Um amigo ligou perguntando o significado de "hemiplegia moral", presente no "Pensamento do dia".
Expliquei que Ortega y Gasset, o filósofo, jornalista e ativista político espanhol, fazendo um paralelo dos conceitos de esquerda e direita com o termo hemiplegia, que quer dizer paralisia de um dos lados do corpo, acrescentou a palavra moral, que entre seus muitos sentidos, refere-se ao conjunto de princípios e valores de conduta de um homem, para caracterizar aqueles que, presos a idéias anacrônicas, em função de um olhar restrito, e por se acharem proprietários da "verdade" - como extremistas, cuja ideologia e posição política tanto os afasta, como aproxima, sem, no entanto, contribuir para elucidar os anseios das pessoas.
Em um país como o nosso, onde ser "de direita" soa como um palavrão, e sujeita o atrevido a toda sorte de discriminação, parece ainda mais estranho que Gasset critique visões maniqueístas e sectárias. É um pouco como a discussão entre os que se declaram "ambientalistas" em oposição aos que são rotulados de "ruralistas". Nada mais anacrônico e reacionário do que tais rotulações.
Não que eu veja qualquer inteligência na pregação esquerdista. Sobretudo, não me agrada, por exemplo, o fato de Lula ter comemorado que não havia candidatos de direita no pleito presidencial de 2010. Só um ignorante como ele faria isso. É preciso, contudo, que os que defendem um estado menor, responsabilidade nos gastos públicos, respeito às leis, liberalismo econômico e outros preceitos mais ligados ao pensamento da direita, criem uma maneira de apresentar esta agenda ao grande público, uma que tenha uma mensagem convincente de que tais políticas são, efetivamente, melhores do que as inúmeras bolsas-miséria, que servem para comprar votos, mas não deixam que o país avance e mantém milhões na dependência do Estado-têta.
O Instituto Millenium e o Instituto von Myses, consolidadas instituições que promovem e difundem conceitos como meritocracia, economia de mercado, transparencia, sociedade livre e outros aos quais a esquerda é pouco afeita, e nada tem a ver com essa disputa menor, tem muito a contribuir com as pessoas comuns e os partidos políticos, principalmente porque estes estão cada vez menores, não em tamanho, mas em dimensão política e formadora de opinião.
Nem que para isso seja preciso fundar um partido novinho em folha, como os sindicalistas fizeram com o PT, sob pena do debate ficar apenas no âmbito das elites, e nos tornarmos um republiqueta socialista, como era o objetivo primeiro dos que hoje estão no poder.
Expliquei que Ortega y Gasset, o filósofo, jornalista e ativista político espanhol, fazendo um paralelo dos conceitos de esquerda e direita com o termo hemiplegia, que quer dizer paralisia de um dos lados do corpo, acrescentou a palavra moral, que entre seus muitos sentidos, refere-se ao conjunto de princípios e valores de conduta de um homem, para caracterizar aqueles que, presos a idéias anacrônicas, em função de um olhar restrito, e por se acharem proprietários da "verdade" - como extremistas, cuja ideologia e posição política tanto os afasta, como aproxima, sem, no entanto, contribuir para elucidar os anseios das pessoas.
Em um país como o nosso, onde ser "de direita" soa como um palavrão, e sujeita o atrevido a toda sorte de discriminação, parece ainda mais estranho que Gasset critique visões maniqueístas e sectárias. É um pouco como a discussão entre os que se declaram "ambientalistas" em oposição aos que são rotulados de "ruralistas". Nada mais anacrônico e reacionário do que tais rotulações.
Não que eu veja qualquer inteligência na pregação esquerdista. Sobretudo, não me agrada, por exemplo, o fato de Lula ter comemorado que não havia candidatos de direita no pleito presidencial de 2010. Só um ignorante como ele faria isso. É preciso, contudo, que os que defendem um estado menor, responsabilidade nos gastos públicos, respeito às leis, liberalismo econômico e outros preceitos mais ligados ao pensamento da direita, criem uma maneira de apresentar esta agenda ao grande público, uma que tenha uma mensagem convincente de que tais políticas são, efetivamente, melhores do que as inúmeras bolsas-miséria, que servem para comprar votos, mas não deixam que o país avance e mantém milhões na dependência do Estado-têta.
O Instituto Millenium e o Instituto von Myses, consolidadas instituições que promovem e difundem conceitos como meritocracia, economia de mercado, transparencia, sociedade livre e outros aos quais a esquerda é pouco afeita, e nada tem a ver com essa disputa menor, tem muito a contribuir com as pessoas comuns e os partidos políticos, principalmente porque estes estão cada vez menores, não em tamanho, mas em dimensão política e formadora de opinião.
Nem que para isso seja preciso fundar um partido novinho em folha, como os sindicalistas fizeram com o PT, sob pena do debate ficar apenas no âmbito das elites, e nos tornarmos um republiqueta socialista, como era o objetivo primeiro dos que hoje estão no poder.
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