Pular para o conteúdo principal

Lula não pára

Lula deve ser o governante com mais horas de vôo em todos os tempos. O sujeito não pára. No momento, ele está no Cazaquistão. Sabe lá fazendo o quê.

Do jeito que gosta, quando fora do Brasil, fez declarações no mínimo polêmicas, que no fundo são apenas um acréscimo à sua extensa conta de bobagens. Foi assim, na época do mensalão, quando disse não saber de nada que o PT andava fazendo e admitiu publicamente que o partido fazia caixa 2 em campanhas, "pois é recurso usado por todos". Há inúmeros outros exemplos, mas seria enfadonho e virtualmente impossível sequer tentar mencionar todos.

Hoje, o boquirroto voltou a abrir a boca. Desta feita, em defesa de Sarney, enrolado com uma das maiores crises no Senado, saiu-se com um sofisma, proclamando que o ex-presidente não deveria ser tratado como uma pessoa comum, e, no seu português muito particular fez uma curiosa advertência à imprensa: "O que não se pode é todo dia você arrumar uma vírgula a mais, você vai desmoralizando todo mundo, cansando todo mundo, inclusive a imprensa corre o risco. Porque a imprensa também tem que ter a certeza de que ela não pode ser desacreditada".

A defesa de Sarney não passa de prestidigitação. Lula é o maior beneficiado com o mar de lama que corre pelo Congresso, em especial, no Senado Federal. O enfraquecimento do Legislativo é tudo que ele mais quer: - um Congresso debilitado é um Congresso manso. Sarney e Senado estão mais sujos que pau de galinheiro, mas esta defesa é só um truque, como aquele do cheque em branco que daria a Bob Jefferson..

Já o comentário sobre a imprensa não chega a ser uma ameaça, mas é mais um descarado desafio aos que ousam contestar a sua atuação à frente da nação. O que ele queria? Que a imprensa se cale diante da ladroeira, da falta de decoro, das maracutaias, dos desmandos? Esse cara é uma piada de mau gosto. Poderia até ser engraçado, mas, infelizmente, é apenas deplorável.

Estou de saco cheio dessa criatura. Estive pensando: já que ele gosta tanto de viajar, por que não vai pro Cudumundistão? Pra sempre...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Voltando devagar

Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, c...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...