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Japão arrasado

As imagens que a NHK e as demais redes de televisão estão distribuindo ao redor do mundo são devastadoras. Os danos e destruição, mesmo para os padrões japoneses, são enormes. O terremoto submarino e o tsunami que sobreveio deixaram um rastro de devastação e prejuízos sem paralelo na história do país.

As pessoas tiveram menos de 30 minutos para tentar fugir dos efeitos surreais do duplo desastre natural, que rachou a terrou e inundou o continente à uma distância de mais de 10 km da costa. Em meio a todo este drama, uma outra ameaça paira sobre os moradores do nordeste japonês - o vazamento radioativo de duas usinas nucleares.

Essas terríveis notícias carregam consigo, além do anúncio da tragédia, uma lembrança para a humanidade da ferocidade apocalíptica com que a natureza pode agir. Se, de um lado, é virtualmente impossível prever ou evitar um terremoto, de outro, há muito o que fazer para reduzir os efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. A ocupação desordenada do espaço nos centros urbanos, a destruição de rios e florestas, a poluição do ar e dos mares, a matança da fauna, o uso à exaustão dos recursos naturais, tudo contribui para um desequilíbrio que, em algum momento, vai se voltar contra nós.

Nações ao redor do globo estão buscando maneiras de levar alívio aos atingidos pela catástrofe. Toda ajuda, certamente, será bem-vinda. Pelo que se vê, em alguns locais, a reconstrução levará anos e custará bilhões de dólares. Precisamos começar a pensar em agredir menos e acalmar a natureza. Antes que seja tarde demais.

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