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Os discursos de Lula

A incontinência verbal do presidente continua sôlta. O homem está em turnê pelo nordeste e hoje, em um daqueles seus arroubos, elogiou Renan Calheiros, praticamente isentando o ex-presidente do Senado das pesadas acusações que ainda pesam sobre o seu pescoço.

Acompanhado da ministra PACdérmica, Lula disse que não vai permitir que "pessoas sem moral possa fazer com que eu rompa com um cumpanhero (sic) que me ajudou tanto como o Renan". Não bastasse o que já havia feito em Pernambuco, afirmando que Chavez agiu como pacificador no entrevero do Equador com a Colômbia; na Paraíba, cortejando o "coronel" Severino Cavalcanti; o presidente, nas Alagoas, saca do arsenal de insanidades mais esta pérola. É muito para os ouvidos da nação!

E ele ainda vai gritar muito, pois o dossiê criminoso, gestado nas entranhas do Estado, continuará incomodando. Disso ninguém duvide. O povo brasileiro não aguenta mais assistir a este festival de desmandos. Como a maioria do que faz o governo, isto não passa de um filmete de quinta categoria. A secretária Erenice (gravem este nome) pode até ter aloprado, mas não há como defender miss PACderme de ter mandado montar o dossiê. A imprensa e a oposição vão bater nessa tecla até cansar.

Precisamos acordar e dar um basta neste estado de coisas. Embora tenha usufruido de tudo que foi plantado por FHC, e se beneficiado de uma conjuntura mundial extremamente favorável, o rancoroso, o invejoso, o populista, o raivoso, o hipócrita é Lula. O sujeito chega a bufar e cuspir-se todo, de tanto ódio quando está no palanque, de onde jamais desceu. O governo não tem nenhuma ética (lembrem dos aloprados e deste dossiê, entre outros), não respeita a coisa pública (vide os escândalos do mensalão, dos Correios, do BB, e agora os cartões), a incompetência é generalizada (a lista não caberia neste espaço), que só me resta pensar que é hora de fazer o nosso cacerolazo. Como ainda vivemos em uma democracia, as vozes discordantes precisam se levantar. Nossos hermanos argentinos, por muito menos, estão pressionando a senhora Kirshner, obrigando-a a se mostrar mais conciliadora e a pedir "humildemente" que se suspenda a greve para dialogar. Agora é a nossa vez.

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