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Fazendo água

O castelo de areia chavista está sendo levado pela enxurrada. Os aúreos tempos do barril de petróleo a quase US$ 200,00 se acabaram e a temerária política assistencialista do governo, interna e externa, resultou em desabastecimento, desvalorização do bolívar, racionamento de energia e muita inflação.

O descontentamento dos venezuelanos se multiplica, e a resposta de Chávez é mais autoritarismo, demagogia e repressão. Correu mundo hoje, a foto de um militar segurando uma corrente presa a uma espécie de "garatéia de pescar baleia" diante de jovens sentados, ao que parece, aguardando uma decisão sobre os seus destinos - provavelmente, os porões policiais.

O proto-ditador imagina que vai resolver as coisas na base da canetada e da intimidação. Nos últimos dias, diante da crise, de uma tacada, cassou canais de televisão, estatizou parte do comércio, cometeu toda sorte de desvarios e quando a população reagiu, botou a polícia nas ruas, ameaçou governadores, e agora procura uma saída que não existe mais.

Com tudo isso acontecendo no vizinho, nenhuma palavra de Brasília. Orientado pela dupla Tico e Teco da diplomacia brasileira - Amorim e Garcia - o hipertenso, que já disse haver "democracia de mais" na Venezuela, continua impávido, mudo e inerme como uma estátua. Possivelmente, a la Chávez, bolando um jeito de culpar os Estados Unidos pela lambança. Aliás, não duvido o pateta bolivariano buscar na Colômbia, ou no Peru, algum motivo para desviar a atenção do público interno, e, armado como está, enfiar o país em um atoleiro ainda maior de um conflito bélico.

A súcia de larápios, corruptos, idólatras, salafrários a quem foi entregue o governo tem o mesmo pedigree dos que agem por aqui. Alguns, estão caindo fora, prevendo um acerto de contas de seus desmandos, que em breve ocorrerá. Esses idiotas, daqui e de lá, perderam o trem da história. O diabo é que, geralmente, eles não são castigados o quanto merecem.

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