"It's not hard to do the right thing; it's hard to know what the right thing is". Não é díficil fazer a coisa certa; difícil é saber o que é certo. Esta frase é dita pela personagem Harry Fertig (Ben Kingsley) a seu advogado, Roy Bleakie, vivido por Alec Baldwin no filme "A confissão", quando discutiam a estratégia de defesa do primeiro, ante uma acusação de assassinato.
Para o budismo, em vez de pensar que já sabemos o que é certo e o que é errado fazer, é importante olhar de perto a maneira como agimos. Não podemos simplesmente nos basear em regras pré-estabelecidas ou normas sociais, ao contrário, devemos avaliar como agimos e quais os efeitos de nossas ações sobre nós mesmos, o ambiente, e sobre as outras pessoas.
As decisões, então, deveriam ser tomadas de acordo com as crenças acumuladas ao longo da vida, introjetadas a partir das fontes onde um dia bebemos, respeitando os nossos próprios limites e características, os da natureza e os dos outros. Vivemos, porém, em um mundo imperfeito. Em geral, não é isso que acontece. Alguns, hipócritas, sabem o que devem fazer, mas, na prática não o fazem. Simplesmente não incorporam suas verdades ao comportamento cotidiano: agem, majoritariamente, de forma incoerente com seu próprio discurso, para o bem ou para o mal. Em um outro lado estão uns poucos que conseguem definir seus rumos, conscientemente, de acordo com o que seria o certo. Estes, alcançaram um nível de sinceridade, especialmente consigo mesmos, difícil de alcançar. Isso, porém, não garante sucesso, popularidade ou realização. Apesar de suas escolhas serem corretas e de boa-fé, podem, inclusive, valer-lhes antipatia ou a pecha de "franqueza demais". Em um terceiro vértice encontram-se os que além de decidirem conscientemente, encaminham-se, costumeiramente, pro lado errado. Estes são os menos emocionais. Agem perversamente, apenas para satisfazer os anseios interiores, a qualquer preço. Entre os últimos prevalecem os criminosos, os sociopatas e grande parte dos políticos. Há outros que ficam "in-between", dos quais não quero me ocupar.
Não há aqui qualquer pesquisa científica ou estudo de comportamento humano, só observação, percepção, empirismo e um pouco de tempo na estrada. Afinal, o que um analista de sistemas sabe dessas coisas? Entretanto, todos temos direito a dar nossos palpites. Concorda quem quer.
Nesta linha, gostaria de me concentrar no terceiro grupo. Eles me atraem porque, de certa forma, são transparentes. Na ânsia de alcançarem o objeto de seu desejo, atropelam tudo que vêem pela frente, desconhecem qualquer regra, vão até o fim. Só não vê quem não quer. Quando leio que um bandido jogou uma pedra de 10 kg em um carro que passava pela Linha Amarela deixando a motorista ferida, em coma há 10 dias, rapidamente reconheço um deles. Quando o presidente se esforça, ao ponto que tem feito, para colocar em seu lugar a sua protegida (ou seja lá o que fôr), não importa o que ela possa fazer (ou não) pelo país, que tenha competência (ou não) para desempenhar tão importante missão, capturo mais um na teia. O comportamento é o mesmo; a visão da realidade, idêntica; o crime, parelho.
Em 2010 estaremos diante de uma escolha vital para o futuro. Ou colocamos o país na rota do crescimento sustentado, de respeito ao meio ambiente, aos contratos e aos direitos de propriedade, com redução dos gastos permanentes do governo e responsabilidade fiscal ou enveredamos por um caminho onde prevalesce o oportunismo eleitoral, a gastança com o estamento estatal, a corrupção, o compadrio e uma ideologia que nos conduzirá, mais dia menos dia, ao anacronismo do estado inchado e centralizador, cuja manutenção só vai ser alcançada reduzindo a liberdade do cidadão, como já acontece com alguns de nossos vizinhos, particularmente na Venezuela.
No filme de Kingsley, a sua personagem em certo momento diz "na vida, todos enfrentamos perdas. Que não tenhamos perdas que não possamos esquecer.". A escolha que faremos vai definir toda uma trajetória. Não podemos perder o trem da história. Não podemos hipotecar o futuro das próximas gerações com um trapalhão que nos brindou com o mensalão, os dólares na cueca, os dossiês, e toda sorte de ilegalidade e falta de visão administrativa, e além disso, ceva a amizade com Sarney e Collor somente para atingir seus objetivos. É chegada a hora de participar, de trazer os homens de bem de volta à luta política. Quando sabemos o que é o certo, dificilmente fazemos o que é errado. Faça a sua parte. Ou poderá ser tarde demais.
