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Adeus, "capita"



Em 21 de junho de 1970, em uma esquina de Av. Rui Barbosa com a então, São Jerônimo, em Belém, à falta de transmissão ao vivo pela TV, meu irmão André, eu e alguns amigos, escutávamos a transmissão pelo rádio da final da Copa do Mundo de Futebol, entre Brasil e Itália. O Brasil já vencia por 3 x 1, e estava com as mãos na cobiçada taça que nos daria o tri quando, por volta dos 40 minutos do segundo tempo, o narrador se animou descrevendo mais uma jogada espetacular da Seleção dos Sonhos. O lance começou na intermediária brasileira com Clodoaldo. Depois de driblar quatro adversários, um dos maiores meias da história tocou para Rivelino. O "patada atômica" deu um passe lateral, de antes do meio do campo, que foi encontrar Jairzinho na entrada da área italiana. O "furacão" driblou dois e entregou de modo preciso para Pelé, posicionado de frente pro crime. Bloqueado por dois adversários, o maior gênio da história do futebol, deu uma olhada para a direita e vendo a entrada do grande Carlos Alberto Torres, esticou a bola suavemente, rasteira, de bandeja, em um ângulo perfeito, para a conclusão do grande capitão brasileiro. O chute saiu uma bomba, um petardo que Albertosi nem viu por onde ela passou. Foi a coroação de uma vitória maiúscula, inconteste, do melhor e maior time de todos os tempos. Um momento mágico, que deu início a uma das maiores comemorações que o Brasil já teve. As duas conquistas posteriores nem se comparam em alegria e significado.
A morte do "capita" é uma perda enorme para o futebol, e também para a humanidade. Nunca ouvi falar nada de errado sobre ele, mesmo tendo uma passagem pela política. Que Deus o receba de braços abertos e ele tenha o descanso merecido. Seu nome será para sempre lembrado como o maior lateral direito de todos os tempos.
Que pena....

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