Os acontecimentos da sexta-feira 13, em Paris, são mais uma mostra de que a humanidade caminha para uma reciclagem. As forças da intolerância, do ódio, do racismo, do totalitarismo, da xenofobia, estão prevalecendo, em toda parte. O preconceito e a discriminação estão nos conduzindo a um inevitável e, por muitos desejado, confronto. E assim como de outras vezes, milhões vão sucumbir por causa das idéias e vontades de poucos. Já que a natureza não tem tido forças para controlar a explosão demográfica, será a mão do próprio homem que vai fazer isso. O poderio bélico à disposição dos poderosos é suficiente para destruir o planeta e, em algum momento, esse botão vai ser apertado. Isso não vai livrar a raça humana dos boçais, dos déspotas, dos canalhas ou dos vigaristas. Todavia, a necessidade de refundação, possivelmente, vai fazer erguer uma nova sociedade, talvez mais consciente, mais solidária, menos voltada para o próprio umbigo e mais disposta a respeitar a velha máxima que ensina que "o meu acaba onde o seu começa". Ou não. O homem é muito idiota e vai acabar fazendo toda a merda de novo.
Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

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