No fundo, não creio que foi surpresa completa. Pensem um pouco e lembrarão que já passou pela sua cabeça, como na de qualquer um, que era apenas uma questão de tempo até que um maluco levasse a cabo um plano sinistro assim, de distribuir tiros em uma escola, numa imitação barata do que é visto em outros países. Barata, sim, porém, não menos mortal.
Como sempre, estávamos despreparados. Os acontecimentos da Columbine High School, em 1999, onde dois estudantes atiraram em 31 alunos e professores; ou os da Virginia Tech, em 2007, com 32 vítimas, ambos nos EUA; e ainda os da École Polytechnique, em 1989, em Montreal, com 14 mortes; ou na Winnenden School, na Alemanha, em 2009, com 16 mortos não produziram aviso suficiente para sequer pensarmos em nos prevenir. Apesar de serem dezenas de casos, a maioria narrando uma estória, em tudo semelhante a de Wellington Menezes de Oliveira, que no fim, cometeu suicídio, como é frequente acontecer.
Eu duvido, que ao menos um, um só integrante dos órgãos de educação no Brasil tenha abordado essa questão, em qualquer tempo, em qualquer instância, em qualquer lugar. Ninguém lembrou, ninguém fez nada. Essa parece ser uma coisa como terremotos, tsunamis e vulcões, que se pensava, não ocorrerem por aqui. Como se viu, trata-se de lêdo engano. Não só ocorrem, como necessitam de prevenção. Exatamente o que, por aqui, não há.
Afinal, o que se pode fazer para evitar que essas tragédias se repitam? Existe algum método para prevenir explosões de violência assim? E, depois de tudo, há como fazer com que as crianças acreditem que a escola é um lugar seguro de estar? Não sei. Talvez sim, talvez não. Uma coisa é certa: não dá pra ignorar. Pais, educadores, e funcionários precisam de orientação especializada de modo a cedo identificarem casos potenciais e tratar enquanto ainda há essa possibilidade.
Lamentável o que aconteceu. Os jovens inocentes não mereciam um fim triste como esse. Que Deus se apiede de suas almas e os receba em um lugar especial, onde possam descansar em paz.
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As nossas preces estão com todos os que sofreram e sofrem essa tragédia.