O vice-presidente José Alencar desceu um degrau e tanto no que eu, e muitos, chamamos de "meu conceito". Esse tal "meu conceito" atende também pelo nome de categorização e é o processo através do qual reconhecemos e diferenciamos idéias, pessoas e objetos. Do modo como vejo, "meu conceito" é estabelecido de forma inconsciente, cumulativamente, com lógica e objetividade, a partir das avaliações que faço em relação a tudo que me rodeia e afeta.
José Alencar tinha sido colocado, por sua biografia e pelo que passou a representar para tantos que sofrem por serem portadores ou por terem alguém na família acometido pelo câncer, por aquela parte do meu cérebro que faz essas medições no "alto conceito". O programa de seu partido (PRB), apresentado hoje no meio do Jornal Nacional colocou por terra essa condição. Optaram por mostrar Alencar como aquele que "enfrenta o câncer há 12 anos e fez 15 cirurgias", numa clara exploração da doença. Se o câncer tivesse afetado a cabeça do vice-presidente, até daria pra encontrar alguma desculpa, mas este caminho o colocou no mesmo patamar que os cínicos, aproveitadores, oportunistas, coisa que sei que ele não é. Mas, ficou parecendo. Não bastasse isso, o colocaram como tendo estado sempre "ao lado de Lula".
Foi patético, fez do vice um áulico, um coadjuvante de segunda, diminuiu o valor de sua luta, além de arranhar a imagem de homem de fibra, lutador, sério, que foge dos subterfúgios e encara de frente os desafios. A política é a arte do possível, e não de fazer até o impossível para manter o poder. Uma pena que eles pensem que tem que ser assim. O homem não merecia isso.
José Alencar tinha sido colocado, por sua biografia e pelo que passou a representar para tantos que sofrem por serem portadores ou por terem alguém na família acometido pelo câncer, por aquela parte do meu cérebro que faz essas medições no "alto conceito". O programa de seu partido (PRB), apresentado hoje no meio do Jornal Nacional colocou por terra essa condição. Optaram por mostrar Alencar como aquele que "enfrenta o câncer há 12 anos e fez 15 cirurgias", numa clara exploração da doença. Se o câncer tivesse afetado a cabeça do vice-presidente, até daria pra encontrar alguma desculpa, mas este caminho o colocou no mesmo patamar que os cínicos, aproveitadores, oportunistas, coisa que sei que ele não é. Mas, ficou parecendo. Não bastasse isso, o colocaram como tendo estado sempre "ao lado de Lula".
Foi patético, fez do vice um áulico, um coadjuvante de segunda, diminuiu o valor de sua luta, além de arranhar a imagem de homem de fibra, lutador, sério, que foge dos subterfúgios e encara de frente os desafios. A política é a arte do possível, e não de fazer até o impossível para manter o poder. Uma pena que eles pensem que tem que ser assim. O homem não merecia isso.
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