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O que podemos esperar de Marina?

A senadora Marina Silva, do Acre, filiou-se hoje ao PV. O partido festejou a chegada da ex-ministra, com a presença de diversos líderes, entre eles, Fernando Gabeira, que fez duras críticas à política:

- Esse tema (a ética na política) é importante porque nós temos no Brasil hoje um governo moralmente frouxo, um Congresso apodrecido e um Supremo Tribunal Federal em princípio de decomposição com a decisão tomada nesta semana - disse Gabeira. - Nós não temos a pretensão de constituir um partido de pessoas infalíveis. Temos a pretensão de construir um partido de pessoas que, quando erram, reconhecem o seu erro, corrigem o rumo e reparam o que fizeram.

Uma pausa: neste momento, em entrevista ao programa "É notícia", da RedeTV, o presidente do Senado, José Sarney, acaba de perguntar ao entrevistador: - "Que mal há em fazer um pedido de emprego para o Garibaldi? Ainda mais para o namorado de uma neta, que não é parente.". O apresentador Kennedy Alencar até que tentou explicar ao senador o que significa o termo patrimonialismo, e que, com o pedido, ele confunde o público com o privado, mas o senador não foi capaz de discernir, respondendo "do que eu sou culpado?". E arrematou "me sinto tocado, porque fiz muito pelo país, e não posso ser julgado dessa maneira". Esta é, como vemos, a visão de ética que um ex-presidente da República e três vezes presidente do Senado, tem. Não há como mudar a cabeça dessa gente. É disgusting ver como os políticos em geral são vaidosos e donos da verdade. A impressão que tive, ao final, é que Sarney, além de uma raposa, é um ensaboado de primeira linha. Instado por Kennedy sobre temas polêmicos, respondeu com chavões e frases feitas, mostrando que os tais 50 anos no Congresso fizeram dele um ser político, capaz de mudar da água para o vinho, e vice-versa, porém, sem nenhuma estatura, e muito menos, vergonha. Como cidadão, me sinto embaraçado e constrangido por termos como figura mais proeminente do Senado brasileiro alguém como ele. Tem razão o senador Pedro Simon quando questionado sobre o que seria necessário fazer para “reverter o problema da impunidade no País”, respondeu que é preciso uma manifestação de “fora para dentro”. Ou seja, nós, o povo, precisamos fazer alguma coisa.

Acabei fazendo uma pausa grande demais. Amanhã comento sobre a ida da senadora para o PV.

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