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O filho... não chegou nem vai a lugar algum

Segundo a coluna Logo, d'O Globo, especialistas estimam que o filme sobre o filho-vocês-sabem-de-quem não vai alcançar sequer 20% o número de pagantes orçado. Conforme a reportagem, diversas são as razões para o fraco desempenho da bilheteria, desde o preço do ingresso, passando por erros no lançamento, a concorrência de filmes de sucesso, como Avatar e Alvin e os esquilos 2, até a discussão política exacerbada.

O produtor Luis Carlos Barreto, o popular Barretão, diz não ter tido incentivos públicos, mas recebeu patrocínio de 16 empresas, a maioria com ligações mais que suspeitas com o governo como Ambev, Camargo Corrêa, EBX, GDF Suez, Grendene, OAS, Odebrecht, Hyundai, Oi, e até a Volkswagen.

Supérfluo dizer que todas têm na ponta da língua as justificativas para terem contribuído com a "gigantesca" peça cultural. Desnecessário lembrar que entre elas teve quem recebesse do BNDES até 7,2 bilhões de reais.

O experiente Barretão acusou o golpe e diz que o PT ficou "puto" porque não falou do partido, no filme. E acusa a "contextualização política" como fator preponderante no magro resultado do faturamento.

O filho de Barreto, Fábio, que dirigiu o filme, sofreu um grave acidente na zona sul do Rio e não está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Um drama, imagino, ainda maior do que os eventuais prejuízos que a tradicional família do cinema pode vir a sofrer.

O que ninguém contava, na verdade é uma coisa bem simples, e não precisa ser analista para entender: - o povo não é bobo! Quem quer ver um filme chapa-branca, que conta uma história fantasiosa, lançado com oportunismo político e todo mundo conhece o final? Piada, né?

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