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Estela

A ministra Estela - a "mãe do PAC" - revelou hoje outras de suas múltiplas facetas: - o cinismo e a mentira. Ao lado de seu mentor e patrono, o atual presidente - embora tenha outras aspirações, ele sempre será o "atual presidente" - a ministra, também conhecida por Dilma Roussef, que nos seus tempos de guerrilheira participou do roubo de U$2,5 milhões de dólares do empresário e político Ademar de Barros, e do roubo (com mortes) de armas das Forças Armadas, alegou que não existe dossiê sobre o ex-presidente FHC e sua esposa, "nós formamos apenas um banco de dados". E o motivo para ele ter sido "formado" seria para atender a recomendações do TCU.

O TCU informou às redes de televisão de todo o país que não há NENHUMA recomendação, pedido, acórdão, decisão ou seja lá o que fôr, encaminhado ao Executivo referente às chamados contas B ou aos cartões corporativos. Portanto, sob os holofotes e as câmeras a ministra mentiu. E o fez com doses maciças de cinismo, uma vez que não teve nenhum pudor, nenhuma vergonha de contar meias verdades para a opinião pública.

A mãe do PAC, a condutora do programa que nada mais é do que aquilo que o governo deveria fazer, e não faz, está cotada para a sucessão de Lula. Ele próprio deixa isso cada vez mais cristalino. Enquanto trama, de maneira torpe e baixa - privatizando a máquina pública através de sua secretária-executiva - esta senhora passeia pelo nordeste, em campanha, acompanhando o séquito do atual presidente. É muita cara-de-pau! É acharem mesmo que não serão apeados do poder ao final destes tristes anos que vivemos. Isto tudo precisa ser investigado. Se não for pela PF, que seja pelo Ministério Público ou outro órgão competente. Não é possível que essa gente nos imponha toda essa empulhação e fique por isso mesmo. Se a tal Erenice (isso não é um nome, é um erro do cara do cartório) for mesmo demitida, como estão dizendo, a ministra tem que ir junto. Se não existe a figura do decoro no executivo, existem leis, existe a ética. Eu sei que nada disso faz parte do vocabulário desse povo, mas as instituições precisam acordar e cumprir o seu papel. Do contrário, vai se instalar de vez o estado policial, e vão acabar com a democracia.

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