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Manobras com o pré-sal

A pressa do governo em aprovar os projetos do Pré-Sal é um indicativo de que alguma coisa está errada. Não fosse assim, o Congresso teria um prazo razoável para avaliar as propostas, e a oportunidade de contribuir para o aperfeiçoamento das mesmas.

Parece que Lula quer mostrar que não é só o PT que lhe serve de capacho, mas toda a classe política. Contrariando até aliados, ele manteve hoje a urgência urgentíssima para tramitação dos projetos nas duas Casas Legislativas, o que dá apenas 45 dias a cada uma para votar as matérias.

Considerando que os frutos do pré-sal só se materializarão daqui uns 15 anos, tudo indica que a manobra não passa de mais uma empulhação com claros objetivos eleitoreiros, uma armação visando fortalecer a candidata dele, ministra Dilma Roussef, que hoje brincou com coisa séria, declarando-se curada do câncer.

A milionária campanha publicitária sendo exibida maciçamente em rádios e TVs é mais um achincalhe com o povo brasileiro. É certo que a Petrobras já está produzindo nos campos de pré-sal da bacia de Santos, porém as coisas são apresentadas como se não existissem inúmeras e poderosas barreiras a serem vencidas para uma efetiva exploração das reservas, incluindo a falta de capital, as dificuldades técnicas, o pesado custo Brasil, e a própria discussão em torno da repartição do bolo que sequer começou a ser feito. O governo, portanto, mistifica e tenta enganar quando vende como favas contadas a produção naquelas regiões. Aliás, mentir é um hábito arraigado nessa gente. Não há nada que eles façam que não se descubra adiante que envolve uma mentira, uma enganação. Até a gravidade da epidemia de gripe suína é criminosamente escondida da nação.

Não conheço a legislação a respeito, mas espero que os parlamentares entendam que é preciso evitar mais essa desmoralização à instituição. Ou a subserviência terá chegado a patamares jamais imaginados em toda a história republicana.

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