Pular para o conteúdo principal

Chegou a hora!


Chegou a hora. Hoje o Brasil vai saber se os representantes que elegeu, de fato, o representa. Todas as pesquisas, mesmo aquelas feitas pelos suspeitíssimos Datafolha e Ibope mostram que o governo é desprestigiado por 65 a 70% dos brasileiros. Se levarmos em conta os que acham o governo apenas razoável, a soma alcança quase 90%. Ou seja, apenas 1 em cada 10 brasileiros considera que ainda existe governo no Brasil.

Diante disso, é natural que as sondagens apontem um "sim" ao impeachment na faixa de 365 deputados, o que significa algo em torno de 70% do plenário da Casa. Bem mais que os 66% necessários para autorizar a abertura do processo no Senado, e compatível com o número de descontentes com o governo.


Se isso se confirmar na tarde/noite de hoje, a Câmara estará reafirmando o que disse o então presidente da Câmara, deputado Ibsen Pinheiro, no impeachment de Collor: "esta Casa faz o que o povo quer". E isso é muito bom. É sinal de que os deputados são sensíveis à voz das ruas, e, afinal cumprem o papel para o qual foram nomeados.

Não bastassem os motivos apontados na denúncia, mais do que evidentes da necessidade de se defenestrar essa organização criminosa do poder, existem as questões ecônomicas, financeiras, fiscais, políticas e institucionais a turbinar o impeachment. Ao que tudo indica, a maioria da Casa não ignora nada disso e vai responder positivamente aos anseios da maioria da população.

Quero crer que a comemoração que, eventualmente, acontecerá hoje, será a de se criar uma nova expectativa, e uma nova esperança de reverter o quadro ruinoso no qual o governo e os petistas nos meteram. E é nisso que o novo governo deverá se concentrar: criar condições para reverter o desemprego, reduzir a inflação, parar a sangria da corrupção, acabar com o compadrio com grandes empresários, melhorar o ambiente de negócios, ampliar os serviços providos pela máquina pública e ajudar a promover o desenvolvimento.

Penso que temos todo o potencial necessário para, em pouco tempo, voltar a crescer, e a fazer do Brasil um lugar melhor para os brasileiros e para todos os que aqui viverem. É só fazer TUDO ao contrário do que o PT fez.

E vamos pra Copacabana, acompanhar a votação e, se Deus quiser, celebrar a vitória do "sim" ao final desse (des)governo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Voltando devagar

Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, c...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...