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Marina e a presidência

A senadora Marina Silva é uma mulher de 51 anos que tem uma história de vida muito parecida com a do Ali Blá-Blá. Nascida no Acre, foi professora e sindicalista. Amiga de Chico Mendes, ajudou a fundar a CUT do Acre, e está no PT desde 86. Na política foi vereadora, deputada e depois senadora. Em 2003, foi nomeada ministra do meio-ambiente, tendo sido confirmada no cargo com a reeleição do indigitado. Envolvida em diversos conflitos com outros ministros, inclusive a protegida de Lula - Dilma Roussef - Marina se demitiu em razão da falta de sustentação à política ambiental que defendia. As divergências com os antigos companheiros chegaram ao ápice há cerca de 15 dias, quando Marina desfiliou-se do PT e seguiu para o Partido Verde, onde foi recebida com festa por dirigentes, militantes e outros líderes da agremiação, que querem que ela concorra à presidência em 2010.

Parte da imprensa está dizendo que Marina poderá ser um fator de desestabilização para a candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, com isso, beneficiando o candidato do PSDB, seja ele o governador Serra ou o governador Aécio, neto de Tancredo, Neves.

Particularmente, não tenho nenhuma admiração especial pela senadora, embora simpatize com as causas ambientais que ela defende. Não a vejo na turma do oba-oba e me parece uma pessoa íntegra e bem-intencionada. Mas isso não é suficiente. As ligações dela com a esquerda e o PT, pra mim, a descredenciam para exercer o cargo máximo da nação. O petismo mostrou a sua verdadeira face na era Lula, e Marina vai recorrer a eles, caso vença uma eventual disputa pela presidência. E já basta de petistas e do PT instalados no governo. Eu a quero na corrida porque concordo que vai atrapalhar o projeto de Lula de se eternizar no poder. Não descarto que possa surpreender, mas não creio que fará muito mais que isso. Se a surpresa for maior do que espero, e ela alcançar o segundo turno, aí sim, poderá estragar os planos de muita gente.

A verdade é que o quadro é assustador. A política está dominada por bandoleiros, aproveitadores e salafrários, e nós, simples mortais, temos dificuldade em separar o jôio do trigo.

A canalha já preparou a cama para se manter onde está. As regras embutidas na proposta da nova Lei Eleitoral, que precisa estar aprovada até 3 de outubro próximo, demonstra claramente as intenções deles. Sem contar a burrice evidenciada com as proibições relativas ao uso da internet e o que pode estar publicado em sites e blogs, que pretendem impor-nos.

Cabe a nós, eleitores, mostrar que não aceitamos mais essas práticas, banindo-os de cena. É preciso que cada um faça a sua pregação, que influencie, esclareça, e aja no sentido de fazer com que as pessoas abram os olhos para o desastre que tem sido esta "administração". Só assim podemos fazer soprar novos ares em Brasília e no resto do país. Chegou a hora de acordar, Brasil!

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