No meu tempo de faculdade, no começo dos anos 70, os "engajados", que discutiam os problemas brasileiros na beira dos bares, gostavam de se referir a quem frequentava os bancos universitários como "as elites", esquecendo que, muitos deles, faziam parte do grupo.
Acho que eles nunca compreenderam muito bem o que significado dessa palavra, tanto que o termo é usado até hoje, via de regra, com um sentido pejorativo. Os dicionários definem o substantivo elite como "o que há de melhor e se valoriza mais (numa sociedade)". O que nos conduz ao raciocínio de que os universitários eram considerados como entre o que havia de mais importante no contexto social da época. De fato, só os melhores logravam uma vaga nas escolas, públicas e privadas. O vestibular, existente desde 1911, sempre deu conta, de um modo ou de outro, de separar os que poderiam enfrentar as durezas de um curso de terceiro grau, dos que não tinham tal aptidão. Havia, a despeito dos epítetos, o culto e o respeito ao MÉRITO.
Fico a pensar se, no discurso de saída do inepto Fernando Haddad, estaria Dilma sendo sarcástica quando declarou que "o ENEM é fruto do esforço do ministro para "deselitizar" o ensino superior".
O ENEM, em suas três fatídicas e desastrosas edições, com uma estrondosa sucessão de erros, suspeitas de vazamento e manipulação, falhas de organização, e toda sorte de erros, só trouxe insatisfação, aborrecimento e decepção para os candidatos a ingressar em uma carreira universitária. Com isso, o concurso carrega a ideia de que, agora, ocorre um nivelamento por baixo, pois não se pode afirmar que os melhores foram selecionados. Some-se a isso a burra, racialista e segregadora política de cotas, e, realmente, o ensino superior foi "deselitizado". Virou uma merda! Não apenas uma merda, mas um pesadelo para os jovens e as famílias.
Por influência de Lula, o incompetente Haddad sai do ministério para disputar a cadeira de prefeito da maior cidade do país. Como a maioria dos petistas, ele não passa de um cara de pau. Sendo incapaz de fazer o ENEM funcionar, não vejo como seria conduzindo os destinos de uma megalópole como São Paulo. Vai levar uma lição.
Comentários