Segundo o ministro Celso Amorim, o Brasil nada tem a dizer a respeito do morticínio de opositores em curso pelo governo do Irã: "eles têm o sistema deles, cabe ao povo iraniano julgar". Conforme o assessor de Lula, "sempre dialogamos com países onde aconteceram coisas que não apreciamos".
Ora, o povo iraniano julgou e repudia o regime vigente, a eleição fraudada, a matança, a repressão, a violência, as leis clericais e a falta de liberdade. A comunidade internacional, em peso, condena o resultado do pleito. Nosso chanceler, contudo, bem ao modo petista, usa e abusa de sofismas para justificar o apoio que Lula et caterva dão ao atual governo de Teerã. Em nome da não intervenção nos assuntos internos daquele país, compactua com as atrocidades que ali estão ocorrendo. Por trás disso, a meu ver, está a afinidade ideológica com Ahmadinejad e o anti-americanismo na sua forma mais imbecil que movem a atual diplomacia brasileira. É isso que fez com que Lula, usando a única metáfora que conhece, comparasse o grito de protesto do povo iraniano a queixa de perdedor em um jogo de futebol. E é o que está arrastando o Itamaraty para o pior momento de toda a sua existência.
Fraco e hesitante quanto se trata de lidar com seus parceiros mais próximos como a decorativa Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa e o camarada Chavez, bajulador de Fidel e simpatizante de Ahmadinejad e do norte-coreano Kim Jong, a diplomacia brasileira é apenas uma sombra do que foi no passado. A tal "caminhada" rumo a um lugar no Conselho de Segurança já fez até preterir um candidato brasileiro à presidência da UNESCO em favor de um egípcio mais conhecido por suas opiniões antissemitas e por ter prometido queimar livros escritos em hebraico, se os encontrasse nas bibliotecas do Cairo.
Em disputas por postos internacionais, as trapalhadas de Celso Amorim já estão beirando o ridículo: - encarregado por Lula de conduzir a ministra Ellen Gracie a uma cadeira no Orgão de Apelação da OMC, o Itamaraty viu a candidatura naufragar por falta de conhecimentos da postulante. Noutras ocasiões foi derrotado por fazer a coisa na hora errada e ter calculado mal o apoio de outros governos: nas eleições para a Direção-Geral da OMC e para a presidência do BID. Em ambas as ocasiões, os candidatos brasileiros não tiveram votos nem dos países vizinhos nem de seus aliados "estratégicos". Em 2008, a derrota foi na corrida pela chefia da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Ou seja, um clamoroso desastre. Diga-se de passagem, a derrota da minstra Ellen Gracie teve um sabor ainda pior, pois enterrou a pretensão do governo de indicar o seu oitavo ministro para o STF.
Nada se assemelha, porém, com o absurdo descaso com a situação dos iranianos. Chama atenção, também, o virtual silêncio do Congresso, que já poderia ter suscitado, pelo menos, uma moção de solidariedade. Massacrados por seus próprios compatriotas, eles contam apenas com o discreto apoio dos Estados Unidos e da Europa, e por enquanto, estão jogados à propria sorte, vítimas da intolerância e da fúria do regime dos aiátolas.
O patético presidente e o atarantado ministro, já que nada tinham a dizer, pelo menos deveriam ter mantido as matracas fechadas.
Ora, o povo iraniano julgou e repudia o regime vigente, a eleição fraudada, a matança, a repressão, a violência, as leis clericais e a falta de liberdade. A comunidade internacional, em peso, condena o resultado do pleito. Nosso chanceler, contudo, bem ao modo petista, usa e abusa de sofismas para justificar o apoio que Lula et caterva dão ao atual governo de Teerã. Em nome da não intervenção nos assuntos internos daquele país, compactua com as atrocidades que ali estão ocorrendo. Por trás disso, a meu ver, está a afinidade ideológica com Ahmadinejad e o anti-americanismo na sua forma mais imbecil que movem a atual diplomacia brasileira. É isso que fez com que Lula, usando a única metáfora que conhece, comparasse o grito de protesto do povo iraniano a queixa de perdedor em um jogo de futebol. E é o que está arrastando o Itamaraty para o pior momento de toda a sua existência.
Fraco e hesitante quanto se trata de lidar com seus parceiros mais próximos como a decorativa Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa e o camarada Chavez, bajulador de Fidel e simpatizante de Ahmadinejad e do norte-coreano Kim Jong, a diplomacia brasileira é apenas uma sombra do que foi no passado. A tal "caminhada" rumo a um lugar no Conselho de Segurança já fez até preterir um candidato brasileiro à presidência da UNESCO em favor de um egípcio mais conhecido por suas opiniões antissemitas e por ter prometido queimar livros escritos em hebraico, se os encontrasse nas bibliotecas do Cairo.
Em disputas por postos internacionais, as trapalhadas de Celso Amorim já estão beirando o ridículo: - encarregado por Lula de conduzir a ministra Ellen Gracie a uma cadeira no Orgão de Apelação da OMC, o Itamaraty viu a candidatura naufragar por falta de conhecimentos da postulante. Noutras ocasiões foi derrotado por fazer a coisa na hora errada e ter calculado mal o apoio de outros governos: nas eleições para a Direção-Geral da OMC e para a presidência do BID. Em ambas as ocasiões, os candidatos brasileiros não tiveram votos nem dos países vizinhos nem de seus aliados "estratégicos". Em 2008, a derrota foi na corrida pela chefia da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Ou seja, um clamoroso desastre. Diga-se de passagem, a derrota da minstra Ellen Gracie teve um sabor ainda pior, pois enterrou a pretensão do governo de indicar o seu oitavo ministro para o STF.
Nada se assemelha, porém, com o absurdo descaso com a situação dos iranianos. Chama atenção, também, o virtual silêncio do Congresso, que já poderia ter suscitado, pelo menos, uma moção de solidariedade. Massacrados por seus próprios compatriotas, eles contam apenas com o discreto apoio dos Estados Unidos e da Europa, e por enquanto, estão jogados à propria sorte, vítimas da intolerância e da fúria do regime dos aiátolas.
O patético presidente e o atarantado ministro, já que nada tinham a dizer, pelo menos deveriam ter mantido as matracas fechadas.
Comentários
Sou diplomata da ativa, ainda que servindo atualmente no exterior, mas por razões óbvias não seria conveniente assinar com meu nome próprio, mas concordo integralmente com sua visão crítica desta patética diplomacia que nos envergonha a todos, atualmente.
Um diplomata que espera ainda servir governos mais sensatos.