A decisão da presidente de conceder sobrevida no ministério ao asqueroso Carlos "balança mas não cai" Lupi, está sendo vista por analistas como um erro político, e um ato de desprestígio do conselho de ética da PR. Pode ser. Mas, de que adianta?Quem entende que Dilma é apenas um apêndice de Lula, com o mesmo DNA de teflon, sabe que assim como seu procedente, ela está pouco se lixando para o que a imprensa, a desnutrida oposição e o pensamento liberal que ainda existe no país, pensam. A cara de pau, o desprezo com a assim chamada "opinião pública" e o desapego aos valores republicanos é a característica mais marcante dessa quadrilha, que tomou de assalto o país.
De nada adianta falar, publicar, protestar, reclamar, apregoar, contra ela. Infelizmente, a semente da (falsa) capacidade de gerir um país com a complexidade do Brasil, plantada por muitos que hoje reconhecem que essa esquerda brasileira nada tem de moderna, inovadora, revolucionária, honesta, transparente e que ela, sim, merece o epíteto de conservadora, frutificou e se cristalizou nos corações e mentes dos muitos brasileiros menos aquinhoados com consciência política e visão crítica. A parcela menos esclarecida da população e dependente das inúmeras bolsas, irresponsavelmente distribuidas por essa canalha, está comprada, anestesiada e não reage aos desmandos, maracutaias e roubalheira dos que se dizem seus representantes. Não há malfeito que os convença que essa gente não vale nada, nem quando todas as evidências estão contra eles. A única coisa que enxergam é a figura do "papai" que os "defende" e "proteje". E a "mamãe", que ocupa por um tempo a cadeira, enquanto o ridículo, risível, caricato, calhorda, goza de um período de recuperação, que não precisava ser exatamente de uma doença, mas, para apagar um pouco a sua já desgastada imagem de homem público, que é leniente com a corrupção, protetor de salafrários, e incapacitado para o cargo que ocupou.
Estou bastante descrente da possibilidade de ocorrer uma reviravolta, até por quê, não existe um segundo Fernando Henrique, e voltemos a ter alguém com um pensamento avançado, uma visão menos estreita, e capacidade de empreender as inúmeras reformas pendentes, a definir os destinos da nação. O quadro político é o pior possível, com toda sorte de bandidos ocupando os postos de comando, em todas as esferas do poder, tanto no legislativo, como no executivo. O que era uma "distinção" de uma minoria, se generalizou feito metástase, e é irrefutável que quase toda a classe é composta de aproveitadores, corruptos, salteadores e ladrões, mesmo. Os exemplos são intermináveis, não depende da "camisa" que usam, e é quase inacreditável a capacidade que eles tem de se apresentar ao escrutínio público, como se fossem pessoas de bem. Pensando melhor, eles tem o mau gosto de sentar à mesa e encarar os próprios filhos. A quem mais não enfrentariam?
Por hoje, chega. Estou com o saco cheio de tanta podridão. Despejo aqui a minha indignação, ciente de que ela é compartilhada por muitos brasileiros, que prezam a ética, a honestidade, a lisura e o zêlo com a coisa pública. Lamentavelmente, não encontramos nos partidos um que corresponda aos nossos anseios, pois os que aí estão são farinha do mesmo paneiro. Pelo momento, creio, o importante, talvez, é não ficar calado.
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