A primeiras grandes gargalhadas da minha vida foram dadas por volta dos 5 anos, das piadas do disco gravado por José Vasconcelos, "Eu sou o espetáculo". Meu avô, fã do grande comediante, me presentou com esta autêntica obra de arte.
O disco era absolutamente engraçado, e me divertiu durante muitos anos. Assim como as crianças de hoje assistem ao mesmo DVD, ou Blue-ray, inúmeras vezes, eu escutava aquelas histórias impagáveis, horas a fio, e repetia tanto, que minha avó costumava estabelecer uma quantidade a que eu teria direito em um determinado dia. Chegou a um ponto que ninguém aguentava, enquanto eu sabia o disco de cor.
O José Vasconcelos foi um dos primeiros, senão o primeiro, a se apresentar sozinho em um palco, no que hoje ganhou o pomposo nome de "stand-up comedy". É como eu costumo dizer: nada como um nome novo para uma coisa antiga que deu certo. Vai dar certo mais uma vez.
O disco foi um grande sucesso, tendo vendido mais de 100 mil cópias. Depois disso, o Zé foi pra TV, onde infelizmente sempre foi escalado em papéis infinitamente menores do que ele seria capaz de fazer. O público sempre gostou do Sa-silva, mas, nunca usufruiu do melhor do comediante. Algo parecido aconteceu com o Costinha, que explorava uma linha de humor um pouco diferente da do Zé, mas, da mesma forma, pouco foi aproveitado.
Este final de 2011 está sendo particularmente ruim, com tanta gente boa morrendo. E pensar que tantos safados continuam por aí...
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