Para o budismo, em vez de pensar que já sabemos o que é certo e o que é errado fazer, é importante olhar de perto a maneira como agimos. Não podemos simplesmente nos basear em regras pré-estabelecidas ou normas sociais, ao contrário, devemos avaliar como agimos e quais os efeitos de nossas ações sobre nós mesmos, o ambiente, e sobre as outras pessoas.
As decisões, então, deveriam ser tomadas de acordo com as crenças acumuladas ao longo da vida, introjetadas a partir das fontes onde um dia bebemos, respeitando os nossos próprios limites e características, os da natureza e os dos outros. Vivemos, porém, em um mundo imperfeito. Em geral, não é isso que acontece. Alguns, hipócritas, sabem o que devem fazer, mas, na prática não o fazem. Simplesmente não incorporam suas verdades ao comportamento cotidiano: agem, majoritariamente, de forma incoerente com seu próprio discurso, para o bem ou para o mal. Em um outro lado estão uns poucos que conseguem definir seus rumos, conscientemente, de acordo com o que seria o certo. Estes, alcançaram um nível de sinceridade, especialmente consigo mesmos, difícil de alcançar. Isso, porém, não garante sucesso, popularidade ou realização. Apesar de suas escolhas serem corretas e de boa-fé, podem, inclusive, valer-lhes antipatia ou a pecha de "franqueza demais". Em um terceiro vértice encontram-se os que além de decidirem conscientemente, encaminham-se, costumeiramente, pro lado errado. Estes são os menos emocionais. Agem perversamente, apenas para satisfazer os anseios interiores, a qualquer preço. Entre os últimos prevalecem os criminosos, os sociopatas e grande parte dos políticos. Há outros que ficam "in-between", dos quais não quero me ocupar.
Não há aqui qualquer pesquisa científica ou estudo de comportamento humano, só observação, percepção, empirismo e um pouco de tempo na estrada. Afinal, o que um analista de sistemas sabe dessas coisas? Entretanto, todos temos direito a dar nossos palpites. Concorda quem quer.
Nesta linha, gostaria de me concentrar no terceiro grupo. Eles me atraem porque, de certa forma, são transparentes. Na ânsia de alcançarem o objeto de seu desejo, atropelam tudo que vêem pela frente, desconhecem qualquer regra, vão até o fim. Só não vê quem não quer. Quando leio que um bandido jogou uma pedra de 10 kg em um carro que passava pela Linha Amarela deixando a motorista ferida, em coma há 10 dias, rapidamente reconheço um deles. Quando o presidente se esforça, ao ponto que tem feito, para colocar em seu lugar a sua protegida (ou seja lá o que fôr), não importa o que ela possa fazer (ou não) pelo país, que tenha competência (ou não) para desempenhar tão importante missão, capturo mais um na teia. O comportamento é o mesmo; a visão da realidade, idêntica; o crime, parelho.
Em 2010 estaremos diante de uma escolha vital para o futuro. Ou colocamos o país na rota do crescimento sustentado, de respeito ao meio ambiente, aos contratos e aos direitos de propriedade, com redução dos gastos permanentes do governo e responsabilidade fiscal ou enveredamos por um caminho onde prevalesce o oportunismo eleitoral, a gastança com o estamento estatal, a corrupção, o compadrio e uma ideologia que nos conduzirá, mais dia menos dia, ao anacronismo do estado inchado e centralizador, cuja manutenção só vai ser alcançada reduzindo a liberdade do cidadão, como já acontece com alguns de nossos vizinhos, particularmente na Venezuela.
No filme de Kingsley, a sua personagem em certo momento diz "na vida, todos enfrentamos perdas. Que não tenhamos perdas que não possamos esquecer.". A escolha que faremos vai definir toda uma trajetória. Não podemos perder o trem da história. Não podemos hipotecar o futuro das próximas gerações com um trapalhão que nos brindou com o mensalão, os dólares na cueca, os dossiês, e toda sorte de ilegalidade e falta de visão administrativa, e além disso, ceva a amizade com Sarney e Collor somente para atingir seus objetivos. É chegada a hora de participar, de trazer os homens de bem de volta à luta política. Quando sabemos o que é o certo, dificilmente fazemos o que é errado. Faça a sua parte. Ou poderá ser tarde demais.
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