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O perfil do "cara"




A Veja que hoje chega às bancas escancara um perfil do molusco que, em outras plagas, faria corar o pior bandido, o mais rematado vigarista e o maior cara de pau. Das páginas da revista emerge um farsante, manipulador, um criminoso contumaz, chefe de quadrilha, sobre o qual paira até a suspeita de ser mandante da eliminação física do ex-prefeito e correligionário, Celso Daniel.

Essas "águas de março", com um tsunami de escândalos atropelando o governo, seu entorno e a cúpula petista, em tudo e por tudo, são mais do que bem-vindas. Chegou a hora de passarmos a limpo este país, e engendrarmos um novo futuro pra ele. Um que privilegie a liberdade, a honestidade, a cidadania, a solidariedade e a redução da distância entre os mais ricos e os mais pobres. Nada disso acontecerá, se continuarmos tendo no cenário político "jararacas", como se auto-denominou o ex-presidente, ratos como os que circulam no Congresso e infames "senhores da lei", instalados em postos chaves da justiça, que se vendem por caraminguás, para atender aos poderosos.

Ecoando o gringo Mark Manson, que não tem razão em tudo, mas observou muito bem, é o brasileiro que tem que mudar. É o brasileiro que não pode se solidarizar com uma gente desonesta, cínica, aproveitadora, que assaltou os cofres públicos, dilapidou a maior empresa do país, foi incompetente em todos os setores da administração, estimulou a divisão do país, desrespeitou e solapou as instituições, acabou com a credibilidade brasileira. É o brasileiro que precisa parar de acreditar que as coisas são fáceis de resolver, que o jeitinho supera o trabalho duro, que nosso jogo de cintura é suficiente para cobrir a nossa própria preguiça e pouca disposição para empreender e trabalhar. Principalmente, precisamos parar de acreditar que haverá um cara que vai nos salvar, que vai montar um governo que vai prover tudo que precisamos. Não precisamos de um "savior", nem de proteção. Precisamos lutar por oportunidade. Que elas sejam, no máximo possível, iguais para todos, não importa o credo, cor, sexo ou idade. Enquanto esperamos este "messias", o tempo passa e seguimos perpetuando péssimos hábitos e costumes, e ainda, dando espaço a outros, em nome de uma modernidade ditada por meios de comunicação, folhetins novelescos e uma cultura alienígena absorvida sem qualquer adaptação, que degradam a vida, o convívio, as relações e nos reduzem a meros seguidores dos que alardeiam um progressismo de ocasião, que só serve aos que os propalam.

Voltando à "jararaca", ou melhor, ao Lula, as revelações de Veja seriam estarrecedoras, se já não soubéssemos do que este personagem é capaz. De qualquer modo, vale a leitura, pois reforça ainda mais a convicção de que ele, a Dilma e o PT são uma organização criminosa,e como tal, precisam ser defenestrados do poder e afastados da política, para o bem do Brasil.

Abaixo, uma parte da reportagem. O resto tem que ler na revista.

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Durante anos, o ex-presidente Lula esforçou-se para manter viva a imagem do homem comum, do político honesto que exerceu o poder em sua plenitude e permaneceu impermeável às tentações. Para os incautos, ele morava até hoje no mesmo apartamento modesto em São Bernardo do Campo (SP) e conservava hábitos simples, como carregar na cabeça uma caixa de isopor cheia de cerveja. Longe dos holofotes, Lula se acostumou com a vida faustosa. Longe dos holofotes, o petista cultivava hábitos sofisticados. Longe dos holofotes, o petista se tornou milionário. E a origem do dinheiro que ele acumulou, em boa parte, está nas empreiteiras acusadas de participar do bilionário esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, criado em seu governo. O mito começou a desabar quando as investigações da Lava-Jato revelaram os primeiros sinais de que o ex-presidente, seus filhos, parentes, amigos e aliados estavam todos esparramados de alguma forma na gigantesca bacia da corrupção.

