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A despedida de um guerreiro



Tem coisa que a Internet viabilizou que seria inimaginável, até bem pouco tempo atrás. Muito disso é extraordinário, espetacular. Independente de qualquer apreciação, seja sobre o uso que se faz dos recursos disponíveis, seja de redes sociais, email e demais recursos de comunicação, não tenho dúvida que o mais legal de tudo, é que, rigorosamente, seja o que fôr a facilidade que estivermos falando, ela é "movida a gente". Não há como dispensar a colaboração humana.


Um exemplo interessantíssimo dessas coisas maravilhosas, existentes na internet, são os blogs. Já falei sobre eles por aqui. Mas, não abordei o principal, isto é, não falei de conteúdos específicos. Na verdade, isso não é muito possível. O universo que alguém é capaz de avaliar nunca será suficientemente abrangente para se fazer afirmações cabais, a respeito de qualquer segmento dessa vasta miríade de sites que enriquecem o nosso cotidiano.

Hoje, me deparei com algo que ainda não tinha visto: - um blogueiro compartilhando o seu dia a dia de um paciente terminal de câncer. Não é leitura fácil. Os relatos são pesados, e assustadores. Derek Miller, o cara da foto aí em cima, não trata com humor nem esconde os detalhes dolorosos da convivência com o monstro. Todavia, há algo de surpreendente e maior, além da descrição do sofrimento e da dor. Não se trata de desabafo ou auto-exposição sado-masoquista, mas, de um comovente diário que lembra a nossa fragilidade e finitude, e que temos que estar preparados para tudo na nossa curta passagem pela vida.

Miller morreu na terça-feira passada, 3, aos 41 anos. O seu adeus público foi publicado no blog por sua família e tinha o eficaz e direto título "The last post": uma tocante despedida, em tom casual, onde o escritor canadense "conversa" com sua mulher e filhas, alude às suas batalhas e afirma não ter medo da morte.

Ultimamente, venho refletindo a respeito de como vai ser o mundo sem mim. Ainda não cheguei a uma conclusão. Uma coisa, porém, é certa: eu vou sentir muito ficar de fora de toda essa brincadeira que é viver.

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