O carnaval está acabando mas a bufonaria oficial, não. Agora, além de Lulla e sua candidata Dilma, ministros e auxiliares diretos do presidente aceleram a campanha inaugurando fumaça e "entregando" obras que sequer saíram do papel. O nome disso é "convênio", tem página na internet (http://www.convenios.gov.br/) e traduz-se como um canal de escoamento de dinheiro público federal para órgãos da administração pública, de todas as esferas, ou para entidades privadas, teoricamente sem fins lucrativos.
É por esta via que as famosas ONGs recebem os generosos repasses governamentais. Sobre muitas delas pairam todo tipo de suspeita, não somente porque as prestações de contas sequer existem como porque a maioria tem atuação tão pífia que poucos "beneficiários" experimentam as prometidas contrapartidas. A coisa é tão descarada, a ilegalidade é tamanha e o volume de dinheiro é tal, que os orgãos fiscalizadores, ainda relativamente pouco "aparelhados", estão tendo um trabalho enorme para tentar conter a sangria.
Apenas para ilustrar, o TCU, cuja ação vem sendo combatida sistematicamente por Lulla et caterva, acaba de mandar aprofundar análise sobre convênios firmados entre o INCRA e a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina (Cooptrasc). A cooperativa aparece em meio a 43 entidades ligadas ao MST, contemplada com 11 milhões de reais, atrás somente de duas outras associações apontadas pelo Ministério Público como tendo feito repasses indevidos ao MST. A fiscalização reportou indícios de irregularidades nos projetos alegando que eles são apresentados de modo que dá margem a desvios de recursos e deliberadamente dificultam a tomada de contas. Na minha visão trata-se apenas da ponta de um imenso iceberg, e nenhum convênio resiste a uma análise um pouco mais atenta. As ilegalidades se sucedem e essas organizações estão pouco se lixando pra o que possa o TCU, ou seja lá quem for, reclamar pois o galinheiro está em mãos que a lei tem dificuldade para alcançar.
Este sorvedouro do meu, do seu, do nosso dinheiro, em ano eleitoral, só faz receber mais e mais fluxo. Em menos de um mes, sob as ordens presidenciais, os ministérios estão desovando convênios pra todo lado, de construção de padaria à compra de carros-pipas. Só a Integração Nacional entregou, há poucos dias, 60 milhões apenas no Mato Grosso do Sul, de um total reservado para o estado de 110 milhões. Imaginem quantos outros milhões e milhões estão na fila para financiar a ascenção da candidata Dilma Roskoff.
Uma coisa é certa: os caras estão subvertendo tudo em nome da manutenção do poder. Onde puderem, farão maracutaias; o que houver para comprar, comprarão; onde houver espaço, sentarão o traseiro. Esta campanha precisa ser esclarecedora: não se trata de denuncismo, mas de mostrar ao povo com quem se está lidando, de exibir as entranhas desses cretinos, de contabilizar dados e fatos que revelem a ação predadora desses canalhas. Pode ser um caminho complicado, porque as pessoas confundem com fofoca, mas isso é um trabalho a ser feito boca a boca, com o porteiro, o taxista, o entregador de pizza, o colega de trabalho, a empregada doméstica. É uma questão de mobilização. Não podemos mais assistir à destruição da democracia e das instituições. Depois, não adianta chorar o leite derramado. Quem diz que não se interessa por política, vira expectador. E expectador não tem voz, nem vez.
É por esta via que as famosas ONGs recebem os generosos repasses governamentais. Sobre muitas delas pairam todo tipo de suspeita, não somente porque as prestações de contas sequer existem como porque a maioria tem atuação tão pífia que poucos "beneficiários" experimentam as prometidas contrapartidas. A coisa é tão descarada, a ilegalidade é tamanha e o volume de dinheiro é tal, que os orgãos fiscalizadores, ainda relativamente pouco "aparelhados", estão tendo um trabalho enorme para tentar conter a sangria.
Apenas para ilustrar, o TCU, cuja ação vem sendo combatida sistematicamente por Lulla et caterva, acaba de mandar aprofundar análise sobre convênios firmados entre o INCRA e a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina (Cooptrasc). A cooperativa aparece em meio a 43 entidades ligadas ao MST, contemplada com 11 milhões de reais, atrás somente de duas outras associações apontadas pelo Ministério Público como tendo feito repasses indevidos ao MST. A fiscalização reportou indícios de irregularidades nos projetos alegando que eles são apresentados de modo que dá margem a desvios de recursos e deliberadamente dificultam a tomada de contas. Na minha visão trata-se apenas da ponta de um imenso iceberg, e nenhum convênio resiste a uma análise um pouco mais atenta. As ilegalidades se sucedem e essas organizações estão pouco se lixando pra o que possa o TCU, ou seja lá quem for, reclamar pois o galinheiro está em mãos que a lei tem dificuldade para alcançar.
Este sorvedouro do meu, do seu, do nosso dinheiro, em ano eleitoral, só faz receber mais e mais fluxo. Em menos de um mes, sob as ordens presidenciais, os ministérios estão desovando convênios pra todo lado, de construção de padaria à compra de carros-pipas. Só a Integração Nacional entregou, há poucos dias, 60 milhões apenas no Mato Grosso do Sul, de um total reservado para o estado de 110 milhões. Imaginem quantos outros milhões e milhões estão na fila para financiar a ascenção da candidata Dilma Roskoff.
Uma coisa é certa: os caras estão subvertendo tudo em nome da manutenção do poder. Onde puderem, farão maracutaias; o que houver para comprar, comprarão; onde houver espaço, sentarão o traseiro. Esta campanha precisa ser esclarecedora: não se trata de denuncismo, mas de mostrar ao povo com quem se está lidando, de exibir as entranhas desses cretinos, de contabilizar dados e fatos que revelem a ação predadora desses canalhas. Pode ser um caminho complicado, porque as pessoas confundem com fofoca, mas isso é um trabalho a ser feito boca a boca, com o porteiro, o taxista, o entregador de pizza, o colega de trabalho, a empregada doméstica. É uma questão de mobilização. Não podemos mais assistir à destruição da democracia e das instituições. Depois, não adianta chorar o leite derramado. Quem diz que não se interessa por política, vira expectador. E expectador não tem voz, nem vez.
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