Certos dias teria sido melhor não acordar, ou melhor, levantar e ignorar tudo que acontece à nossa volta, especialmente o que trazem os jornais, os blogs, os telejornais e tudo o mais que represente tomar conhecimento da realidade. Almejo um dia assim. Um dedicado a mim mesmo, unicamente, talvez na praia, nas montanhas ou numa ilha deserta. O noticiário nauseabundo dá vontade de vomitar. A política, a saúde, a educação, a segurança, tudo vai tão mal que melhor seria estar longe. Pena que não dá nem pra ir pro Ártico, onde tudo está derretendo.
Minha mãe, que vai somar 77 velinhas daqui a 20 dias se regozija por supor que não vai testemunhar a chegada do caos, que ela prediz para os próximos 15 a 20 anos. Sei não, neste ritmo, vamos enfrentar muitas dificuldades, e ela, cuja mãe morreu aos quase 98, tem grande chance de não escapar, como gostaria.
Minha mãe, que vai somar 77 velinhas daqui a 20 dias se regozija por supor que não vai testemunhar a chegada do caos, que ela prediz para os próximos 15 a 20 anos. Sei não, neste ritmo, vamos enfrentar muitas dificuldades, e ela, cuja mãe morreu aos quase 98, tem grande chance de não escapar, como gostaria.
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