Pular para o conteúdo principal

Não tem mais como esperar

Esse cuidado todo, até com a citação da palavra impeachment, a espera pelo momento certo, o não queimar etapas, que tanto falam políticos, jornalistas e todos aqueles interessados no gravíssimo momento que vive o Brasil, tudo isso sugere um respeito e um zelo que gente como a Dilma, o Lula e essa esquerda asquerosa não merece. Estamos tratando com ladrões, corruptos, aproveitadores, vigaristas contumazes. E não  é um bando qualquer. Eles montaram o maior esquema de assalto aos cofres públicos jamais visto, possivelmente, na história mundial. As cifras são assustadoras. E a prática, reincidente. O petrolão é uma especialização e um turbinamento do mensalão. A corrupção e subtração de verbas foram levados a um patamar inimaginável, indecente, imoral. 

Não podemos mais continuar sendo meros espectadores dos desmandos, roubalheiras, hipocrisia, despudor, mentiras e escândalos que perpetram o governo e seus representantes. É preciso que os homens de bem se incomodem, se constranjam, diante de tanta desonestidade e ausência de caráter. Precisamos fazer alguma coisa. Se permitirmos, só vai piorar.

Não desejo apenas que o PT e essa corja que orbita em torno dele seja apeado do poder. E que tudo fique por isso mesmo. Quero vê-los na cadeia. Quero o dinheiro de volta. Quero o meu país de volta. Não quero mais acordar e ver estampado nos jornais mais uma falcatrua ou mais uma tentativa de solapar as instituições como é o nosso cotidiano atual. Quero que o país pare de se arrastar e de andar de lado. Quero olhar adiante e ver que estamos deixando para as próximas gerações um legado político, econômico, cultural e institucional do qual possamos nos orgulhar. Quero sentir que valeu a pena testemunhar os anos que vivi. Que ao morrer, meu país estará melhor do que quando eu nasci.

Respondendo a uma pergunta que me fizeram, até insistentemente, não está bom pra ninguém. Mesmo os que apoiaram o partido, maquiavelicamente, para continuar usufruindo e se locupletando das benesses e da corrupção, até pra esses, vai sobrar, e já está sobrando. Basta que olhem em volta, e verão a cara de nojo com que o resto da sociedade lhes observa. O que dizer dos que foram enganados, que tiveram seus sonhos desfeitos, que estão decepcionados, ao conhecer a verdadeira face dos que momentaneamente governam o país? Que aprendam! Que não se deixem levar pelos cantos das sereias e por quem oferece atalhos e promessas vazias.

Hoje não basta trabalhar duro, e cuidar do seu. Há também que se pensar no coletivo, e, principalmente, em INFLUIR. A classe média, motor deste país não pode mais ser omissa. A classe média, à quem a petista Marilena Chauí, com a boca cheia de espuma, dedicou palavras de tanto ódio e aversão, precisa se mobilizar e assumir o seu papel de protagonista da mudança. Sempre foi assim, e sempre será. Como o próprio nome diz, a classe média representa o caminho do meio, o equilíbrio, a equidistância. Chegou a hora de mostrar toda a nossa insatisfação e revolta com este cenário de degradação ao qual nos conduziram o PT e seus comparsas.

Tem gente tentando fazer alguma coisa. Alguns por caminhos mais drásticos, tentando manter um ar de legalidade; outros, falando, conversando, mas aguardando, pra ver no que vai dar. 

Já deu, povo brasileiro! A hora é esta e não dá mais pra esperar. Não é preciso pegar em armas, nem solapar ritos, nem instituições. É hora de mostrar que estamos indignados, que nos sentimos agredidos e não queremos mais essa gente no poder. E isso se faz, não apenas em grandes manifestações, se faz em qualquer lugar. No trabalho, na escola, na condução, em lugares públicos, ou no dia a dia com nossos amigos, parentes e conhecidos.  É imperioso DENUNCIAR o que essa gente está fazendo com o nosso Brasil. A mensagem precisa se espalhar, o protesto assim vai ganhar musculatura e o ronco chegará aos ouvidos de quem pode agir com eficácia, nas esferas devidas. Aqueles que se dizem nossos representantes, se realmente o são; e os que prometeram defender a Constituição e as instituições, se de fato cumprirão, que façam o resto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Voltando devagar

Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, c...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...