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Todos os homens de Pallocci

O ex-presidente do STF e do TSE, professor, jurista renomado, autor de diversos trabalhos jurídicos, e co-autor do painel "A crise institucional brasileira", atualmente militando na Comissão de Ética da Presidência, considera que não há elementos que indiquem ser necessário investigar o extraordinário enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Este também, é o parecer do Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, indicado para o cargo por Lula.

O ex-ministro da Fazenda, que ainda responde a ações civis públicas e ações populares na Justiça de São Paulo por suspeita de irregularidades em suas gestões como prefeito de Ribeirão Preto, já foi salvo pelo STF, por diferença de um voto, da abertura de processo criminal, pedido pelo Ministério Público Federal, pela quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, no episódio que resultou na sua saída do primeiro escalão do governo do apedeuta (não há como não usar o epíteto que Reinaldo Azevedo pespegou no indigitado. Nada cai-lhe melhor).

Por seu turno, o ministro se defende afirmando que gastou mais de 7 milhões com imóveis com o dinheiro que ganhou como consultor, durante o seu mandato como deputado.

O homem da Casa Civil, pelo visto, conta com um autêntico pelotão nas mais altas esferas da Justiça brasileira, pronto para socorrê-lo e, dificilmente, o distinto público terá a resposta para uma simples pergunta: - como pode? Parece brincadeira, e só pode ser.

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