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As férias forçadas de Ali Blá-Blá

A esquerda gosta de usar a palavra democracia, fala em pluralidade, mas não aceita nem acredita nos conceitos e pressupostos que ela representa. Sempre foi assim. Eles só enganam os pobres de espírito e a massa manipulada pelos bolsa-esmola. A última manifestação dessa ojeriza aconteceu hoje, pela boca de Ali Blá-Blá, comemorando a ausência de candidatos da direita "troglodita" nas próximas eleições presidenciais.

Embora Blá-Blá já não possa, há tempos, ser classificado como esquerdista, a afirmação traduz, com clareza, o quanto gente como ele despreza princípios como a alternância de poder. Revela também o sentimento arraigado no apedeuta de que, se a saída dele é ruim, pior seria se o poder fosse parar nas mãos de algum representante da direita. A visão é retrógrada, maniqueísta, autoritária e não menos preconceituosa pois no ambiente democrático devem ser respeitados os direitos da minorias e todas as correntes de pensamento devem ter vez e voz. Mas, como já disse, democracia não é com ele.

De fato, a direita está fora. No Brasil, não pega bem dizer que você se posiciona à direita do espectro político. A propaganda desde a época dos governos militares pespegou na direita uma imagem próxima do que Ali Blá-Blá qualificou. O DEM, neto da Arena, tem vergonha de suas origens e se poupa de qualquer referência que o associe ao conceito.

A demonização da direita vem de longe e é fruto direto da ação de alguns formadores de opinião como professores universitários, profissionais liberais e de uma certa imprensa, hoje francamente arrependidos com a eleição do sujeito que nada sabe, nada ouve e nada vê, e da ascenção ao poder do grupelho que anda com ele. Cooptaram as camadas mais pobres e conservadoras da população para uma aventura, e hoje se vêem responsáveis pelo mensalão, corrupção endêmica, aparelhamento do estado, inchaço dos gastos públicos e destruição das instituições.

O curioso dessa história é que já dá pra perceber, claramente, que o camaleônico Ali Blá-Blá está operando mudanças na sua estratégia com relação ao próximo pleito. Seu inegável faro já sinalizou que a "cumpanhera" Dilma, a decantada "a mãe do PAC", não vai a lugar algum. Com uma taxa de rejeição de aproximadamente 40%, o pouco cacife que ela exibe é, indiscutivelmente, transferencia dos fanáticos seguidores do lulismo, e nada mais. Pra piorar, o fator Marina, como já dissemos em post anterior, está roubando-lhe preciosos pontos e virtualmente, inviabilizando-lhe a candidatura.

A despeito do apego que tem às benesses do poder, parece que Blá-Blá já está conformado com as férias que a Constituição lhe impõe. Com o barco da ex-guerrilheira começando a fazer água, o patrono dos mensaleiros dá sinais de que não terá somente um palanque no ano que vem, e que o melhor pra ele é pavimentar a volta em 2014.

O amigo de Sarney e Collor, como se vê, só faz o que lhe garanta a boquinha adiante. Não passa de um manipulador ridículo, um administrador incompetente e inapetente, que acredita na ignorância do povo, e é capaz de passar por cima de tudo e de todos para safar os seus interesses. Por essas e por outras, eu não gostaria de ter esse cara nem como síndico do meu prédio. À propósito, tirando a capacidade de obter as famosas procurações que os síndicos costumam usar para se eternizarem, pra mim, nem esse cargo ele tem condições de exercer. Graças a Deus estamos bem mais perto de nos livrar dessa peça. Espero que pra sempre.

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