Para além do apartamento de São Bernardo, o Lula mais próximo da realidade havia comprado um apartamento tríplex de frente para o mar do Guarujá, no litoral paulista, e um sítio nas montanhas de Atibaia, no interior do estado. As duas propriedades, porém, nunca estiveram em nome dele. Ambas foram reformadas e equipadas por empreiteiras do petrolão. O sítio, para o qual Lula enviou parte de sua mudança logo após deixar o Planalto, está até hoje em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, o filho mais velho do ex-presidente. E o tríplex nunca saiu do nome da OAS, uma das maiores companhias acusadas de distribuir propinas a partidos e políticos em troca de contratos na Petrobras. Em 2015, reportagens de VEJA abriram caminho para o que resultaria na mais constrangedora cena da vida de um político.

A MENTIRA COMO MÉTODO

Até a semana passada, o ex-presidente continuava negando peremptoriamente ser o dono do sítio e do tríplex. Os policiais e procuradores, porém, não têm dúvidas de que saiu dos cofres das empreiteiras do petrolão o dinheiro usado para comprar o sítio em 2010, meses antes de Lula deixar o Planalto. Um presente que, suspeitam os investigadores, Lula teria recebido quando ainda era presidente, o que configuraria crime de corrupção e improbidade administrativa. As empreiteiras também cuidaram dos detalhes para que a propriedade ficasse ao gosto de Lula e de sua família. Bancaram as obras no sítio, como a construção de uma nova sede com quatro confortáveis suítes e de um tanque para pescaria. Pagaram até a mobília. Os móveis da cozinha foram encomendados pela OAS em uma loja de luxo.

A história do tríplex enreda Lula ainda mais nas tramoias das empreiteiras do petrolão. Como VEJA revelou, foi o ex-presidente quem convenceu a OAS a assumir as obras deixadas para trás pela Bancoop, cooperativa que foi à bancarrota após desviar o dinheiro de milhares de associados para os cofres do PT. Pedido de Lula, sabe-se agora, era ordem, e a OAS topou. Um dos projetos assumidos pela empreiteira foi justamente o do Edifício Solaris, no Guarujá, onde o ex-presidente teria uma unidade. A OAS não só evitou o prejuízo a Lula, tirando o projeto do prédio do papel, como aproveitou a oportunidade para afagar o petista. Reservou para ele um tríplex, na cobertura do edifício - e cuidou para que, a exemplo do sítio, o apartamento ficasse ao gosto da família. A empreiteira investiu quase 800 000 reais apenas numa reforma, que deixou o imóvel com um elevador privativo e equipamentos de lazer de primeiríssima qualidade. Sem constrangimento, Lula e a ex-primeira-dama Marisa visitaram as obras na companhia de Léo Pinheiro, o ex-­presidente da OAS. Tudo estava ajustado para que a família logo começasse a desfrutar o apartamento. Mas veio a Lava-Jato e os planos mudaram. Lula, então, passou a dizer que tinha apenas uma opção de compra do apartamento - e que desistira do negócio. O argumento não convenceu a polícia.

USOU ESFOMEADOS PARA ENRIQUECER

Paralelamente, a Lava-Jato também mapeou as transações financeiras do ex-­presidente. No ano passado, VEJA revelou que a LILS, empresa de palestras aberta por Lula logo após deixar o Planalto, recebera 10 milhões de reais só das empreiteiras do petrolão. Agora, as transações foram anexadas à investigação como indício de que os pagamentos, na verdade, serviram para maquiar vantagens indevidas que o presidente recebeu por "serviços" prestados às empreiteiras. Executivos da OAS ouvidos pela Lava-Jato, por exemplo, disseram à polícia que não se recordavam de palestras do ex-presidente na empreiteira - no papel, a OAS pagou 1,2 milhão de reais à LILS. A empresa de palestras não era a única fonte dos repasses milionários a Lula, que teve seus sigilos fiscal e bancário quebrados pelo juiz Sergio Moro. O Instituto Lula, entidade sem fins lucrativos criada pelo petista com o propósito altruísta de acabar com a fome na África e desenvolver a América Latina, também era destinatário de repasses milionários das companhias que fraudaram a Petrobras. Dos 34,9 milhões de reais recebidos pelo instituto entre 2011 e 2014 a título de doações, 20,7 milhões foram repassados pela Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez, todas investigadas. A farra acabou. Disse o Ministério Público Federal no pedido que resultou na condução coercitiva do ex-­presidente: "Há elementos de prova de que Lula tinha ciência do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa". Do site da revista Veja

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