Os americanos (e demais anglo-parlantes) usam uma palavrinha interessante, para designar alguma coisa que segue ou resulta de um evento, especialmente, um de natureza catastrófica ou infeliz, chamada aftermath. Em português, não temos um equivalente literal, o sentido que mais se aproxima é o de consequencia, ou resultado (outcome), como em: the aftermath of war, the aftermath of the tsunami. As mudanças no Egito foram tão rápidas e drásticas, rompendo com tanta coisa, que podemos dizer que lá se vive o aftermath da revolução.
No prelúdio da luta pela construção de uma nova nação, os egípcios estão se dando conta que os jovens ativistas seculares que lideraram o movimento não ideológico estão perdendo força política, enquanto assistem ao crescimento da influência da Irmandade Mulçumana na formação do novo congresso e na organização do Estado.
Ao que parece, o grupo islâmico fez algum tipo de acordo com os militares, os virtuais detentores do poder, e embora não se possa afirmar que é intenção deles criar um estado islâmico, não resta dúvida que buscam, com pouco alarde, ocupar todos os espaços vazios de modo a se aproveitar da fraqueza dos partidos e preencher o máximo de cadeiras nas eleições, que devem acontecer até setembro.
O quanto isso representa um perigo para o estabelecimento de uma forma de governo pluralista e democrátrica no Egito, ainda não sei; se haverá tolerância religiosa e o império da lei, é também uma incógnita. Os egípcios precisam aproveitar esta oportunidade única e fazerem com que o sopro de liberdade encontre terreno fértil e se assente de vez em suas fronteiras. Só assim haverá paz naquela região.
No prelúdio da luta pela construção de uma nova nação, os egípcios estão se dando conta que os jovens ativistas seculares que lideraram o movimento não ideológico estão perdendo força política, enquanto assistem ao crescimento da influência da Irmandade Mulçumana na formação do novo congresso e na organização do Estado.
Ao que parece, o grupo islâmico fez algum tipo de acordo com os militares, os virtuais detentores do poder, e embora não se possa afirmar que é intenção deles criar um estado islâmico, não resta dúvida que buscam, com pouco alarde, ocupar todos os espaços vazios de modo a se aproveitar da fraqueza dos partidos e preencher o máximo de cadeiras nas eleições, que devem acontecer até setembro.
O quanto isso representa um perigo para o estabelecimento de uma forma de governo pluralista e democrátrica no Egito, ainda não sei; se haverá tolerância religiosa e o império da lei, é também uma incógnita. Os egípcios precisam aproveitar esta oportunidade única e fazerem com que o sopro de liberdade encontre terreno fértil e se assente de vez em suas fronteiras. Só assim haverá paz naquela região.
Comentários
O MSM já tinha artigos sobre isso e não seria muita surpresa se esses estados de ditaduras seculares virarem teocracias.