Pular para o conteúdo principal

A prisão dos militares gays

Os jornais noticiaram com estardalhaço a prisão de dois militares que descumpriram o regulamento da força, um deles, por deserção, e o outro, por ausência ao trabalho. O barulho corre por conta de ambos serem homossexuais, e pertencerem ao Exército.


A militância gay saiu em defesa do, por assim dizer, casal e, como sempre, a notícia chega ao público carregada de preconceito contra a instituição. O Senado, por sua vez, resolveu meter a colher, em defesa dos faltosos. Cabe a pergunta: se não se tratasse de dois gays, haveria toda essa onda? Certamente, não. Contudo, há algo mais grave por trás disso: desmoralizar, ainda mais, as Forças Armadas. Os comandantes que ordenaram a prisão dos militares apenas cumpriram o regulamento. Não houve nenhum tratamento diferenciado por eles terem declarado suas preferências em público. Mesmo porque, sendo como eles dizem, um relacionamento tão longo, não haveriam de tê-lo encoberto todo esse tempo. Minha opinião é que sopraram-lhe aos ouvidos que poderiam ter algum tipo de ganho propalando aos quatro ventos a sua condição. Já que o governo premia os que pegaram em armas para praticar atos de terrorismo, assaltos e assassinatos, por que eles não poderiam candidatar-se a algum tipo de bolsa-boiola, ou algo que o valha? Não vejo outra explicação.

Espero que recebam punição exemplar, não por serem gays, pois estou pouco me lixando para as suas péssimas opções, mas porque descumpriram regras e quebraram a hierarquia, desobedecendo ordens. Isso, sim, é inaceitável.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com corona ou sem corona, dia 15, eu vou!

Em tempos de corona virus, pode parecer estranho, mas, fica mais importante ainda comparecer à manifestação do próximo dia 15. Contra as tentativas sórdidas de congressistas de alto coturno, jornalistas militantes e parte do judiciário, de usurpar poderes, prejudicar ações, e evitar que governe conforme o mandato que lhe concederam, é preciso demonstrar de forma cristalina que o presidente está, cada vez mais, com apoio popular, e que o desejo de que prossiga com as reformas do Estado, o combate à corrupção e à esquerda tacanha, gananciosa e cretina continua firme e forte. O sistema de governo é presidencialista, e isso já foi decidido há mais de 25 anos, quando se jogou uma montanha de dinheiro fora pra oficializar o que todo mundo sabia. É, portanto, intolerável que um presidente eleito, ainda que pairem dúvidas sobre a lisura do pleito, não consiga dar um passo sem que membros vetustos e caquéticos do STF não só opinem como trabalhem contra ele. Que a imprensa a tudo critiqu

Esposa de aluguel - quem quer?

Gaby Fontenelle, assistente de palco de Rodrigo Faro, no "Melhor do Brasil". No programa, Gaby encarna a personagem "Esposa de aluguel". Grande idéia! Quem não quer uma morena espetacular com essa fazendo todas as suas vontades?

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, contudo, tinham essa opinião.