Enquanto a novela "Caminho das Índias" exibe belas imagens da paisagem muito particular e dos glamourosos templos e palácios, centenas de milhares de famílias sobrevivem na Índia com apenas uma refeição por dia, longe do progresso por que passa o país.
Se, por um lado a economia indiana, em parte, se baseia em software, serviços e alta tecnologia, e esta turma vai muito bem, obrigado, por outro, milhões de habitantes (cerca de metade) dependem da agricultura e do clima, para tocarem suas vidas, o que os faz extremamente vulneráveis às intempéries e caprichos da natureza.
Com um crescimento populacional que se expande na mesma medida que excasseiam recursos naturais, como a água, a India só tem aprofundado seus contrastes e, embora não haja fome, como aconteceu no passado, enorme parcela do povo está sofrendo as consequencias da seca que adveio com as monções deste ano.
Glória Perez e a Globo fizeram um trabalho de primeira linha, retratando com fidelidade e bom humor os costumes da Índia e sua cultura. Mas, como certas coisas não dão Ibope, com a novela, os brasileiros acabaram conhecendo apenas o lado pitoresco, bucólico e curioso daquela nação milenar.
O Brasil se parece muito com a Índia, em diversos aspectos, e por sorte, só temos um sexto da população, o que facilita muito as coisas. Com o espectro das catástrofes a nos rondar, em decorrencia do aquecimento global e da crise financeira que pegou a todos, o Brasil precisa cuidar muito mais e melhor das nossas florestas, rios, matas, do meio ambiente como um todo, mas, principalmente, das nossas reservas de água doce para não correr os riscos que países como a Índia estão correndo. Isto, a meu ver, é tão ou mais importante do que tirar petróleo da camada de pré-sal. Isso, sim, merece urgência urgentíssima, e deveria ser uma preocupação diuturna dos governantes e de todos. Quando vamos acordar?
Se, por um lado a economia indiana, em parte, se baseia em software, serviços e alta tecnologia, e esta turma vai muito bem, obrigado, por outro, milhões de habitantes (cerca de metade) dependem da agricultura e do clima, para tocarem suas vidas, o que os faz extremamente vulneráveis às intempéries e caprichos da natureza.
Com um crescimento populacional que se expande na mesma medida que excasseiam recursos naturais, como a água, a India só tem aprofundado seus contrastes e, embora não haja fome, como aconteceu no passado, enorme parcela do povo está sofrendo as consequencias da seca que adveio com as monções deste ano.
Glória Perez e a Globo fizeram um trabalho de primeira linha, retratando com fidelidade e bom humor os costumes da Índia e sua cultura. Mas, como certas coisas não dão Ibope, com a novela, os brasileiros acabaram conhecendo apenas o lado pitoresco, bucólico e curioso daquela nação milenar.
O Brasil se parece muito com a Índia, em diversos aspectos, e por sorte, só temos um sexto da população, o que facilita muito as coisas. Com o espectro das catástrofes a nos rondar, em decorrencia do aquecimento global e da crise financeira que pegou a todos, o Brasil precisa cuidar muito mais e melhor das nossas florestas, rios, matas, do meio ambiente como um todo, mas, principalmente, das nossas reservas de água doce para não correr os riscos que países como a Índia estão correndo. Isto, a meu ver, é tão ou mais importante do que tirar petróleo da camada de pré-sal. Isso, sim, merece urgência urgentíssima, e deveria ser uma preocupação diuturna dos governantes e de todos. Quando vamos acordar?
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