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Ecos de Realengo

Os crimes de Realengo atiçaram os ânimos de políticos da base governista, e o próprio governo, a propor medidas que eles pensam poderiam evitar os acontecimentos. Como sempre, seguem pelo caminho errado: em resposta aos delírios de Wellington, o celerado Sarney quer fazer nova consulta popular sobre o comércio de armas.

Em um país onde é virtualmente impossível comprar uma arma legalmente, não passa de uma manobra diversionista e uso político da dor alheia, sequer pensar em realizar um outro plebiscito sobre um assunto sobejamente debatido, sobre o qual, há tão pouco tempo, a população se manifestou, de forma maciça rechaçando a tutela do estado sobre o seus direitos. Se dissesse que foi há 50 anos, mas foi há apenas 5!


O presidente do Senado deveria ser processado por tentar criar mais uma despesa (imensa), sem qualquer motivo e financiamento. ô, Sarney! Por que não te callas? Por que não crias as condições para que as verdadeiras causas da violência e criminalidade - o contrabando e comercialização ilegal de armas - no Brasil, diminua? De quebra, podia responder a esta: - quantos crimes graves foram realizados usando armas compradas regularmente em lojas do ramo? Ou foram todos cometidos com armas obtidas ilegalmente?


E essa gente ainda quer que os respeitemos... tá de sacanagem!!!

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