coisa são o Alexandre Garcia, e às vezes, o Bonner, assim mesmo, com pouca contundência. Os demais canais de TV aberta (que atinge a massa) são um pouco mais incisivos, principalmente a Band, mas falta muito para que se tenha um jornalismo verdadeiramente crítico e questionador. Nossos governantes são uma vergonha, e é preciso que esta mensagem alcance a todos.
Comentários