Pular para o conteúdo principal

Ainda sobre inaugurações

(Leia primeiro o post abaixo.)

Depois de algumas horas de (pouco) sono me ocorreu pesquisar onde surgiu esta novidade de chamar início de obras de inauguração. A partir de quando teria essa excentricidade começado? Busca daqui, busca de lá, e... bingo! É mais um feito da era Lula. Até 2003, ele ainda comparecia a inaugurações de verdade, com entrega e tudo mais. Obras iniciadas no governo anterior. Depois de um tempo, por não ter o que mostrar, engendraram o artifício. Não foi difícil concluir que trata-se de fruto da associação dos marqueteiros do governo com a mídia "cumpanhera". Mais uma daquelas coisas a ser incluida no rol do "nuncaantesnestepaiz".

Como descobri? Não precisou ir longe. Basta retroceder ao período de FHC, que nunca usou palanque, nem claque, para dar início a obras. Muito menos, gastou rios de dinheiro público em "atos administrativos" que servem de plataforma para embusteiras que desejam mergulhar o país em uma aventura ideológica que deu errado em todos os lugares onde foi implantada. Só em um outro lugar no mundo se faz algo parecido. E não é nos Estados Unidos, claro. Idem, na Europa que presta. Imaginem se Obama faria algum comício, fora do período eleitoral, ainda mais ao lançar obra que não existe! Ou Gordon Brown se valeria de artifício parecido? O que os franceses diriam se Sarkozy fizesse alg semelhante? Seria empichado! O único lugar onde tive notícia que "inauguram" obras dessa maneira é, adivinhem... Portugal!!! Habemus pedrigree!!!!

O problema é que aqui, até o STF acha que essa canalha não está fazendo nada de mais. Já deram parecer nesse sentido. Por seu turno, a imprensa, inclusive os maiores orgãos, que precisam competir, vai lá fazer a cobertura. Como o evento é divulgado como "inauguração", vão atrás, por incompetência, companheirismo ou estarem a soldo, criando a falsa idéia de realizações, que na verdade são inexistentes.

Os cretinos repetem o truque, à exaustão. Na cabeça dos eleitores, a maioria desinformado, parece que essa gente tem uma capacidade extraordinária quando nem sabem erguer um galinheiro. Não sem gastar muito mais do que o necessário, no triplo do tempo, e menos ainda, sem levar um qualquer pra eles próprios.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com corona ou sem corona, dia 15, eu vou!

Em tempos de corona virus, pode parecer estranho, mas, fica mais importante ainda comparecer à manifestação do próximo dia 15. Contra as tentativas sórdidas de congressistas de alto coturno, jornalistas militantes e parte do judiciário, de usurpar poderes, prejudicar ações, e evitar que governe conforme o mandato que lhe concederam, é preciso demonstrar de forma cristalina que o presidente está, cada vez mais, com apoio popular, e que o desejo de que prossiga com as reformas do Estado, o combate à corrupção e à esquerda tacanha, gananciosa e cretina continua firme e forte. O sistema de governo é presidencialista, e isso já foi decidido há mais de 25 anos, quando se jogou uma montanha de dinheiro fora pra oficializar o que todo mundo sabia. É, portanto, intolerável que um presidente eleito, ainda que pairem dúvidas sobre a lisura do pleito, não consiga dar um passo sem que membros vetustos e caquéticos do STF não só opinem como trabalhem contra ele. Que a imprensa a tudo critiqu...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...

Ibsen - inimigo nº 1 do Rio

Separados no nascimento O deputado Ibsen Pinheiro acaba de se tornar o inimigo público número 1 do Rio de Janeiro. Além de aprovar um projeto estapafúrdio, repleto de inconstitucionalidades, apareceu no Jornal Nacional declarando que os cariocas não sabem o que fazem. De uma só tacada desqualificou o protesto contra a emenda que ontem reuniu, segundo a PM, mais de 150 mil pessoas no centro do Rio, comparando-o à passeata dos cem mil, e ainda desancou os cariocas, prevendo que ficaremos sem nada. Em primeiro lugar, Ibsen comete uma imbecilidade histórica: a Passeata dos Cem Mil não foi de apoio à revolução de 64, como sugeriu, e sim, contra o governo militar, tendo sido organizada em 68, pelo movimento estudantil, com apoio de artistas, intelectuais (eu detesto essa classificação. Afinal, você conhece alguém que se identifica como intelectual? "Prazer, sou um intelectual". Que imbecilidade!) e setores da sociedade. O gaúcho idiota, que já teve o mandato injustamente cassado e...